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A Assembleia de Lages foi o ponto de partida deste movimento, quando o Sinjusc, na pessoa do seu Presidente, afirmou que as negociações com a Administração do Tribunal de Justiça haviam se esgotado e que o caminho possível para avançarmos na conquista do NPCS seria uma grande greve. Chamou/convidou toda a categoria para a “luta”. Os trabalhadores presentes no dia entenderam que era chegada a hora da mobilização e nessa mesma Assembléia formou-se um “Comando de Greve”, com o objetivo de auxiliar o Sindicato na construção da futura greve.
Nova Assembleia marcada, dessa vez em frente ao Tribunal de Justiça em Florianópolis com a participação de cerca de 1.500 servidores, reafirmaram a posição do Sinjusc de que, caso a Administração não atendesse as reivindicações, estes, entrariam em greve.
Sem avanço nas negociações os servidores do Poder Judiciário Catarinense paralisaram suas atividades e num gesto de bravura e determinação mostraram “as caras”, em frente ao TJ e em frente de todas as Comarcas e exigiram a implementação do tão esperado e merecido NPCS na maior greve do Judiciário Catarinense.
A Categoria foi à “LUTA”, mas já nos primeiros dias se sentiram desamparados pois seus representantes legais, que chamaram os trabalhadores para a luta, não estavam ao seu lado no enfrentamento do dia a dia.
Primeiro diziam que não poderiam se expor por conta da “Liminar”, que poderiam ser citados e gerar multas ao Sindicato... Ora! Em todas as outras categorias se enfrenta as possíveis "Liminares" e se contesta e a greve continua. Depois foram citados e mesmo assim não “apareciam” em lugar algum... O Comando de Greve da Capital por muitas vezes exigia a presença de ao menos um (01) Dirigente Sindical para dar orientação ou ao menos passar segurança para quem estava no dia a dia fazendo a boa luta. A resposta era que os Dirigentes estavam no interior do estado, visitando/orientando os grevistas das Comarcas. Só não diziam em qual Comarca estavam...
Porquê essa estratégia do Sindicato em não "mostrar as caras" juntos com a categoria?!?! Será que os Servidores são tão diferentes de sua Direção? Plantou-se a idéia de que havia duas (02) greves no Judiciário: Uma no interior e outra na capital. Quem difundiu essa idéia queria dividir a categoria? Que quem fazia a greve da capital era a antiga chapa 1... Ora! Havia dias que contavam 300/400 servidores nas escadarias do TJ, das 12 às 19 hs, no frio e no vento e desses, duas ou três pessoas eram da antiga chapa, os demais estavam lutando pelo NPCS.
Ficou evidente que a maior greve do Judiciário faltou direção e humildade por parte daqueles que deveriam ser os protagonistas do movimento. Humildade para reconhecer que a verdadeira força está nos trabalhadores e que um Sindicato só é forte quando está “JUNTO” com a categoria e não “encastelados” em suas confortáveis salas.
A maior greve de todas acabou e voltamos ao trabalho um tanto frustrados mas de cabeça erguida... não pela conquista do ganho real que foi pífio mas, pela certeza que fizemos tudo o que foi possível ao nosso alcance. Fizemos e carregamos faixas e cartazes, passeatas, arrastões pelas Comarcas e no TJ, apitamos, visitas à ALESC, etc... E tudo isso não se joga fora. Essa categoria provou que pode se erguer novamente a qualquer hora se preciso for. Basta ter Direção.