16/12/2015

Crônica de um ano inesquecível que devemos esquecer

Imagem do site muitogospel.com.br
10, 9, 8..., 3, 2, 1...ACABOU!!!

Acabou a ilusão, acabou a paciência, acabou o ano...Que bom!!

Esse, sem dúvida, para nós do judiciário, foi um ano para esquecermos.

E que venha 2016! Viva!!

Será??  Sei lá, não acredito mais em Papai Noel. Aliás, Papai NOELson é que me fez desacreditar...

Iniciamos o ano com boas perspectivas (ou seriam ilusões?):  um PCS pela frente, um aumento de gratificação de nível superior, ou a tão propalada (pela ATJ), “elevação de nível superior”... 

Mas tudo, como diz aquela musiquinha dos nossos tempos de criança, “era vidro e se quebrou”.
Iniciamos a maior greve que nosso judiciário já viu...

Gritamos, votamos, sofremos, cansamos...perdemos. Perdemos tempo, perdemos dinheiro, perdemos a paciência, perdemos ilusões.

Achamos choros, lamentações, perseguições, sempre mais do mesmo.

Descobrimos que somos a parte mais fraca e que, assim, sozinhos, devemos nos curvar sempre diante da parte mais forte.

Descobrimos que sem união e sem liderança não vamos a lugar algum.

Liderança!!?? Tínhamos liderança? Legalmente sim, na prática, ficamos a ver navios...

E nosso Titanic afundou... nossa greve (a maior de todas), acabou e deixou uma enorme frustração  em todos nós.

E os reflexos futuros são incontestáveis. Quando teremos forças novamente para agruparmos e enchermos de povo, do “nosso povo”, aquela bendita praça em frente ao TJ?

Quando teremos forças novamente para fazermos nos ouvir pelos senhores da justiça (que justiça), com um panelaço ensurdecedor?

A curto prazo acho difícil.

Por falar em justiça... onde ela se encontra? Como é ela? Como podemos fazer para conhece-la? Veja hoje no Globo Repórter...hahaha

Desculpem a brincadeira, mas acredito que é melhor rir do que chorar.

Na nossa casa da justiça não deveria se fazer justiça? A casa onde deveria existir e se fazer a justiça é a primeira a virar as costas aos injustiçados.

Como diz um amigo meu: “cremdeuspai”!

Enquanto isso, dê-lhe mandado de segurança, dê-lhe negociação...e solução, nenhuma.

O que será de nós agora? Ficamos sem ter voz e nem vez?

Papai NOELson me enganou. Aliás, enganou a quase todos nós. “É democrático, é aberto à negociações” e blá, blá, blá... e aí estamos...

Esperamos o vale peru. E ele não veio. Bem! Já era esperado...crise financeira, atrasados a serem pagos, etc. Esses atrasados...

E aqueles R$ 26 milhões da “elevação de nível”? Acredito que foram ou devem ser devolvidos a nosso outro “bom (??) velhinho”: Papai Raimundo Noel Colombo.

Falando nele: que belíssimo presente de natal que os servidores do estado receberam!! E sem ter direito a qualquer contraditório. Está finalmente mostrando as garras que mostrou quando administrou Lages. O que me irrita é que ele não fez nada disso quando ainda sabia que ia precisar de votos para reeleição...

Acabar com a aposentadoria para ex-governadores, da qual o mesmo é ou será beneficiado (não conheço bem o assunto), seria exigir demais? Ou apenas nós, humildes mortais, precisamos arcar com os vários rombos que surgem nas administrações?

Enquanto o Papai Colombo nos “enfiava goela abaixo” seus 12%, 13% e 14% e um teto, que é tão baixo que podemos bater a cabeça, onde andavam nossas entidades e associações representativas? 

Bah!! Desisti de esperar algumas atitudes.

E prá finalizar bem o ano, não poderia faltar o presente dos aposentados: o fim ou a suspensão ou sei lá o que, do pagamento do auxílio alimentação.

Conclusão: somos realmente descartáveis...

De que adianta dedicar-se uma vida toda para um judiciário que amamos (sim, eu gosto do meu trabalho e não tenho nada a reclamar dos juízes de minha comarca), se no momento que temos direito ao nosso mais merecido descanso, a aposentadoria, somos abandonados pelas pessoas que administram esse judiciário.

Sem palavras...

Sem o que dizer...

Aliás, o que tenho a falar é: “Força Colegas”! E continuemos acreditando, como diria a Banda Jota Quest, que “dias melhores virão”, apesar de 2016 desenhar-se mais sombrio ainda.

Agora, tenho que parar, são 11:30 h e meio dia preciso estar com meu dedo (já com sinais de L.E.R) e deixar minhas digitais no relógio ponto,  onde só passarei novamente às 19:00 horas, num turno ininterrupto de 07 horas.

Opa!!! Não deveriam ser seis??

Não! Não aqui na bela Província de Santa Catarina, da República dos Estados Unidos do Brasil.

Arnaldo Nazareno Borges - São Joaquim

3 comentários:

  1. Nazareno
    Matou a Pau.
    Abraço do Corrêa!

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  2. Engraçado é ver a publicação de alguns servidores na exposição virtual do "Programa Olhares", exaltando o papel da justiça como premissa ao bem das pessoas. Mas não essa "justiça" que presenciamos na greve. Ou quiseram dar um recado sutil, e o TJ fez que não entendeu.

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