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Estávamos com todos os ingredientes necessários para lutar pelo nosso tão desejado reconhecimento. Um sindicato com uma Diretoria nova, eleito por maioria de votos e com muitas promessas a cumprir. Enfim tudo que a nossa tão falada Democracia nos dá como direito.Não vou entrar tão no início de tudo, mas me desviar diretamente para a greve que foi o ápice da nossa luta por melhorias que tanto nós na ativa quanto os aposentados tanto sonhavam.
Lembro bem do dia que houve a assembleia no TJ com mais de mil servidores reunidos, um número fantástico antes nunca alcançado, vindos de todos os recantos de SC. Pessoas cansadas de tanto pedir e nada acontecer. Percebi naquele dia que tínhamos força, porém percebi também que não tínhamos um líder em quem confiar. Sim, nesse mesmo dia eu vi isso, quando o sindicato nos seguiu aderindo à greve. Não tínhamos orientação correta, não havia um estudo das nossas possibilidades e detalhes de tudo que deveria ser pedido e como pedir. Não havia PLANOS, essencial numa luta árdua e difícil como essa. Valores, percentuais, enfim itens que iriam compor nossas melhorias , nosso PCS (ou NPCS como queiram) , foram “chutados” e levados adiante aos tropeços. Pensei comigo: isso não funciona assim, porém no calor da luta, fomos em frente sem fraquejar em nenhum momento, com a esperança de mesmo sem um plano, sem apoio e sem um sindicato claramente do nosso lado, conquistar o nosso tão sonhado PCS.
Conforme a greve seguia vimos que nem sempre número é igual à força, quando não se tem um líder e não se tem um apoio tanto jurídico quanto logístico. Fomos tomando na cabeça, entrando num emaranhado de processos que até hoje estão no limbo para serem julgados ou decididos.
Não posso negar que surgiram muitos líderes natos nessa greve, pessoas que nunca tinha visto na vida e que me surpreenderam de forma positiva. Pessoas que poderão fazer a diferença no nosso futuro, mas não em 2015 ainda, pois ainda faltou amadurecimento em situações de conflito como o que estávamos vivendo.
A greve termina de forma drástica, sem ter muita certeza de ser a hora certa de terminar, com servidores tendo horas para pagar por uma eternidade, pagando por lutar (justamente) por algo que melhore sua (e da sua família) qualidade de vida. O PCS seguiu para estudos, porém na obscuridade, sem luz, sem informação, sem rumo (pelo menos para nós servidores). Não víamos nada no fim do túnel, pois na soma de fracassos só restou reclamações e mágoas que são diariamente expostas nas redes sociais. Nossos chefes venceram ... mas, porque isso?
Entra a minha pergunta para 2016: porque temos que ser servidores X Magistrados? Porque essa injusta divisão de poderes? Porque não trabalharmos juntos pela sociedade? Porque tanto conflito? Qual a sensação que nossos chefes tem em dizer NÃO para nós sempre e SIM para eles sempre? Porque falta verba sempre para nós e nunca para eles?
Não sei se um dia vou entender isso, porque sempre fui paz e amor e acho que num conflito, se cada um cede alguma coisa, todos ganham, num trabalho bem feito, na felicidade de estar fazendo um trabalho de bem para a sociedade, na paz de espírito. As empresas privadas sabem que se elas tem funcionários satisfeitos, terão produtividade e aqui não é diferente.
Hoje, fim de 2015, vejo pessoas frustradas, mágoas à mostra, ódios verbalizados , falta de vontade em trabalhar, falta de comprometimento, falta de alegria e falta de energia. Tudo isso poderia ter sido evitado com muito pouco. O poder me é estranho, sinceramente não o entendo e acho que nunca conseguirei compreender o seu significado e o sentimento que gera.
2016 chegando sem muitas perspectivas boas, pois já temos uma prévia do que vai acontecer com nosso PCS; uma próxima eleição da Diretoria do sindicato somente para o final de 2016 ... tempo perdido, tempo escoando, chances escorregando pelas nossas mãos.
Mas, não desanimem, tudo tem um lado positivo:
. Votamos errado? Vamos acertar na próxima, pesquisar mais os candidatos. Podemos não saber em quem votar, mas já sabemos em quem não votar e isso é uma grande evolução
. o PCS será enterrado novamente? quer saber? acho ótimo o PCS morrer aqui e agora. Um plano que não temos a menor ideia do seu conteúdo, e se tanto segredo há, só posso imaginar que seja algo que não vamos gostar de ver e ruído surgirá se soubermos.
Começamos do zero e desta vez terá que ser da forma correta, com organização e conteúdo. Nada para nos dizer que é ilegal ou impróprio, sem pendências ou privilégios ou penduricalhos para nos prender a um ganho irreal e temporário.
Só posso desejar um Feliz 2016 para todos nós e vamos com fé.
Gleydy Fioranelli - Capital
É isso aí, ano novo, PCS novo!!
ResponderExcluirDevemos olhar para trás e pensar que todo esforço foi para um bom propósito, apesar de toda onda negativa que foi contra.
Abraços!
Boa reflexão Gleydy.
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