25/12/2015

Do paradoxo à solução

 
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O ano de 2015 foi paradoxal. Em escala nacional, grandes homens e mulheres coadjuvantes, e intolerantes propagadores do retrocesso como protagonistas. Incautos pedindo a volta de ditadores e torturadores impunes. Incrivelmente, em pleno séc. XXI, alguns se auto intitulando melhores seres humanos que outros. Principalmente mulheres e homossexuais. Para nós, o paradoxo é comparativamente mais simples: a maior greve, com o menor ganho. Os melhores grevistas, com o pior sindicato. As maiores perdas salariais para trabalhadores, com os maiores ganhos, benefícios e indenizações para poucos.


  As inúmeras explicações desses paradoxos, podem ser explicados, em parte, pela reputação e pela propaganda. Ao sistematizar o método propagandista, Bernays criava, no início do século XX, nos EUA, um meio eficaz para manipular massas. Aprofundado por Goebbels, na Alemanha nazista, a manipulação alcançou níveis nunca antes vistos. E com os piores resultados para a humanidade. De lá pra cá, os métodos de ambos foram internalizados por grandes corporações e organizações, mesmo sob o frequente alerta de Chomsky com seu o discurso da mídia e o consenso fabricado. Assim, está-se diante do mal-entendido da [nossa] democracia, como afirmava Sérgio Buarque de Holanda. O crescente déficit democrático entre a opinião publicada, e a real opinião pública.

  As referências não são casuais, mas reflexivas no nosso pequeno espelho com que espiamos o mundo e, principalmente, a nossa realidade nas organizações públicas brasileiras. Pouquíssimos espaços de nosso cotidiano são democráticos. Quer seja no judiciário, ou mesmo em âmbito sindical. Não há espaço para críticas, tampouco transparência suficiente.

  Estranhamente, tudo se combina a portas fechadas. Inclusive um plano de cargos, que não é do sindicato, mas dos trabalhadores. Portanto, não nos enganemos, além do déficit democrático que nos retira a voz, somos objeto e partícipes (involuntários) do consenso fabricado. Uma vez mais, o paradoxo. Afinal, as organizações públicas, inclusive sindicais, devem ter como regra a publicidade e a transparência, não o sigiloso e o secreto.

  Lembremos, no entanto, que nós mesmos seguramos o espelho da realidade que vemos. Podemos apontá-lo para refletir o passado, o presente ou o futuro. Sejamos inteligentes aprendendo com nossos erros, mas também eficientes para fugir do reducionismo de apenas apontar erros. O nosso movimento e a nossa luta coletiva demonstrou que somos mais perspicazes. Apontemos nossa sagacidade e energia para o futuro, encontrando alternativas e, principalmente, soluções em 2016. Somente assim, de fato, todos ganharão em todos os níveis, inclusive a sociedade para quem servimos.

Guilherme Lima - TJSC

21/12/2015

2015

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          Sobre o ano de 2015 no judiciário catarinense o que podemos recordar de positivo, sem dúvidas, foi o fato de termos presenciado, em nossa Comarca de Pinhalzinho e na grande maioria das Comarcas, o maior movimento grevista já registrado neste Poder. Inobstante o pequeno ou quase nulo empenho da direção do SINJUSC em buscar soluções e mesmo permanecer ao lado dos servidores, vivenciamos uma grande celebração em busca de melhores condições de trabalho e reconhecimento de nosso valor enquanto trabalhador público.

          O retalhamento da administração, talvez pela grande adesão e por não termos conseguido ver realizada quase nenhuma reivindicação grevista, foi algo surreal.

          Um aspecto positivo sobre a aparição de alguns novos juízes, menos autoritários como em Pinhalzinho, que analisaram a situação do movimento sob a ótica do funcionalismo, contribuiu muito para que o movimento ganhasse força a cada dia, inclusive, no nosso caso, participando ativamente da greve e reiterando que não iriam partir dele ameaças e descontos. Infelizmente os descontos vieram de cima para baixo. Como geralmente acontece, houve por parte da administração uma demonstração clara do exercício do poder pela força.

          Podemos anotar como fato negativo neste ano também, ao meu ver, a perda de sensação de pertencimento a um sindicato, visto que o SINJUSC está sistematicamente se afastando das bases e deixando de acompanhar as demandas da categoria, tanto é que o arquivo que continha parte da história do SINJUSC foi removida de sua página na rede mundial de computadores, um fato lamentável que não possui justificativa plausível para ter acontecido, me parece obra feita apenas para espezinhar as diretorias anteriores que justamente faziam o que essa direção não faz, SINDICATO.

          Podemos também lembrar que o Tribunal têm procurado investir na formação de seus colaboradores, o que é apontado como um fato positivo, inclusive com concessão de bolsa integral. Ou seja, o tribunal oferece aos servidores o acesso total ao ensino superior e pós-graduação, cabendo então ao servidor apenas demonstrar o interesse e a busca pelo conhecimento, com chances não só de melhorias salariais mas principalmente, aperfeiçoamento pessoal. Há notícias de que serão oferecidos também cursos de mestrado e doutorado num futuro breve. É algo importante de ser lembrado e reconhecido por nós.

          Esperamos que em 2016 tenhamos mais presença sindical em nosso dia-a-dia, que as batalhas jurídicas do ente sindical com a administração deixem de apenas ser tema de e-mails constantes e repetitivos e tornem-se realidade em nossas vidas.

Jackson Marcos Ranzi - Comarca de Pinhalzinho

A Crise Brasileira de 2015 não é uma Cabeça de Bacalhau!!

       
  Meu colega Claudio solicitou-me um texto com uma análise pessoal sobre o ano de 2015.

          É uma análise complicada porque se tivesse como definir 2015 em uma só palavra para o Brasil, esta palavra seria Crise. Uma categoria dificílima de ser conceituada, tendo em conta a variedade de suas formas, mas que devido às circunstâncias tendenciosas que vem sendo noticiada, merece uma análise sob um ponto de vista, minimamente global.

          Nem o mais otimista dos brasileiros poderia negar que 2015 foi um ano de crise, pois este foi o argumento utilizado por cientistas, políticos, jornalistas, economistas e até mesmo por juristas para formulação de um cenário político econômico brasileiro, apto a balizar as estratégias administrativas de cada setor.

          O problema é a natureza desta crise que apresenta focos ora na política e ora, na economia do país.

          Com relação à política, o foco em 2015 foi a corrupção e a prevalência de interesses privados que contamina o Executivo e o Legislativo. Uma crise com testemunhos da mesma natureza desde o nascedouro da República Brasileira.

            Fundada por meio de um golpe militar, uma revolta contra a monarquia que havia abolido a escravidão e visava colocar uma mulher no Poder, a República Brasileira nasceu sob os auspícios da busca de “legitimidade” para governar. O mesmo cenário político de “busca de legitimidade” justificou o período “antidemocrático” ditatorial de 1964-1985. Em suma, a República Brasileira, desde sempre, foi dominada por corrupção. Trata-se de uma endemia, cujo combate tem se mostrado trabalhoso e infrutífero.

          A análise de crise dos dados econômicos brasileiros de 2015 também não apontou novos focos. Ela trouxe como carro chefe, a desvalorização da moeda brasileira que, desde sua implementação, apresenta um gráfico peculiar de desvalorização em relação ao dólar, com nítido agravamento a partir de 2012 e outros dados como inflação (9,3%), desemprego (7,9%) e queda no Produto Interno Bruto (-3,1%). (Fonte: The Economist, 05.12.2015)

          Como a crise aparenta ser generalizada e revestida de focos velhos conhecidos da República brasileira, a superação dela ainda é uma incógnita. Trata-se de um atoleiro, um lamaçal, no qual encontra-se enfiado toda a classe política e detentora do poder econômico, que traz por arrastão toda a população brasileira que, efetivamente, amarga o fel da baderna.

          Por outro lado, os problemas enfrentados pelo Brasil ainda são os mesmos problemas sociais desde sempre: a indiferença com a “res” “pública”, com educação pública e de qualidade para todos, com mídia e comunicação minimamente coerente, com um mínimo ético e social que deveria ser (ou ter sido) garantido pelo Estado. 

          Urge o respeito à Constituição e o reconhecimento de que os direitos nela positivados só existem se estiverem, na prática, sendo reconhecidos e garantidos. Neste contexto, vale lembrar que a égide da Constituição de 1988 não será plena enquanto o poder ainda estiver sendo exercido pelos mesmos governantes e pela mesma elite econômica da era ditatorial, do poder sem limites, do autoritarismo e da indiferença. Urge que o poder e a democracia estejam unidos e que a Constituição de 1988 seja realidade na prática e no dia a dia do brasileiro.

Pedro Walter Guimarães Tang Vidal - TJSC

2015

   
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      2015 foi um ano onde presenciamos a coragem de pessoas por detrás de uma tela, onde tudo se pôde falar, até as coisas mais racistas, machistas, preconceituosas e fascistas.
      Infelizmente alguns, encorajados pelo sentimento de que tudo pode, saíram às ruas, 
queimaram mendigos, lincharam pessoas e chegaram a pedir a volta do regime militar.

          Felizmente, muitos foram às ruas na defesa da democracia. As mulheres se organizaram e foram as ruas contra a investida do congresso em joga-las de volta para o século IX. E o que foi o movimento dos estudantes em São Paulo?, numa aula de organização, força e compromisso com a educação!!!

          E nós, trabalhadores do judiciário, também saímos às ruas, num movimento lindo, consciente, forte. Um movimento que tinha tudo para sair com as reivindicações emplacadas, mas percebemos que por mais forte que está a base, a sua entidade representativa tem que estar junto, e nós estávamos sós, sem a presença das lideranças que foram eleitas para estar à frente.

          A diretoria do sindicato, que só sabe falar através das redes, falou muito pouco, informou muito pouco e não mobilizou nada. E chegamos ao final do ano com o futuro presidente do TJ se dizendo contrário ao sonhado PCS, com alíquota maior do IPREV, sem abono, com corte do vale alimentação dos aposentados e pagando horas da greve, para não sofrer descontos no salário.

          Mas como não “ta morto quem peleia”, 2016 vai encontrar os trabalhadores do judiciário mais maduros, mais conscientes de que as conquistas não dependem da benevolência do patrão, ou de boas conversas entre amigos,  dependem da capacidade de organização e luta da categoria. 

          Seguimos em frente e que a virada do ano faça a sua obrigação: renove as energias e as esperanças, porque temos boas e justas batalhas para travar.

          Um ano com muito saúde, energia e força para todas e todos!

Soraia Joselita Depin - Porto Belo

20/12/2015

2015 acabou assim...., acabando...

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          A sensação que eu tive agora no último dia de trabalho foi esta, que o ano estava assim..., simplesmente se acabando por acabar. Não houve nenhum ato final, um "fechar de cortinas", uma nota do sindicato apontando o futuro. Foi meio que como o final da greve, onde sem rumo e sem ganhos e mesma passou a não ter sentido enquanto ganho, apenas enquanto movimento. 2015 não passou, parece mais que "foi passando".

          A minha análise do ano de 2015 é de um ano que começou atravessado com um chamamento para a greve e terminou com a categoria pagando horas por conta deste chamamento do Presidente Laércio. Em Fevereiro, na comarca de Lages ao "bater na mesa", tratar o Tribunal de Justiça como "aquela p* do Tribunal de Justiça" e convocar a categoria para uma greve e, em seguida ter abandonado a categoria sozinha na sua luta demonstrou bem onde casos mal pensados e planejados podem nos levar.

          Mas este ano também tivemos conquistas é bom lembrar. A principal ao meu ver foi a capacidade de união e a força de nossa categoria, que independente da direção mostrou que possui uma extraordinária vontade de lutar. E apesar de tudo que tivemos de contrário (tanto do TJ como da direção do SINJUSC) tivemos força para lutar, o ombro do amigo para chorar a angústia e a capacidade de perceber que do jeito que as coisas estão não podem continuar.

          A avaliação do ano de 2015 não é boa. Reflete na verdade a avaliação da própria gestão do SINJUSC. E a palavra que mais surge na minha cabeça é uma: "PERDAS". Perdemos muito. Perdemos o abono de natal. Perdemos a capacidade de interlocução. Perdemos a capacidade de luta. Perdemos horas e horas pagando a greve. Perdemos salário para aqueles que não conseguem pagar a greve com horas. Perdemos o auxílio-alimentação dos aposentados. Perdemos com o aumento da alíquota do IPREV em mais 3%. Perdemos um sindicato que era democrático e aceitava críticas. Perdemos a gratificação de diligência sobre férias e 13o para os Oficiais de Justiça. Perdemos o envolvimento com os demais movimentos sindicais e nos isolamos.

          A sensação infelizmente não é boa ao final deste ano, ao contrário, é uma sensação de tristeza, mas também é somada a esta uma sensação de esperança. Pois é exatamente nos momentos de maior tristeza e quando a dor parece sempre mais forte que a esperança vem como um alento de que o futuro pode sim ser melhor. Não quer dizer que ele seja mais fácil, pois vai exigir muito reconstruir tudo o que perdemos. Levará anos. Obras físicas são fáceis de serem construídas, mais fáceis ainda de serem destruídas, mas quando a destruição é na esfera política a demora pode ser muito maior na sua reconstrução.

          2016 está às nossas portas e pede passagem. Assim como 2015 não espero um ano de 2016 fácil. Ainda haverá muita "chuva e tormenta" até a sua conclusão em dezembro. Mas não pode deixar de haver esperança que as coisas melhorem, que as "sementes" comecem a rebrotar do chão. Um ditado me vem à mente e me lembra uma grande verdade: "não há mal que sempre dure e nem há bem que seja eterno". Te desejo um 2016 com muitas lutas e com muitas esperanças, afinal de contas "mudar é preciso". 

Cláudio Del Prá Netto - Tribunal de Justiça

19/12/2015

2015 Foi...

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          2015 passou, mas não em brancas nuvens. Na verdade foi uma "tormenta" para os servidores do judiciário Catarinense. 

          Começamos tão empolgados, participativos e certos que todas as nossas lutas saíram do papel e nossas conquistas seriam sem tamanho. Mas, sem tamanho foram os descontos sofridos depois de uma greve de mais de 40 dias; sem tamanho foram as retaliações que servidores sofreram e sem tamanho foram os abalos psicológicos ocasionamos por conta disso tudo em muitos de nós.

          Mesmo com tudo isto acontecendo ainda tivemos força o suficiente para aguentar o desconto, para ver passar os fins de semana trancados nos fóruns a fim de compensar horas e não ver tirado do salário o dinheiro que faria (ou fez) falta na mesa dos trabalhadores. 

          O ano foi passando, ficamos cansados, pois sem representação e perdendo direitos cada vez mais muitos desanimaram, outros simplesmente cansaram, cansaram, cansaram...

          Sabem, também estou cansada, também sofri consequências da greve que foi a maior da história do judiciário mas a mais desastrosa para os trabalhadores. Contudo não desisto, não desânimo e estou pronta para 2016. Estou pronta para a batalha que com certeza será grande, pois será um ano movimentado para o sindicalismo no judiciário catarinense, para a política nacional e para as nossas vidas em geral. E para isto precisamos relembrar de fatos, aqueles fatos que mexeram com nosso emocional, como o nosso bolso com a nossa autoestima como servidor. Fatos que tentaram apagar da nossa memória, retirando toda a história da internet, do site, dos comentários, dos debates. Fatos como aqueles acontecidos em assembleia geral, um “simples” corte de microfone com tempo cronometrado virou um cala boca geral durante estes dois últimos anos dentro do nosso sindicato e consequentemente da nossa categoria. 

          Apesar de todos estes acontecimentos de 2015 que nos atingiram de forma drástica, vejo também que muitos de nós tomaram consciência de que tomar cafezinho e tirar foto com os administradores do TJ não serve como modelo de representação de trabalhadores, pois o café foi muito amargo e a foto desbotou.

          Colegas, desejo para todos saúde para o próximo ano e que possamos refletir sobre 2015 com um olhar diferente, conscientes de que 2016 pode ser diferente e que isto depende muito de nós; diria que na verdade ultimamente SÓ depende de nós!

          Boas festas! Sempre na luta! 

Daniele Burigo Marques - Lages

18/12/2015

Feliz Natal, pra quem tem coragem!

          Não é o texto de encerramento do ano, mas é um texto pra desejar aos amigos e amigas, pelo último dia útil no judiciário, um Feliz Natal e um próspero 2016. Também não é um texto de análise daquilo que aconteceu, assim, ainda serão postados alguns textos meus e de colegas que fazem a análise de 2015. O importante agora é também agradecer.

          2015 está se encerrando efetivamente. O Tribunal de Justiça encerra suas atividades efetivas nesta data. Aparentemente nada acontecerá até às 19 horas de hoje que já não tenha acontecido até então. Não acredito num "abono de natal" sendo informado lá nas últimas horas do dia. Isto seria muito estranho e pouco usual.

          Mas gostaria também de agradecer rapidamente aos amigos que acompanharam a nossa jornada neste ano de 2015. Claro, ainda não se encerrou e ainda pode acontecer algumas coisas, mas gostaria principalmente de agradecer aos que se colocaram à disposição para a luta, e o texto quer falar um pouco disso, de luta!

          Lutamos para poder fecundar um óvulo. Lutamos depois para nascer dos ventres de nossas mães. Em seguida lutamos para respirar. Depois ainda lutamos para ter o amor e o carinho de nossos pais. Lutamos em seguida para poder aprender, a estudar. Lutamos também para conseguir um companheiro, uma companheira, uma aceitação. E a luta continua para conseguir um lugar no "mercado" de trabalho. Lutamos por reconhecimento profissional. Ao final da vida lutamos ainda para sobreviver. Ninguém se entrega fácil. Enfim, vida é sinônimo de luta! E para você, grande corajoso e corajosa, desejo isto em 2016. Desejo muitas lutas, muitas batalhas, pois ao lhe desejar isto eu lhe desejo uma vida. Uma vida próspera. 

          Obrigado por compartilhar conosco do blog um pouquinho da sua vida e acompanhar aquilo que temos tentado fazer e construir. Desculpem os erros, desculpem as falhas. Não era nosso objetivo. Mas principalmente obrigado por ajudar a construir um judiciário melhor e mais humano. Boas lutas para todos e para todas!

17/12/2015

Cancelada a reunião de sexta-feira (18/12) dos aposentados na frente do TJ

   
      O blog havia informado aqui do chamamento de uma reunião do Núcleo dos Aposentados para amanhã, sexta-feira dia 18/12 a partir das 13 horas na frente do Tribunal de Justiça, mas o evento foi cancelado conforme se observa no facebook. Sem o apoio do SINJUSC e com muitos aposentados recebendo menos ainda neste final de ano os mesmos decidiram por cancelar a mobilização marcada. Uma pena que acabe assim o ano de 2015, com mais uma perda para os trabalhadores e principalmente, para os trabalhadores que mais precisam.

          Como diz o Luizinho, eu tenho saudades das mobilizações, dos encontros, das discussões, das lutas que travamos e nas quais em alguns momentos saímos vitoriosos. Pois a vitória dos aposentados é a nossa própria vitória, é a vitória do nosso futuro, é a vitória daqueles que mesmo com o avanço da idade ainda sabem que é na luta que se fazem as conquistas.

          As rugas nos nossos rostos e os nossos cabelos brancos (eu também os tenho, e cada dia mais), as as marcas daquilo que fizemos. São as lembranças que o tempo deixou em nossos corpos, são as cicatrizes da experiência. E eu tenho o orgulho de dizer que gosto muito da minha experiência e se puder eu quero ter cada vez mais ela junto comigo, me olhando no espelho e reparando que as marcas são para me lembrar que a luta é árdua.

          Não está morto quem peleja! Esse ditado é uma grande verdade e fica aqui a admiração de quem escreve o blog pelos bons companheiros e companheiras que fizemos em todos estes anos. Vocês muito me ensinaram e apontaram o bom caminho. Sei que pouco vale o aqui escrito, mas vale um pouco mais o abraço fraterno que fica para todos os aposentados que sempre lutaram neste judiciário. O nosso respeito, a nossa consideração e o nosso orgulho!

2015: Um ano para ser esquecido...

 
Imagem do site minimalismonapratica.com.br
        Poderia começar dizendo que 2015 é um ano para ser esquecido pelos servidores do TJSC. Alguns concordariam, outros nem tanto.


          Começamos o ano com expectativa de melhorias com a tão falada valorização do servidor, e a esperança do NPCS aprovado.

          Em nada acontecendo, lideranças isoladas, até então desconhecidas, foram surgindo. Começou, nas bases, um movimento pró greve que imediatamente tomou força, pois vinha ao encontro da vontade da grande maioria dos servidores.

          Veio a greve e a cada dia mais adesões; em cada assembleia, mais forças se somavam às já existentes, tornando emocionante participar de cada uma delas, pela garra dos participantes.

          Mas a realidade apareceu e percebemos que estávamos sem liderança, e por consequência perdemos força.

           Foi tudo em vão?

          Não. Jamais. Tivemos alguns avanços. Muito menores do que buscávamos, mas ainda assim, ganhos.

          Houve acertos e erros por parte de todos, grevistas ou não. Apesar disso, 2015 será lembrado como o ano da maior greve já vista no Judiciário Catarinense. Paralisação que não foi entendida pelos nossos dirigentes, que não acreditaram, talvez, na força de nossa união.

          Mas a lição que esse ano e a greve nos deixa é de saber o quanto somos fortes, que podemos avançar sim, apenas precisamos ter lideranças que pensem com cabeça de servidor, de colega de trabalho.

           Perdemos o espirito de luta, mesmo com todos os reveses, as perdas, a desvalorização que tivemos?

          Não, pois um verdadeiro guerreiro apenas dá uma trégua para que novas estragégias sejam preparadas, pois essa é a força que temos e que continua latente naqueles que acreditam que essa é a forma de conquistar aquilo que queremos.

          Por tudo isso lembremos sim 2015,  e pensemos em mudanças para 2016.

Neusa Cassol - Camboriú

2015

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          Desafiada a escrever sobre os acontecimentos de 2015 como servidora do Poder Judiciário, deparei-me com a seguinte situação: é tão difícil falar e escrever sobre algo que apostamos tanto mas que não deu certo. Mais difícil ainda é escrever sozinho, por isso não posso deixar de lado minhas colegas de trabalho que dividiram cada momento, desde o engajamento de cada um(a) na decisão de entrar em greve até a angústia da greve e o apoio do retorno ao trabalho... e por que não dizer desde o convencimento de todos a se filiarem para as eleições até o sumiço/troca da ata de Lages.

          Nosso s pleitos eram e continuam sendo mais que justos, lutamos com todas as forças possíveis e no final, restou a frustração, a pequena sensação de vitória aliada com a derrota. Sensação de vitória porque conseguimos reunir o maior número de servidores já visto até então; de derrota porque sentimos até o hoje os efeitos do “chicote “ do Tribunal de Justiça. 

          Lutamos por um PCS justo, por uma data base que não acontecia desde 2011, pela recomposição do auxílio alimentação, por nossas promoções, sem falar em outros pleitos da categoria que tem sempre o mesmo descaso.

          Queríamos uma evolução da carreira funcional que proporcionasse a valorização dos servidores, afinal somos um dos primeiros colocados em produtividade no país e na época da greve éramos o quinto tribunal mais mal pago.

          Não quero deixar de ser uma servidora produtiva porque a “greve” deu errado e saiu pela culatra. Meu trabalho continua sendo importante, meus princípios e valores continuam sendo os mesmos, mas este ano de 2015... ahhh, este ano de 2015...  marcou a ferro muitos de nossos colegas e os efeitos de uma greve mal sucedida ainda estão sendo sentidos por muitos.

          ​​Os trechos a seguir são relatos de pessoas da equipe de trabalho que eu tenho orgulho de fazer parte:

          "É triste ter a sensação de que escolhi a carreira errada... e é isso que eu sinto quando constato que não é no TJSC que a Justiça acontece... pelo menos não para alguns. Não é só triste, é angustiante e desanimador... porque assim como meus princípios me forçam a manter um serviço de qualidade, eles me exigem uma postura mais dura com relação a todos os desmandos que vivenciamos... mas deste 2015 tive uma lição: quem lutar por Justiça será punido pela justiça! (Danusa)

          "Nos sentimos impotentes, sem esperança. Levamos uma rasteira daquele que deveria ser o nosso maior aliado, o Sindicato. A confiança foi quebrada. Estamos estarrecidos com tanta deslealdade." (Lucinara)

          "O que restou da nossa greve foi um profundo sentimento de frustração, pela maneira como fomos tratados pelo Tribunal de Justiça e também pela postura do Sindicato que deveria nos representar, o qual muitas vezes deixou a impressão, pelo menos pra mim, de que estava defendendo mais os interessados do tribunal do que os  dos servidores." (Junia)

          "Podemos resumir o ano de 2015 como o ´ano do esquecimento dos servidores´, em que anos de crise servem de pano de fundo para não pagar nada aos trabalhadores, que movem esta máquina judiciária com ética e comprometimento ao trabalho, sendo um dos mais produtivos do país." (Daniela)

          Então é natal... e o que você fez, o ano termina e começa outra vez. Imbuídos do espirito natalino que se aproxima, não vamos abaixar a cabeça, acima de tudo somos servidores. Não podemos parar de lutar por nossos direitos. Merecemos valorização, e por isso lutaremos “até o fim da vida”.

Daniela Balvedi Polli - Itajaí

2015: Sou servidor e não desisto nunca!

          Pode parecer coisa da minha cabeça, mas eu sempre acredito que o ciclo se fecha no final do ano! Sempre desejo, do fundo do meu ser, que o ano que se inicia seja melhor! E também procuro fazer a minha parte para que seja!

          Participei, por mais de uma década, da direção do SINJUSC!

          Não lembro de ter perdido amigos ou deixado de me relacionar com colegas pela posição que tive enquanto direção. Sempre respeitei posição contrária!

          Ouvi inúmeras vezes que a nossa direção batia de frente com o TJSC e que isso não levava a nada. Nem por isso mudei minha forma de agir e pensar, quando tinha convicção! Mudei de posição quando fui convencida! 

          Abraçamos o prédio do Fórum da capital, subimos na balança para nos fazer representar, fizemos passeatas, distribuímos abacaxi, comemos "arroz carreteiro" num meio prato junto com os aposentados, montamos barraca, fizemos acampamento em frente ao TJ, compusemos e desfizemos mesas de negociação, produzimos material para as mais diversas campanhas...

          Vivenciei o tempo em que nos era facultado ampliar a carga horária, de seis para oito horas, em troca de vale-alimentação (em 1997, quem fez a opção recebeu R$ 200,00) e aceitamos aumento de vale-alimentação quando não havia recursos para ampliar salário. Conquistamos a reposição inflacionária em nosso salário em mais de 64% em 2006, garantimos a data-base naquele mesmo plano. Tudo fruto de muita luta!

          Foram muitas greves, paralisações, desligar as máquinas, vigílias... Sempre firmes, mas respeitosas! Nossos objetivos sempre foram claros e compartilhados com toda a categoria!

          Reconheço que não conseguimos atrair os novos! A alternância pode ser salutar, mas tem que ter responsabilidade. Como permitimos que assumisse a nossa direção uma Chapa que sequer conseguiu apresentar uma nominata completa para todos os cargos? Onde estão os representantes do Extremo Oeste? Do Sul? Do Norte?

          Como já disse no grupo dos TSI's, nunca perdi tanto em tão pouco tempo. Quando digo perdi, não estou falando do meu umbigo apenas. Falo enquanto Trabalhadora do Judiciário. Me coloco no lugar dos aposentados também, que mais um ano vão terminar com menos dignidade, se é que alguém está preocupado com isso. 

          Eu não deixei de lutar. Mesmo alertando os colegas durante as eleições que a política do "cafezinho" não tem espaço dentro desse Poder, não fugi da luta. Reconheci a vitória dos nossos adversários e participei das assembleias, da greve, do movimento na minha comarca. 

          Que o sentir na pele a falta de liderança nos faça mais espertos nesse ano de 2016!

          Eu não escolhi pagar prá ver...

Nedi Teresinha de Villa Moreira - São Miguel do Oeste

APENAS UMA PEQUENA ANÁLISE DO QUE FOI O ANO DE 2015

   
Imagem do site micropigmentacaocapilarbr.com.br
      Todos nos sabemos que 2.015 apesar de ter sido um ano de muita luta, também foi um ano de pouca ou quase nenhuma conquista

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          É triste ver os trabalhadores de modo geral lutando, não por aumento de salários, mais sim para manterem o emprego, mesmo com a diminuição de seus vencimentos.

          Mais triste ainda é ver dirigentes sindicais trocando as lutas, as Assembleias e as reuniões com as bases para tentarem acordos e entrando com ações para garantir os direitos dos trabalhadores.

          Não sou contra essas reuniões e nem contra as ações judiciais, mais também sou a favor das lutas, dos enfrentamentos, pois a maioria das nossas conquistas foram através dessas lutas.

          Não concordo quando vejo colegas falando que é melhor garantir o emprego e o salário que vem recebendo.

          Esse discurso quem deve fazer são os patrões e não os empregado.

          Para os Aposentados, de um modo geral, este ano foi bem pior.

          Perdemos os Abonos de Natal.

          O Presidente do Tribunal ficou o ano inteiro ameaçando cortar o Auxilio Alimentação dos Aposentados.

          Não ganhamos o aumento de 16% que foi dado ao Auxilio Alimentação para os Servidores da Ativa.

          O Presidente do Tribunal de Justiça editou uma Resolução acabando com o Auxilio Alimentação para Aposentados, a partir do mês de fevereiro.

          O Auxilio Saúde, que era para substituir o Auxilio Alimentação para os Aposentados acabou sendo usado apenas para beneficiar os Juízes ou os Servidores que tenham plano de saúde que não seja o SC Saúde.

          E agora, no apagar das luzes, acabaram também com o Auxilio Alimentação de todos os Aposentados.

          E agora José?

          Será que depois de tudo isso ainda vamos continuar só na base dos acordos e com ações judiciais? ou será que vamos partir para a luta?

          O nosso Sindicato perdeu uma grande oportunidade de fazer valer nossos direitos por ocasião da greve, pois confesso que nunca tinha visto tantos colegas em uma Assembléia (mais de 2.000).

          No entanto resolveram recuar e voltar a negociar com o Tribunal de Justiça. (essa decisão foi tomada em Assembléia)

          O resultado, apesar de positivo, pois tivemos uma reposição de 10%, não valeu a pena porque houve os descontos dos dias parados e os Aposentados continuaram sendo ameaçados de perderem o Auxilio Alimentação (o que realmente aconteceu).

          Tudo isso poderia ter sido negociado antes de terminar com a greve.

           Para encerrar, quero transcrever a mensagem do mestre Chico Xavier:

          "EMBORA NINGUÉM POSSA VOLTAR ATRAS E FAZER UM NOVO COMEÇO, QUALQUER UM PODE COMEÇAR AGORA E FAZER UM NOVO FIM."

Luiz Nascimento Carvalho (Luizinho) - Aposentado de Canoinhas

Aposentados convocam reunião na frente do TJ, sexta-feira (18/12) às 13 horas

         
Imagem do blog encontrodaexperiencia.blogspot
A pedido dos colegas o Blog vem apresentar o comunicado que está rolando nas redes sociais para uma reunião do Núcleo dos Aposentados para a próxima sexta-feira, amanhã, dia 18/12, às 13 horas na frente do TJ. A reunião aparentemente não está sendo chamada pelo SINJUSC mas alguns colegas aposentados estão querendo discutir o que fazer face o cancelamento do auxílio-alimentação. É a forma como o blog pode ajudar neste momento, divulgando a tentativa do evento e dando publicidade ao fato.



COMUNICADO PARA TODOS OS APOSENTADOS.
Estamos CONVOCANDO todos os aposentados para uma reunião em frente ao Tribunal de Justiça, no dia 18 (Sexta feira), às 13:00 horas.
Quem estiver em condições, por favor, basta dizer CONFIRMO MINHA PRESENÇA.
Essa iniciativa é nossa e portanto cada um tem que custear com as despesas. 
Conto com a presença de todos.
Um grande abraço

Natália Rosa

16/12/2015

2015

Imagem do site www.transformicebr.com.br
          O amigo Cláudio nos solicitou uma leitura do ano que passou, procurando mostrar as impressões particulares de cada um. Porém, como já foram postadas leituras que vão ao encontro da avaliação que faria, para não tornar repetitivo me atrevo a tecer observações do que poderá ocorrer em 2016, mediante o que foi vivido em 2015.

          Em primeiro lugar vivenciamos um período de greve em que perdemos a confiança na justiça e na própria instituição da greve em si, do seu significado e da sua capacidade de representar um meio pelo qual os trabalhadores lutam pelos seus direitos. Nos sentimos aviltados de tal forma que muitos colegas dificilmente entrariam novamente, principalmente aqueles que tiveram seus bolsos subtraídos, sem perspectiva de auxílio da justiça. Em uma leitura fria e calculista a greve de 2015 parece ter sido construída para que dificilmente ocorra outra futuramente.

          A votação emblemática do PLCS 41/2015 mostrou mais uma vez como não podemos contar com a ALESC na defesa dos servidores, com exceção dos partidos que nasceram da luta sindical ou de parlamentares que são notadamente comprometidos com o servidor.

          2015 me pareceu uma preparação do que nos aguarda em 2016. O cenário da crise afetará de tal forma a arrecadação que aqueles que tem a caneta na mão certamente a usarão ainda mais para que a crise não os atinja. Aliás, essa tem sido a tônica da política administrativa que é muito bem representada pela questão da URV que todos conhecem bem e pela morosidade no pagamento das promoções, bem como dos atrasados.

          O ano de 2016 exigirá muito mais união da categoria, que é o que nos dará força para nos mantermos firmes em duas frentes distintas: da manutenção de direitos e da conquista de um plano de cargos que reflita verdadeiramente o anseio da categoria.

Rafael Gonzaga - TJSC Engenharia

Crônica de um ano inesquecível que devemos esquecer

Imagem do site muitogospel.com.br
10, 9, 8..., 3, 2, 1...ACABOU!!!

Acabou a ilusão, acabou a paciência, acabou o ano...Que bom!!

Esse, sem dúvida, para nós do judiciário, foi um ano para esquecermos.

E que venha 2016! Viva!!

Será??  Sei lá, não acredito mais em Papai Noel. Aliás, Papai NOELson é que me fez desacreditar...

Iniciamos o ano com boas perspectivas (ou seriam ilusões?):  um PCS pela frente, um aumento de gratificação de nível superior, ou a tão propalada (pela ATJ), “elevação de nível superior”... 

Mas tudo, como diz aquela musiquinha dos nossos tempos de criança, “era vidro e se quebrou”.
Iniciamos a maior greve que nosso judiciário já viu...

Gritamos, votamos, sofremos, cansamos...perdemos. Perdemos tempo, perdemos dinheiro, perdemos a paciência, perdemos ilusões.

Achamos choros, lamentações, perseguições, sempre mais do mesmo.

Descobrimos que somos a parte mais fraca e que, assim, sozinhos, devemos nos curvar sempre diante da parte mais forte.

Descobrimos que sem união e sem liderança não vamos a lugar algum.

Liderança!!?? Tínhamos liderança? Legalmente sim, na prática, ficamos a ver navios...

E nosso Titanic afundou... nossa greve (a maior de todas), acabou e deixou uma enorme frustração  em todos nós.

E os reflexos futuros são incontestáveis. Quando teremos forças novamente para agruparmos e enchermos de povo, do “nosso povo”, aquela bendita praça em frente ao TJ?

Quando teremos forças novamente para fazermos nos ouvir pelos senhores da justiça (que justiça), com um panelaço ensurdecedor?

A curto prazo acho difícil.

Por falar em justiça... onde ela se encontra? Como é ela? Como podemos fazer para conhece-la? Veja hoje no Globo Repórter...hahaha

Desculpem a brincadeira, mas acredito que é melhor rir do que chorar.

Na nossa casa da justiça não deveria se fazer justiça? A casa onde deveria existir e se fazer a justiça é a primeira a virar as costas aos injustiçados.

Como diz um amigo meu: “cremdeuspai”!

Enquanto isso, dê-lhe mandado de segurança, dê-lhe negociação...e solução, nenhuma.

O que será de nós agora? Ficamos sem ter voz e nem vez?

Papai NOELson me enganou. Aliás, enganou a quase todos nós. “É democrático, é aberto à negociações” e blá, blá, blá... e aí estamos...

Esperamos o vale peru. E ele não veio. Bem! Já era esperado...crise financeira, atrasados a serem pagos, etc. Esses atrasados...

E aqueles R$ 26 milhões da “elevação de nível”? Acredito que foram ou devem ser devolvidos a nosso outro “bom (??) velhinho”: Papai Raimundo Noel Colombo.

Falando nele: que belíssimo presente de natal que os servidores do estado receberam!! E sem ter direito a qualquer contraditório. Está finalmente mostrando as garras que mostrou quando administrou Lages. O que me irrita é que ele não fez nada disso quando ainda sabia que ia precisar de votos para reeleição...

Acabar com a aposentadoria para ex-governadores, da qual o mesmo é ou será beneficiado (não conheço bem o assunto), seria exigir demais? Ou apenas nós, humildes mortais, precisamos arcar com os vários rombos que surgem nas administrações?

Enquanto o Papai Colombo nos “enfiava goela abaixo” seus 12%, 13% e 14% e um teto, que é tão baixo que podemos bater a cabeça, onde andavam nossas entidades e associações representativas? 

Bah!! Desisti de esperar algumas atitudes.

E prá finalizar bem o ano, não poderia faltar o presente dos aposentados: o fim ou a suspensão ou sei lá o que, do pagamento do auxílio alimentação.

Conclusão: somos realmente descartáveis...

De que adianta dedicar-se uma vida toda para um judiciário que amamos (sim, eu gosto do meu trabalho e não tenho nada a reclamar dos juízes de minha comarca), se no momento que temos direito ao nosso mais merecido descanso, a aposentadoria, somos abandonados pelas pessoas que administram esse judiciário.

Sem palavras...

Sem o que dizer...

Aliás, o que tenho a falar é: “Força Colegas”! E continuemos acreditando, como diria a Banda Jota Quest, que “dias melhores virão”, apesar de 2016 desenhar-se mais sombrio ainda.

Agora, tenho que parar, são 11:30 h e meio dia preciso estar com meu dedo (já com sinais de L.E.R) e deixar minhas digitais no relógio ponto,  onde só passarei novamente às 19:00 horas, num turno ininterrupto de 07 horas.

Opa!!! Não deveriam ser seis??

Não! Não aqui na bela Província de Santa Catarina, da República dos Estados Unidos do Brasil.

Arnaldo Nazareno Borges - São Joaquim

2015

 
Imagem do site pixabyte.com
        O ano de 2015 para a maioria dos servidores do judiciário catarinense foi trágico. Não é necessário muita investigação para fazer tal afirmação, pois é visível a insatisfação do servidor com a administração do TJ e principalmente com a direção do Sinjusc.


          Falar do TJ é chover no molhado, pois é sabido por todos que jamais o TJ dará algum benefício para o trabalhador sem que seja provocado. Falar do Sinjusc, entretanto, é tarefa espinhosa. Muito se falou que a atual diretoria é composta por “pelegos”, “amigos do rei”, “fantoches” e outras expressões que não convêm comentar aqui, mas na minha opinião, estes senhores que nos representam não são nada disso, são apenas covardes.

          Espero que em 2016 essa diretoria saia de seu castelo, volte para Fraiburgo e adjacências e nunca mais volte, espero que a categoria faça uma reflexão e encontre uma alternativa para ser melhor representada, pois é com luta que se conquista e não tomando café! E de luta essa categoria entende, podem ter certeza! De 2015 fica o gosto amargo da derrota, da humilhação, da arrogância e soberba dos patrões, da covardia, as intermináveis horas de reposição, os descontos em folha, o corte do auxílio do aposentados e outras tantas malvadezas, que já nem recordo.

          Enfim, deste 2015 fica para o Sinjusc uma frase para reflexão: “Não se pode servir a dois senhores!” Para os nobres colegas da categoria, restou a esperança e um aviso: A LUTA CONTINUA! Feliz 2016!

Willians C. Peres - Indaial

2015

Imagem do site lovingthebike.com
           É interessante ver que certas coisas são motivo pra ir pra rua protestar. Outras, noticiadas de forma diferente, parecem motivo de comemoração.


          Vejam as tais 'pedaladas' do Governo Federal: atrasavam o repasse do bolsa-família e outros benefícios pro banco e o banco tinha que pagar do seu caixa pra ser ressarcido dias depois. Prejuízo pro banqueiro. Tá cheio de gente pedindo o impeachment da Dilma por isso, enquadrando ela com crime de responsabilidade.

          Juízo de culpa à parte, vejam o que fez o TJSC: Há mais de ano o TJ não pagava as promoções por merecimento e antiguidade aos servidores (as por aperfeiçoamento continuam paradas). Simplesmente não pagava, e só agora resolveu tirar a poeira do processo e pagar o que nos deve, por direito. É pra comemorar?

          Mas a mensagem no e-mail que todos receberam diz que "o pagamento dos valores retroativos, calculados a partir da data do efeito, ocorrera em momento posterior, observada a disponibilidade orçamentaria e financeira." Trocando em miúdos: esperemos sentados o retroativo. A cada mês que o servidor não recebeu a promoção, o Estado e o TJSC, lucrou. E o prejuízo é do servidor. Olha só a 'pedalada'! Mas ninguém vai pra rua pedir o impeachment do Presidente do TJ.

          O fato de os atrasados não terem vindo agora só demonstra que o Tribunal continua pedalando e rolando pra frente a dívida. Pergunta se o servidor tem disponibilidade no orçamento de casa pra sofrer desconto da greve. Pergunta lá no gabinete de qualquer magistrado se os atrasados deles ficam pra quando tiver dinheiro em caixa.

          Começamos 2015 com a maior greve da história. E terminamos com mais uma notícia que não é boa como alguns pensam. E sem o 'vale-peru', pelo visto.

Delegacia Sindical do TJSC

2015

 
Imagem do site elexumagazine.com
        2015.  Ano memorável em diversos sentidos. El niño, crise política e reflexos econômicos, queda de arrecadação... Difícil até de sintetizar em alguns parágrafos.  


          O ano foi histórico para os servidores do TJSC. Fizemos a maior greve da categoria. Lutamos por um Plano de Cargos e Salários mais justo, que valorizasse mais tudo aquilo que nós, os servidores, entregamos ao judiciário. Greve difícil, truncada, conflitante (e, afinal, qual delas não o é?). 

          Mas a greve nasceu mais da busca por um tratamento mais igual entre servidores e magistrados do que da vontade de ganhar mais dinheiro propriamente dita. Queríamos (QUEREMOS) mais respeito, reconhecimento por nosso árduo trabalho prestado ao judiciário e à sociedade, que rende tantos “prêmios” ao TJSC. 

          Brigamos muito em 31 dias úteis de paralisação. E a greve acabou. Conseguimos compromissos, datas para as fases do novo Plano, uma antecipação de 1,83%... 

          E levamos também descontos, infinitas horas para compensação, algumas perdas de cargos... Mas, principalmente, o que houve com a greve foi uma mudança de paradigmas. 

          A categoria mudou (eu quero e preciso acreditar nisso) sua maneira de ver e analisar tudo o que envolve essa luta política, esse cabo de guerra, que apenas nós que estamos dentro desse sistema sabemos o que é. Sim, pois para os telespectadores somos uma coisa só: o judiciário (e assim deveria ser). Mas, “aqui dentro”, todos sabemos que o tratamento é outro. 

          Infelizmente, para alguns colegas, a greve acabou e foi esquecida. Porém, da mesma maneira, o sentimento ainda permanece vivo em tantos outros. E deverá permanecer por muito tempo, pois a batalha não acabou.  

           E os compromissos e datas que conseguimos com a greve? Estes escorreram pelos dedos. Os ânimos baixaram, a tormenta passou, a crise chegou, arrecadação caiu, e o servidor pagou (e está pagando) uma dívida que não é sua, mais uma vez. Repito: a batalha ainda não terminou. Mantenhamos a força. 

          Um brinde à coragem dos que lutaram pelas razões certas, apesar de tudo o que nos foi tirado e atirado. E que venha 2016, com mais conciliação, mas, acima de tudo, com muito mais força!

Marcos Rafael Gomes - Gaspar

URV sobre PAE da magistratura no Pleno

   
      Não sei o resultado desta discussão no Tribunal Pleno de hoje (16/12), não tive a oportunidade de acompanhar mas é importante reparar que o Tribunal de Justiça discute a possibilidade de pagar a URV sobre a Parcela Autônoma de Equivalência, que já consumiu provavelmente mais de R$ 1 Bilhão do judiciário. Mesmo que tal pagamento não tenha sido autorizado apenas a sua discussão no Pleno do TJSC frente ao cancelamento do auxílio-alimentação dos aposentados é uma afronta.

          Enquanto trabalhadores aguardam o único Tribunal de Justiça do Brasil que não pagou URV aos seus funcionários (pois diz que não houve perdas apesar de todos os demais estados dizerem o contrário) a magistratura solicita o pagamento deste benefício sobre o valor da Parcela Autônoma de Equivalência, a PAE, que foi paga administrativamente mesmo sendo superior a cinco anos.

          Em anos de crise as coisas funcionam assim: Há desculpa para não pagar nada para os trabalhadores, afinal estamos em crise. E por estarmos em crise é importante garantir o dinheiro para quem sempre ganha mais. No final das contas a crise é importantíssima para que a concentração de renda aumente em nosso país, aparentemente não é diferente nos Tribunais de Justiça.

15/12/2015

2015

Imagem do site www.aquiagoraeu.blogspot.com.br
          Ao colega  Cláudio Del Prá Netto, que na data de ontem solicitou-me e aos demais colegas que  participaram ativamente do Comando de  Greve, uma avaliação deste ano de 2015. Pois bem!

       Primeiramente, gostaria de dizer algo ao colega de Blumenau, cujo nome não me recordo:
Caro colega, na Assembleia de Lages, fostes corajoso em  “tirar a roupa do rei”, apontastes o dedo contra aqueles que fingiam nos defender. Mostrastes como 2+2=4 de que a atual diretoria não tinha a menor condição de defender os interesses da categoria. Naquele momento, fostes fortemente combatido e descredibilizado pelos servidores conservadores e moderados. Hoje, após isso tudo que passou, concluo que o senhor estava certo desde o começo. Digo mais: FOSTES ABSOLVIDO PELA A HISTÓRIA. FOI O DECORRER DOS FATOS QUE PROVARAM O QUE TU JÁ ANUNCIARAS NO FINAL DE FEVEREIRO DESTE ANO. Tuas ponderações, apesar de “radicais” eram as mais lúcidas de todas, e de uma concretização profética. Eu, como o resto da categoria, preferimos “fechar os olhos” e acreditar que, mesmo com um sindicato pelego, o TJ iria se sensibilizar. Como eu fui ingênuo!

A CATEGORIA
A categoria fez um papel às avessas: A categoria protagonizou nessa greve. Os dirigentes sindicais ficaram acanhados (pareciam contras-regras de todo esse contexto) Na verdade, foram antagonistas. No período Pré-greve, enquanto nós do Comando de Greve saíamos de comarca em comarca (compensando faltas ou abonando com folga do eleitoral, plantão, férias e licença prêmio), os dirigentes sindicais se esconderam no Oeste do Estado e não davam as caras! Os materiais da greve não chegavam nas comarcas. Muitas vezes a categoria teve que improvisar! Muitas vezes a categoria teve que mandar fazer camisas! Muitas vezes a categoria tinha que fazer ela própria as propagandas da greve!

O SINDICATO
Não preciso dizer nada sobre eles, todos sabem e sente o que eles são. Porém, alguns fatos são importante serem lembrados:

1) Se não fosse três membros do Comando de Greve instaurado na Assembleia de Lages, a greve NÃO teria saído. Na reunião do Comando, foi muito discutido por que a diretoria do Sinjusc não colocou no edital de convocação da Assembleia do dia 31/03 – Deliberação sobre deflagração da greve! A diretoria não queria republicar o Edital. O Claudio Del Prá estava na reunião e se irritou profundamente e acabou se retirando da sala. Tivemos que insistir muito para que o edital convocatório fosse republicado.

2) No dia 31/03 (antes da assembleia) tivemos uma nova reunião do Comando de Greve. Os mais experientes tentavam nos convencer (Eu, Vinicius Schardong e Rafael Rovaris e outros que não recordo o nome) de que a greve não sairia. Cogitaram uma “greve fracionada”, com paralisação em determinados dias da semana. Teve dirigente sindical que queria apostar como não haveria greve e que a categoria não iria aderir. Naquele momento dissemos o seguinte aos experientes: “como vocês sabem mais do que nós, não adiante querer decidir aqui ,pois quem decide isso é a Assembleia-Geral”

3) Entramos na greve: mas faltava materiais, faltava publicidade faltava assessoria jurídica, faltava sindicato. Éramos uma “nau à deriva!”

4) A penúltima assembleia foi o tiro de misericórdia disparado pelos nossos dirigentes sindicais. Às vésperas do FONAJE, conseguiram contaminar os membros do Comando de Greve com o medo e o receio. Eu e mais uns gatos pingados ainda defendíamos a permanência no movimento paredista. Nós cobrávamos diariamente que o Sinjusc veiculasse propaganda, veiculasse vídeo institucional no Faceboock. Cobramos diariamente o estudo do Rainoldo Uesler! Até hoje esse estudo não apareceu. Voltando à ultima assembleia realizada na Capital, fizeram uma força tremenda para entregar a greve. No mesmo dia, numa precedente, pedimos para adiar a assembleia se o TJSC não negociasse os dias parados. Alertamos sobro a punição histórica que sofreríamos se saíssemos da greve sem amarrar isso. Mas, a diretoria e alguns membros do Comando defenderam que deveríamos sair da greve!
Teve um servidor, que estava no Comando de Greve, que chamávamos carinhosamente de o nosso Golden Boy. Acreditávamos  nele, mas nessa assembleia pediu para que voltássemos a trabalhar “embora ele também não acreditasse nas promessas do TJSC”.

A TRAIÇÃO
Essa traição é suficiente para destituir e expulsar os dirigentes do sindicato de vez, tanto como dirigente como sindicalizado dos quadros do SINJUSC. A Assembleia-Geral deliberou pela suspensão da greve e não pelo encerramento. Quem estava lá sabe disso! Porém, o Presidente do Sinjusc, Laercio Raimundo Bianchi, encaminhou ofício ao Presidente do TJSC de que a greve havia acabado! Vejam, que não só o presidente é responsável por essa alta traição, mas quem o apoiara (seus colegas de chapa).

Do que eu vi e vivi durante esta greve, daria para fazer uma novela mexicana! Só que o ano está acabando e a minha paciência para escrever é pouca, como também é pouca a paciência de quem se propõe a ler!

Em tempo! A greve foi boa, conheci pessoas, troquei experiências, conheci comarcas, consegui distinguir durante a greve quem era amigo e quem era Escariotis. Embora termos sido derrotados politicamente, devemos continuar lutando e fazer quantas greves forem necessárias.
Se Thomas Edson não fosse exageradamente teimoso, talvez ainda estaríamos iluminando nossas casas com lampiões de querosene! Pensem nisso antes de desistirem.

Com muito carinho, suor, raiva e amor,

Kelson De Bona Porton
Um reles TJA da Comarca de Criciúma

2015

Imagem do site www.aquiagoraeu.blogspot.com.br
          Que 2015 sirva de experiência. De que não podemos transferir a outros os nossos sonhos. De que ninguém pode deixar as marcas dos passos que não demos. Que encontremos, a partir de 2016, alguma forma de evitarmos a própria virtualização e possamos andar todos, novamente, de mãos dadas.

Wilson Salvio Warmling - Urubici

Retrospectiva 2015 – servidores TJ-SC

 
Imagem do site www.aquiagoraeu.blogspot.com.br
        O ano começou com muitas esperanças e desejo de obtermos o tão sonhado Plano de Cargos e Salários, quando enfim, teríamos uma segurança quanto ao nosso futuro tanto na forma financeira quanto de evolução profissional. Anos de  melhorias negadas e acúmulos de insatisfações que culminou num grande movimento grevista.


          Estávamos com todos os ingredientes necessários  para lutar pelo nosso tão desejado reconhecimento. Um sindicato com uma Diretoria nova, eleito por maioria de votos e com muitas promessas a cumprir. Enfim tudo que a nossa tão falada Democracia nos dá como direito.Não vou entrar tão no início de tudo, mas me desviar diretamente para a greve que foi o ápice da nossa luta por melhorias que tanto nós na ativa quanto os aposentados tanto sonhavam. 

          Lembro bem do dia que houve a assembleia no TJ com mais de mil servidores reunidos, um número fantástico antes nunca alcançado, vindos de todos os recantos de SC. Pessoas cansadas de tanto pedir e nada acontecer. Percebi naquele dia que tínhamos força, porém percebi também que não tínhamos um líder em quem confiar. Sim, nesse mesmo dia eu vi isso, quando o sindicato nos seguiu aderindo à  greve. Não tínhamos orientação correta, não havia um estudo das nossas possibilidades e detalhes de tudo que deveria ser pedido e como pedir. Não havia PLANOS, essencial numa luta árdua e difícil como essa. Valores, percentuais, enfim itens que iriam compor nossas melhorias , nosso PCS (ou NPCS como queiram) , foram “chutados” e levados adiante aos tropeços. Pensei comigo: isso não funciona assim, porém no calor da luta, fomos em frente sem fraquejar em  nenhum momento, com a esperança de mesmo sem um plano, sem apoio e sem um sindicato claramente do nosso lado, conquistar o nosso tão sonhado PCS.

          Conforme a greve seguia vimos que nem sempre número é igual à força, quando não se tem um líder e não se tem um apoio tanto jurídico quanto logístico. Fomos tomando na cabeça, entrando num emaranhado de processos que até hoje estão no limbo para serem julgados ou decididos.
Não posso negar que surgiram muitos líderes natos nessa greve, pessoas que nunca tinha visto na vida e que me surpreenderam de forma positiva. Pessoas que poderão fazer a diferença no nosso futuro, mas não em 2015 ainda, pois ainda faltou amadurecimento em situações de conflito como o que estávamos vivendo.

          A greve termina de forma drástica, sem ter muita certeza de ser a hora certa de terminar, com servidores tendo horas para pagar por uma eternidade, pagando por lutar (justamente) por algo que melhore sua (e da sua família) qualidade de vida. O PCS seguiu para estudos, porém na obscuridade, sem luz, sem informação, sem rumo (pelo menos para nós servidores). Não víamos nada no fim do túnel, pois na soma de fracassos só restou reclamações e mágoas que são diariamente expostas nas redes sociais. Nossos chefes venceram ... mas, porque isso?

          Entra a minha pergunta para 2016: porque temos que ser servidores X Magistrados? Porque essa injusta divisão de poderes? Porque não trabalharmos juntos pela sociedade? Porque tanto conflito? Qual a sensação que nossos chefes tem em dizer NÃO para nós sempre e SIM para eles sempre? Porque falta verba sempre para nós e nunca para eles?

          Não sei se um dia vou entender isso, porque sempre fui paz e amor e acho que num conflito, se cada um cede alguma coisa, todos ganham, num trabalho bem feito, na felicidade de estar fazendo um trabalho de bem para a sociedade, na paz de espírito. As empresas privadas sabem que se elas tem funcionários satisfeitos, terão produtividade e aqui não é diferente.

          Hoje, fim de 2015, vejo pessoas frustradas, mágoas à mostra, ódios verbalizados , falta de vontade em trabalhar, falta de comprometimento, falta de alegria e falta de energia. Tudo isso poderia ter sido evitado com muito pouco. O poder me é estranho, sinceramente não o entendo e acho que nunca conseguirei compreender o seu significado e  o sentimento que gera.

          2016 chegando sem muitas perspectivas boas, pois já temos uma prévia do que vai acontecer com nosso PCS; uma próxima eleição da Diretoria do  sindicato somente  para o final de 2016 ... tempo perdido, tempo escoando, chances escorregando pelas nossas mãos.

          Mas, não desanimem, tudo tem um lado positivo:
. Votamos errado? Vamos acertar na próxima, pesquisar mais os candidatos. Podemos não saber em quem votar, mas já sabemos em quem não votar e isso é uma grande evolução
. o PCS será enterrado novamente? quer saber?  acho ótimo o PCS morrer aqui e agora. Um plano que não temos a menor  ideia do seu conteúdo, e se tanto segredo há, só posso imaginar que seja algo que não vamos gostar de ver e ruído surgirá se soubermos.

          Começamos do zero e desta vez terá que ser da forma correta, com organização e conteúdo. Nada para nos dizer que é ilegal ou impróprio, sem pendências ou privilégios ou penduricalhos para nos prender a um ganho irreal e temporário.

          Só posso desejar  um Feliz 2016 para todos nós e vamos com fé.

Gleydy Fioranelli - Capital

2015: O que foi este ano para você?

Imagem do site www.aquiagoraeu.blogspot.com.br
          O blog convidou vários colegas de judiciário para fazerem suas análises do que foi o ano de 2015. São amigos dos mais diversos cantos do Estado, das mais diversas comarcas, com várias leituras, com pensamentos muito diferentes. Assim, não é necessariamente aquilo que o blog pensa, é uma visão própria de cada um e que decidiram compartilhar conosco aquilo que perceberam.

          2015 foi duro! Foi um ano difícil! Disto não temos dúvidas, mas a proposta aqui é que cada pessoa tenha a possibilidade de fazer as suas próprias considerações. Começamos hoje com algumas e outras serão publicadas nos próximos dias. Como afirmado acima não é uma posição do blog, é uma posição pessoal que respeitamos e compartilhamos com os colegas. Quem quiser também enviar suas considerações para serem publicadas aqui no blog, por favor, fiquem à vontade e entrem em contato conosco. Forte abraço e muito obrigado por quem dedicou o seu tempo para compartilhar suas ideias.

Aposentados perdem o auxílio-alimentação

   
Imagem do site radioloandafm.wordpress.com.br
      O ano realmente poderia ter acabado no mês passado e o pior é que ainda existem mais 3 dias úteis para a conclusão do ano judiciário. Com o cancelamento do pagamento do auxílio-alimentação para os servidores aposentados e o fim do percentual da incidência da diligência no 13o salário e nas férias de Oficiais de Justiça o ano parece não terminar nunca. Enquanto isso o SINJUSC ingressa com mais ações judiciais.


          Nenhuma ação política foi tomada novamente. Apenas o escritório de advocacia é que está atuando em mais uma ação que parece não ter fim, tampouco que irá prosperar perante o Tribunal de Justiça. É bom lembrar que o único fio onde se agarraram os dirigentes sindicais no momento do cancelamento do auxílio-alimentação foi no "direito de defesa" que não havia sido respeitado.

          Sem ação política o fim do auxílio-alimentação dos servidores aposentados está com os dias contados, mas parece que este é um caminho pelo qual o "novo" SINJUSC pretende não trilhar. A falta de humanidade neste processo dói. Dói pois centenas de trabalhadores aposentados terão um natal bastante minguado e não haverá tempo hábil para arrumar o problema. Agora o Tribunal de Justiça usa a sua mão de ferro e o "diálogo" parece que não faz mais parte do vocabulário do SINJUSC.

          O velho ditado diz: "Não está morto quem peleja!", o SINJUSC optou por não fazer a luta, optou apenas pelo "burocrático". Sem luta não há vida e isto, para servidores aposentados quer dizer a própria morte. A solidariedade é o única coisa que pode ajuda-los agora no final de ano. Sem respaldo para ação resta-nos torcer para que coisas piores não venham acontecer até o dia 31. Lutar é sempre uma opção, independente da idade.

14/12/2015

Juízes de primeira instância terão direito a voto na eleição dos tribunais

          A decisão não é para os Tribunais de Justiça dos Estados, é para os Federais, mas já é um bom começo essa informação. Os dados vieram do site Jota, que sempre trás notícias relevantes para quem atua no judiciário. O texto de Felipe Recondo é importante e mais um passo para a democracia no judiciário. A caminhada é longa, mas começa com estes pequenos passos. Boa leitura.

          "Os juízes de primeira instância – e não somente os desembargadores – terão direito a voto nas eleições para a presidência dos tribunais de justiça e tribunais regionais federais. A proposta foi aprovada na sessão administrativa do Supremo Tribunal Federal nessa quarta-feira (9) e será incluída no anteprojeto do novo Estatuto da Magistratura.
          Hoje, os presidentes dos tribunais são escolhidos pelos votos dos desembargadores. Os juízes de primeira instância não têm direito a voto. As associações de classe defendiam junto a ministros do Supremo que a regra fosse alterada.
          Os três nomes mais votados pelos juízes e desembargadores integrarão uma lista tríplice. E desta lista sairá, pelo voto dos desembargadores, o nome do presidente da Corte.
          Votaram contra a alteração os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Teori Zavascki. O ministro Marco Aurélio afirmou que este seria um assunto para regimento dos tribunais. Gilmar Mendes criticou o mérito e a motivação para a mudança.
          “Essa é uma solução bolivariana”, afirmou o ministro durante a sessão. “Se isso fosse bom, os presidentes das associações eram os luminares do Direito”, acrescentou. “Se vocês querem radicalizar a democracia, por que não permitem que os servidores também votem?”, questionou.
          Um dos receios expostos pelo ministro é de que as eleições para os tribunais sejam dominadas – a partir desta alteração – por propostas corporativas e que os candidatos se valham das promessas de benefícios para angariar votos."

Felipe Recondo - Portal Jota 

Se há divergência de cálculo: "SINJUSC, Mostra a Tabela!"

   
      Na notícia publicada pelo SINJUSC na semana passada dando conta da reunião do Conselho de Gestão há uma afirmação: "O presidente eleito, Desembargador José Antônio Torres Marques, apresentou valores divergentes aos apresentados no plano, projeções exorbitantes, se comparadas às mencionadas pelo relator em seu voto". Para sanar então estas dúvidas seria importante o SINJUSC apresentar exatamente aquilo que está no Plano e falta aos trabalhadores, ou seja, as Tabelas Salariais.

          Ao ficar neste "disse me disse" o SINJUSC dá exatamente o respaldo ao Tribunal de Justiça, afinal de contas como contestar uma afirmação se não estão expostos os dados? Qual o motivo de "esconder" as tabelas salariais? Seria uma "estratégia brilhante"? Talvez uma "carta na manga"? É hora de rever conceitos e de colocar a categoria junto nesta batalha.

          Se existe diferença entre os dados que foram apresentados pelo Presidente Eleito e pelo SINJUSC é necessário que ao menos um dos lados mostre e explique aquilo que calculou. Como temos apenas gerência sobre o nosso sindicato o mais fácil e certo de fazer é que este apresente os seus cálculos e as suas tabelas para que tenhamos real noção daquilo que está sendo debatido com o TJ.

Hoje concluiu-se os 60 dias da Resolução 36/2015. Os trabalhadores serão beneficiados com esta economia?

 
Imagem do site lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com.br
        A Resolução 36/2015, publicada em 14 de outubro de 2016, no seu artigo primeiro trazia a seguinte redação: "Art. 1º Suspender, nos próximos 60 (sessenta) dias, a realização das seguintes despesas no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina...", e concluído este prazo é importante o Tribunal de Justiça fazer a sua prestação de contas sobre o quanto foi economizado, o quanto foi gasto e o que está previsto para o final de 2016.


          Apesar da Resolução em si não possuir "considerandos", o seu cabeçalho apontava para a redução do repasse do duodécimo, a crise econômica internacional, nacional e seu reflexo em Santa Catarina. Estas condições ainda carecem de explicações mais claras para a população e para os trabalhadores. Durante este período foi suspenso o pagamento de designações para funções gratificadas; não foi pago auxílio-creche e saúde; não foram pagos os retroativos de promoções (apenas a diferença de letras); não foram pagos abonos de permanência, e uma série de outros itens.

          O pedido de pagamento de "auxílio-alimentação extraordinário", que aconteceu no início de 2015, mas referente ao ano de 2014, ainda aguarda manifestação pela presidência do Tribunal de Justiça de forma oficial. Extra-oficialmente já foi afirmado pelos dirigentes do TJ que o pagamento talvez não fosse realizado já que os demais poderes tinham já apontado que não efetuariam, neste ano, o pagamento de tal benefício.

          A Resolução em si não trouxe na realidade nenhuma inovação para o Tribunal de Justiça, afinal de contas vários pagamentos já estavam suspensos fazia um bom tempo. A Resolução apenas deu caráter explícito para os trabalhadores e sociedade que, agora,  os pagamentos não efetuados tinham uma razão de ser. Os cortes, que porventura aconteceram nestes dois meses devem ter gerado um "caixa" para o Tribunal de Justiça, a pergunta que fica é: "será usado em favor dos trabalhadores?

12/12/2015

NPCS: R$ 26,58 de ganho mensal e reposição inflacionária de 3% ao ano

 
Imagem do site www.domacedo.blogspot.com.br
        Alguém (que eu não sei quem é) postou nos comentários deste blog um link que aparentemente é a cópia do parecer do Desembargador Fernando Carioni sobre o projeto do NPCS. Não me perguntem quem foi, mas deve ter acesso aos dados do SINJUSC (clique aqui para ver o documento) afinal de contas o documento está hospedado no domínio sinjusc.org. O que chama a atenção é que fazendo-se os cálculos (dividindo o valor total do plano em caráter anual pelo número de servidores e salários no ano) chegamos ao valor mensal de R$ 26,58 (vinte e seis reais e cinquenta e oito centavos) isto que eu estou colocando os aposentados como se percebessem apenas pelo IPREV, e conforme o parecer com a apresentação de uma data-base no percentual de 3%, isto é, bem abaixo da inflação.


          Mesmo com um piso de R$ 1.526,50 (hum mil, quinhentos e vinte e seis reais e cinquenta centavos) não haverá aumento para os trabalhadores segundo o projeto, o que faz perceber na verdade uma ampliação do total de níveis (passando cada carreira de 30 para 40) e uma compactação salarial (achatamento). Na verdade é necessário reforçar: o SINJUSC não vem mostrando já faz algum tempo as tabelas salariais que foram totalmente reformuladas. Ao que parece, conforme o parecer do Desembargador Carioni, os diretores do SINJUSC "foram extremamente receptivos às considerações formuladas pelo corpo técnico do Tribunal de Justiça e pelo revisor do Projeto".

          O projeto foi calcado num custo mínimo (nem preciso explicar isto), com a implementação ocorrendo conforme disponibilidade financeira e orçamentária do próprio Tribunal. Observa-se no parecer que, pelo menos "houve uma preocupação excepcional em resguardar as situações estabelecidas na Lei Complementar 90, de 1º de julho de 1993, especialmente na etapa de transição para o novo regramento ora proposto evitando a redução de vencimentos e os reflexos negativos...". Ou seja, trabalhamos para não perder ao invés de progredir.

          Conforme se depreende do texto apresentado, parece que o mais importante é que com este plano ninguém irá ter redução de vencimentos (um alívio para todos os trabalhadores). Ademais, os outros benefícios que porventura a lei possa trazer para nós só serão implementados se houver a famosa disponibilidade financeira. Falta mesmo é o SINJUSC mostrar a tabela inicial de enquadramento, a tabela final e as tabelas de transição que porventura possam existir. Mas a frase que o sindicato publicou no site diz muito: "Ao final da exposição, desembargador Torres Marques manifestou pela rejeição da matéria"