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O ano foi histórico para os servidores do TJSC. Fizemos a maior greve da categoria. Lutamos por um Plano de Cargos e Salários mais justo, que valorizasse mais tudo aquilo que nós, os servidores, entregamos ao judiciário. Greve difícil, truncada, conflitante (e, afinal, qual delas não o é?).
Mas a greve nasceu mais da busca por um tratamento mais igual entre servidores e magistrados do que da vontade de ganhar mais dinheiro propriamente dita. Queríamos (QUEREMOS) mais respeito, reconhecimento por nosso árduo trabalho prestado ao judiciário e à sociedade, que rende tantos “prêmios” ao TJSC.
Brigamos muito em 31 dias úteis de paralisação. E a greve acabou. Conseguimos compromissos, datas para as fases do novo Plano, uma antecipação de 1,83%...
E levamos também descontos, infinitas horas para compensação, algumas perdas de cargos... Mas, principalmente, o que houve com a greve foi uma mudança de paradigmas.
A categoria mudou (eu quero e preciso acreditar nisso) sua maneira de ver e analisar tudo o que envolve essa luta política, esse cabo de guerra, que apenas nós que estamos dentro desse sistema sabemos o que é. Sim, pois para os telespectadores somos uma coisa só: o judiciário (e assim deveria ser). Mas, “aqui dentro”, todos sabemos que o tratamento é outro.
Infelizmente, para alguns colegas, a greve acabou e foi esquecida. Porém, da mesma maneira, o sentimento ainda permanece vivo em tantos outros. E deverá permanecer por muito tempo, pois a batalha não acabou.
E os compromissos e datas que conseguimos com a greve? Estes escorreram pelos dedos. Os ânimos baixaram, a tormenta passou, a crise chegou, arrecadação caiu, e o servidor pagou (e está pagando) uma dívida que não é sua, mais uma vez. Repito: a batalha ainda não terminou. Mantenhamos a força.
Um brinde à coragem dos que lutaram pelas razões certas, apesar de tudo o que nos foi tirado e atirado. E que venha 2016, com mais conciliação, mas, acima de tudo, com muito mais força!
Marcos Rafael Gomes - Gaspar
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