Foto do amigo Leonardo |
Em tempos estranhos acontecem coisas que você quase não acredita. A amiga Cléia Graciosa Bardini, de Camboriú, foi atropelada por um carro desgovernado, foi socorrida, passou por cirurgia, mas felizmente segue em recuperação, que espero, seja breve. Cléia foi dirigente sindical do SINJUSC junto conosco até o final do ano de 2013, e pessoa pelo qual temos muito apreço e sabemos que irá se recuperar muito rapidamente com certeza.
Hoje foi dia de retomada na frente do TJ. Um novo comando na frente do TJ agora vai tocar o barco. São amigos e amigas valorosos(as) que assumiram a empreitada a fim de tornar o ambiente mais descontraído e apaziguar algumas almas que viam disputa eleitoral em tudo. Sigo ajudando e confiando piamente nos meus líderes, Rafael, Andréia, Elino, Artur, Chang, e todos os que ajudaram compondo ou substituindo membros.
A tarde começou com uma fala do Alcides, que veio nos fazer uma visita junto com o Nildo, pessoal querido da Palhoça e que sempre é bom reencontrar. Após isto as falas se sucederam e em seguida foi angariar fundos para ir tocando a greve. Passado o chapéu conseguimos dinheiro para fomentar o nosso movimento. Greve também custa caro, mas o pessoal com um pouquinho de persuasão não deixa de dar sua contribuição financeira.
As meninas (e o Fabinho) que assumiram hoje o nosso lanche trouxeram o bolo e o refrigerante para o comemorar (com direito a parabéns e tudo) pelos 30 dias de greve. Além disso foi usado dinheiro para a compra do material "descartável" que está sendo usado no Tribunal de Justiça já que as faixas foram confiscadas. Nada como 200 metros de papel pardo e umas latas de spray, em cinco minutos fazemos uma faixa de 1,20m por 10m com a frase "NÃO NOS CALARÃO JAMAIS!" Ah, claro, também compramos mais apitos e cornetas.
Outra coisa muito bonita e com a qual eu fiquei contente foi que o pessoal de Joinville também começou a fazer um grande movimento pelas ruas da cidade. Com apitos e faixas o povo do norte do estado deu um show de mobilização e, com certeza, se fez perceber na maior cidade do estado. O que eu fiquei triste é que o SINJUSC para Joinville diz que a mobilização é propositiva, enquanto aqui na Capital se fazemos isto somos chamados de "baderneiros", mas deixa pra lá, hoje é sexta.
Ao final do dia notas do Tribunal de Justiça e do SINJUSC. Aparentemente não está havendo um diálogo adequado entre as partes a fim de achar uma solução para a saída da greve. Pelo que se observa aconteceram (que bom) reuniões extraoficiais entre o SINJUSC e o TJSC, mas que não foram bem "amarradas". E ficou ao final do dia uma troca de acusações sem tamanho, o que é ruim para todos nós.
Teve um montão de coisas que eu não consegui lembrar e peço desculpas aos amigos. A preguiça tá grande, já é hora de dormir, mas acredito que é necessário muito mais que unidade para avançarmos em nossos pleitos, há necessidade de muito mais do que gente fazendo greve para termos ganho, é necessário que haja confiança entre as partes que dialogam a fim de ver cessar esta greve. Os trabalhadores estão fazendo a sua parte, os negociadores precisam fazer as suas.
Sendo o foco desta greve o PCS, e não o aumento real imediato, então temos que o único item 'inegociável' é o próprio PCS. Acontece que QUALQUER que seja o acordo firmado entre grevistas e TJ , o projeto de lei com o fruto da negociação deverá ser encaminhado à Alesc, ou seja, quem dá a palavra final são eles no fim da história. O problema aqui é que a Alesc está sendo pressionada por outros movimentos, à exemplo da greve dos professores, então qualquer pedido PURO de aumento real pode vir à ser negado sumariamente.
ResponderExcluirPorém, se um projeto de lei encaminhado à Alesc é um Plano de Cargos e Vencimentos aí a situação muda um pouco. Neste é possível então ser contido um aumento maior, pois trata de toda uma mudança no cenário estrutural dos servidores do Judiciário catarinense, e dificilmente um Poder vai querer interferir na estrutura de funcionamento de outro Poder.
É mais fácil passar na Alesc um NPCS, mesmo que tenha embutido 50% de aumento real, do que um projeto de lei puro de aumento pedindo 5%.
Não posso opinar por todos, mas ao menos para mim faz algum sentido sim, até porque todos nós sabemos que recentemente foi aprovado Novo Plano de Cargos e Vencimentos para o MPSC, e passou, mesmo com vultuosos aumentos. Certo ou errado, temos que ter é estratégia.
De qualquer forma a greve continua, estou nela desde o primeiro dia, e permanecerei até o último. E quem vai decidir se este é o caminho correto ou não será a categoria, em assembléia, então não há o que temer. Avante colegas e boa sorte a todos!!!
Não concordo com a proposta de dar encaminhamento do NPCS após o fim da greve. Não podemos confiar no TJ. Se é mais difícil ou não passar ganho real na alesc, isso não vem ao caso. A questão é quer o TJ não quer enviar projeto de ganho real e isso é INACEITÁVEL!!
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