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Nosso s pleitos eram e continuam sendo mais que justos, lutamos com todas as forças possíveis e no final, restou a frustração, a pequena sensação de vitória aliada com a derrota. Sensação de vitória porque conseguimos reunir o maior número de servidores já visto até então; de derrota porque sentimos até o hoje os efeitos do “chicote “ do Tribunal de Justiça.
Lutamos por um PCS justo, por uma data base que não acontecia desde 2011, pela recomposição do auxílio alimentação, por nossas promoções, sem falar em outros pleitos da categoria que tem sempre o mesmo descaso.
Queríamos uma evolução da carreira funcional que proporcionasse a valorização dos servidores, afinal somos um dos primeiros colocados em produtividade no país e na época da greve éramos o quinto tribunal mais mal pago.
Não quero deixar de ser uma servidora produtiva porque a “greve” deu errado e saiu pela culatra. Meu trabalho continua sendo importante, meus princípios e valores continuam sendo os mesmos, mas este ano de 2015... ahhh, este ano de 2015... marcou a ferro muitos de nossos colegas e os efeitos de uma greve mal sucedida ainda estão sendo sentidos por muitos.
Os trechos a seguir são relatos de pessoas da equipe de trabalho que eu tenho orgulho de fazer parte:
"É triste ter a sensação de que escolhi a carreira errada... e é isso que eu sinto quando constato que não é no TJSC que a Justiça acontece... pelo menos não para alguns. Não é só triste, é angustiante e desanimador... porque assim como meus princípios me forçam a manter um serviço de qualidade, eles me exigem uma postura mais dura com relação a todos os desmandos que vivenciamos... mas deste 2015 tive uma lição: quem lutar por Justiça será punido pela justiça! (Danusa)
"Nos sentimos impotentes, sem esperança. Levamos uma rasteira daquele que deveria ser o nosso maior aliado, o Sindicato. A confiança foi quebrada. Estamos estarrecidos com tanta deslealdade." (Lucinara)
"O que restou da nossa greve foi um profundo sentimento de frustração, pela maneira como fomos tratados pelo Tribunal de Justiça e também pela postura do Sindicato que deveria nos representar, o qual muitas vezes deixou a impressão, pelo menos pra mim, de que estava defendendo mais os interessados do tribunal do que os dos servidores." (Junia)
"Podemos resumir o ano de 2015 como o ´ano do esquecimento dos servidores´, em que anos de crise servem de pano de fundo para não pagar nada aos trabalhadores, que movem esta máquina judiciária com ética e comprometimento ao trabalho, sendo um dos mais produtivos do país." (Daniela)
Então é natal... e o que você fez, o ano termina e começa outra vez. Imbuídos do espirito natalino que se aproxima, não vamos abaixar a cabeça, acima de tudo somos servidores. Não podemos parar de lutar por nossos direitos. Merecemos valorização, e por isso lutaremos “até o fim da vida”.
Daniela Balvedi Polli - Itajaí
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