27/02/2015

"Bridi foi enfático em sua negativa"

      "Notícia que não vem por um lado, corre pelo outro" como diz o ditado. O SINJUSC que pretende fazer a apresentação do que foi discutido nesta semana com o Gabinete da Presidência sobre o Novo Plano de Cargos e Salários saiu atrás do SINDOJUS (Oficiais de Justiça) que deu o tom da conversa. O NPCS vai continuar com estudos e reuniões quinzenais, quiçá semanais, mas não há prazo tampouco conclusão prevista para sua implementação.

      Na notícia publicada pelo SINDOJUS foi informado que "Vitoraldo Bridi, que não quis comprometer-se quanto a validação do estudo que há anos está em debate, sem que seja alcançado consenso." Ou seja, inexiste previsão de conclusão do presente projeto. Enquanto isto, acena a presidência, com um estudo para ganho real e a reposição inflacionária, isto é, não há definição alguma sobre qualquer benefício geral aos trabalhadores.

      Estranhamente na notícia veiculada pelo SINDOJUS é informado que "há indicativo de greve" por parte do SINJUSC para a Assembleia de Lages, contudo sem constar como ponto de pauta. Com certeza a assembleia é soberana para indicar quais os destinos que serão assumidos com a categoria e perante a postura do Tribunal de Justiça.

      Para ver a notícia original, clique AQUI:
Foto: www.sindojus-sc.org.br

26/02/2015

Presidente aprova jornada de 6 horas!

      É pegadinha mas é verdade! A partir do dia 2 de março os trabalhadores terão a jornada de trabalho reduzida de 7 (sete) para 6 (seis) horas de trabalho diário ininterrupto conforme Portaria 26/2015-GP. O Desembargador Presidente Sérgio Roberto Baasch Luz (que também é Desembargador do TJSC) determinou, pelo bom desempenho no trabalho, que os servidores da Justiça Eleitoral de Santa Catarina poderão fazer jornada de trabalho de seis horas em períodos que não haja necessidade dos trabalhadores em favor das eleições.

      O Presidente do TRE-SC afirma em seu comunicado eletrônico que tal medida promove a “melhoria da qualidade de vida dos servidores e, consequentemente, dos próprios serviços prestados por esta Justiça”. Ou seja, com mais qualidade de vida se produz mais e melhor, como sempre afirmou o SINJUSC. Desta forma a jornada de trabalho de 6 horas é respeitada e legalizada dentro de SC, mas infelizmente apenas para os trabalhadores da Justiça Federal, que além de receberem melhores salários que os da estadual, agora também possuem jornada mais atrativa.

      Santa Catarina possui um dos melhores índices de produtividade no judiciário nacional, contudo, um dos piores salários e uma das jornadas mais extenuantes. A jornada de seis horas nos foi “roubada” por uma ADIN que foi tornada nula pelas leis póstumas. Com salários defasados, com auxílio-alimentação congelado, retirada de direitos dos aposentados, com a proximidade do fim da licença-prêmio e adicional de tempo de serviço, com jornada extenuante e observando tudo isto sem qualquer sinal de avanço. A Assembleia de Lages pode e deve definir o nosso futuro, e que seja com 6 horas!

Leia na íntegra o comunicado eletrônico clicando na imagem abaixo:


Unidade e Luta!

      Não há mais tempo para discutirmos aquilo que nos diferencia. Nossos adversários estão no outro lado e tomando corpo, assaltando nossos direitos, roubando os cofres do judiciário e nos afastando cada dia mais, a tal ponto que pensamos estarmos sozinhos mesmo estando o cartório cheio de colegas. O confinamento em nossas “ilhas” de trabalho tenta nos isolar daquilo que acontece na mesa ao lado, na sala ao lado, na comarca vizinha. Somos muitos, SOMOS A MAIORIA e aquilo que nos diferencia é muito menor do que aquilo que nos torna IGUAIS. Em Lages é tempo de deixar as divergências de lado e focar na unidade de nossa categoria, pois é na nossa unidade que reside a nossa força para ganhar a luta.

      O discurso não é de peleguismo ou de radicalismo. Tratar nossa categoria com estes estereótipos não traduz a realidade e tampouco a complexidade daquilo que somos e, ao contrário, replica o interesse na administração do Tribunal de Justiça em destruir a instituição que nos representa, o SINJUSC. Erros e acertos, de lado a lado, devem ser deixados de lado e o momento agora é de lutar para garantir o direito dos servidores aposentados que já terão nos próximos meses o auxílio-alimentação cortado. É lutar pela imediata incorporação do auxílio-alimentação na tabela de vencimento de todos os servidores, ativos, aposentados, com ou sem paridade. Lutar pela recomposição salarial, com referência nos vencimentos dos servidores do judiciário dos demais estados do Brasil e do Ministério Público de Santa Catarina. É momento de lutar para manter os direitos de Licença-Prêmio e Adicional de Tempo de Serviço.

      Em tempos difíceis não há o que arredar, há que se manter posição e enfrentar o inimigo, que busca incansavelmente ampliar sua fatia sobre o orçamento, tirando direitos e fazendo sobrar para si aquilo que falta para a grande maioria. O momento é de UNIDADE em favor dos APOSENTADOS, do ganho real para TODOS os trabalhadores, de um NPCS que realmente seja digno de todos os servidores do judiciário catarinense. Sem unidade e sem luta não somos nada. Que nos encontremos em Lages despidos dos preconceitos, dos ranços, dos estereótipos, dos conchavos. É importante chegar na Serra com o peito aberto, cabeça erguida e formar trincheira com todos os colegas para defender nossos interesses pela categoria e em favor do serviço público.

25/02/2015

TJ pretende cortar o auxílio-alimentação de "todos" os aposentados já em abril

      O Tribunal de Justiça busca cortar nos próximos meses o pagamento do auxílio-alimentação dos aposentados do Poder Judiciário. A decisão já foi tomada e o Tribunal está encaminhando comunicações individuais para cada trabalhador(a) aposentado(a) a fim de cumprir um único requisito pelo qual foi garantido o pagamento do auxílio dos aposentados até então: o direito da ampla defesa que foi negado. Cumprindo esta praxe o Tribunal de Justiça determinará o corte dos pagamentos de quem já havia até averbado o ato de aposentadoria no TC, ou seja, nenhum aposentado terá direito ao auxílio-alimentação. Com o incremento da Resolução 09/2015-GP (11/02/2015) o TJ já parou de pagar tal benefício aos servidores que se aposentaram.

      A categoria pode fazer uma coisa. Lutar pela manutenção de seus direitos, principalmente ao direito da alimentação que nunca foi um auxílio, mas foi sim uma moeda usada pelo Tribunal de Justiça quando do aumento da carga horária de trabalho em 1998. Ou seja, o Tribunal deveria ter transformado, já faz muito tempo, o auxílio-alimentação em salário para o trabalhador a fim de que não houvesse perdas na remuneração quando da sua aposentadoria.

      Ingressar com ações individuais não é a tática dos trabalhadores, é para onde o Tribunal de Justiça está forçando a ação de todos nós, pois lá garantirá a manutenção de sua determinação e criará ainda mais jurisprudência contra os trabalhadores. Vários trabalhadores aposentados poderão perder, já a partir de abril, R$500,00 de seus minguados proventos. Aos que foram contra a deliberação da categoria pela incorporação do benefício em 2013 como a Diretoria da AESC, resta lamentar a postura unilateral e que afetará todos nós trabalhadores que pensamos um dia em nos aposentar. Lutar é a única maneira pela qual poderemos conquistar algo, qualquer outro meio é mera ilusão.

23/02/2015

Nível Superior dos TJAs custava R$ 75 milhões em 2010 e era impagável...

      Em 2010 foi afirmado em reunião de negociação com o Presidente Trindade dos Santos que o Projeto de Nível Superior dos Técnicos era impagável e custaria aproximadamente R$ 75 milhões. O custo com a implementação do projeto atual (50% para formados em Direito e com limitador ANS-10/A) é de R$ 26 milhões em 2015. Segundo dados da Diretoria de Orçamento e Finanças há ainda um saldo de R$ 78 milhões para despesas com pessoal antes de se chegar ao limite prudencial em 2015. A inflação acumulada no período (2010/2014) foi de 34,52%, ou seja, atualizado o valor de R$ 75 milhões para hoje chegaríamos a R$ 100 milhões. Ou seja, o nível superior dos TJAs já pode ser pago integralmente em 2015.

     O custo da transformação para nível superior dos TJAs, como demonstrado, pode ser absorvido tranquilamente nesta gestão. Não é uma questão financeira, é uma questão política. O informativo do saldo de R$ 75 milhões até o limite prudencial permite a implementação imediata do pagamento do projeto sem criar problemas ao erário. Ainda assim há os ajustes que o TJ poderia fazer e que trariam benefício a longo prazo aos trabalhadores, como a incorporação do auxílio-alimentação, ou mesmo a universalização do auxílio-saúde aos trabalhadores da mesma forma como é feito o auxílio-alimentação (mas aí, pagando-se para todos, inclusive os aposentados).

      Quando o DGA afirmou que o nível superior para os Técnicos em 2010 era impagável o Presidente Trindade dos Santos junto com todo o Tribunal de Justiça apostou no receituário do PCS. A categoria poderia optar por duas vertentes, a greve e a tentativa de conquista do Nível Superior dos TJAs, ou a negociação do PCS para todos os servidores. Optou pela negociação, sabendo de todas as armas que o Tribunal usaria, mas a arma mais perigosa não foi empunhada pelo Tribunal, foi forjada nas mãos de parte da própria categoria, que desarticulou o movimento para a conquista do PCS em 2012 com o "já ganhou" do nível superior dos TJAs. Hoje ele está aí, num remendo de trapo daquilo que foi prometido. O Tribunal de Justiça agradece esta parte que não respeita as decisões de assembleia, desarticulou a categoria e prometeu aquilo que não pode cumprir.

20/02/2015

Salário dos magistrados pode triplicar em 2015 com nova LOMAN

Foto de Roberto Stuckert Filho

      No dia 17 de dezembro de 2014 o Presidente do STF encaminhou para todos os Ministros da Casa a proposta da Minuta do Projeto da Nova LOMAN - Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Com o novo projeto, segundo alguns, o valor do subsídio do magistrado pode chegar ao valor de até R$ 90.000,00 (ou seja, pode triplicar de valor). Além disto há benefícios como passaporte de embaixador, porte de armas, livre acesso a vários locais, entre outros

    A proposta de Projeto de Lei foi entregue aos Ministros para análise e será ainda concluído no ano de 2015, quando sessões administrativas discutirão o Projeto de Lei que será encaminhado ao Congresso Nacional. Como já dito neste blog anteriormente a Nova LOMAN trará mais benefícios, mais concessões, e mais poderes aos magistrados brasileiros.


      Para ler na íntegra a proposta da nova LOMAN, clique aqui, e para entender o cálculo da multiplicação do subsídio, clique aqui.

19/02/2015

Pleno aguarda manifestação da Comissao de Valorização da Magistratura para instituir mais benefícios aos magistrados


     Vários projetos aguardam no Tribunal Pleno a decisão da Comissão de Valorização da Magistratura. Os benefícios vão desde a gratificação pelo desempenho da função de Juiz Agrário, passando pela gratificação pelo desempenho como Diretor da Academia Judicial e a extensão retroativa da gratificação por participar cumulativamente de câmara isolada (Res. 34/2011).



      A gratificação para a função de Juiz Agrário (processo 2014.018545-9) está com a Des. Soraya Nunes Lins. Na sessão que votou-se pelo aguardo da Comissão de Valorização da Magistratura foi deliberado que o valor da gratificação deveria incidir sobre o subsídio atual do magistrado (substituto, inicial, final ou especial), e não sobre o valor do subsídio do substituto apenas (início de carreira), da mesma forma já está decidido a retroatividade dos efeitos em até cinco anos.



      Para a gratificação pelo desempenho da função de Diretor da Academia Judicial tratam os autos 443378-2011.5 e o processo 509176-2013.4. Sobre estes processos de concessão de gratificação os magistrados apenas aguardam a verificação da situação de magistrados inativos, ou com a possibilidade de participação ou com a retroatividade do caso possivelmente.



      Quanto ao requerimento formulado pela Associação dos Magistrados Catarinenses, nos autos do processo 2012.011579-3 em que é postulada a extensão retroativa da Resolução 34/2011, que trata do exercício cumulativo pelo desempenho em câmara isolada já se deliberou que o pagamento será feito pelo subsídio do juiz enquadrado (e não sobre o início da carreira), com efeitos a contar de 7 de dezembro de 2006, nos percentuais de 6% e 15%.



      As gratificações jorram por todos os lados e em breve serão apreciadas pelo Tribunal Pleno que, provavelmente, determinará o pagamento de forma administrativa e com a celeridade que é de costume nos casos. Enquanto isto não há informes sobre o Novo Plano de Cargos e Salários dos trabalhadores e da reunião que ocorreu (ou teria ocorrido) na última semana.

18/02/2015

Pleno aprova Nível Superior dos TJAs

      O Tribunal Pleno desta quarta-feira (18/02) aprovou a Minuta do Projeto de Lei Complementar que “Dá nova redação ao art. 14 e ao art. 15 da Lei Complementar n. 90 (...) reposiciona cargos e altera o coeficiente de vencimento” extraída dos autos de Processo n. 455544-2012.9". Ou seja, os Desembargadores aprovaram a inclusão do percentual de 50% do ANM-7/A para os servidores graduados em Direito, com o limitador do ANS-10/A e ainda aumentaram (de contrabando) o valor do vencimento dos Assessores de Gabinete e dos Assessores Jurídicos.

      Os dados foram aprovados no Pleno desta tarde. Com um custo de mais de R$ 26 milhões para 2015 e mais de R$ 30 milhões para 2016 o benefício ainda deixa uma margem para gasto com pessoal na ordem de R$ 78 milhões para possíveis aumentos salariais antes de se atingir o Limite Prudencial.

      De acordo com o Projeto aprovado os servidores com nível superior em DIREITO receberão o percentual de 50% do ANM-7/A (antes em 20%). Contudo, tal valor, mais o vencimento, não poderão ultrapassar o nível 10, referência A da tabela de vencimentos. Além disto, ficam excluídos deste benefício os ocupantes de cargo de nível superior; os ocupantes de cargo em comissão; os que percebem gratificação especial, prevista na Lei 6745/85; e os que tenham incorporado valores de vencimentos de outros cargos ou de gratificações especiais, salvo se inferiores ao adicional previsto (ANS-10/A).

      Desta forma o limite de vencimento somado a gratificação, para cargos de 4ª série, nível fundamental, médio com formação em Direito é de R$ 4.920,93 (quatro mil, novecentos e vinte reais e noventa e três centavos). Ou seja, um cargo de nível médio, como um Técnico Judiciário Auxiliar, terá o seu salário congelado a partir do nível 8G, ou seja, com 17 anos de serviço um TJA formado em Direito terá seu salário congelado até o final de sua carreira.

      Outro ponto que não se observou é o fato de existirem profissionais ocupantes do cargo de nível superior, como Assistentes Sociais, formados(as) em Direito. Qual o motivo de excluí-los deste benefício uma vez que o conhecimento na área do Direito também ajuda ao desempenho de suas funções perante o judiciário? E o Técnico formado em Administração que atua na Secretaria do Foro ganhará menos que o Técnico formado em Direito dentro do Cartório? Com conhecimentos da área próprios de cada um, mas com vencimentos desproporcionais? E os Técnicos não formados em Direito que atuam em cartório então trabalharão menos que os Técnicos formados em Direito?

      O Tribunal não buscou implementar o pedido da categoria e ninguém lutou para que o Tribunal pagasse o nível superior aos TJAs como vendido para todos em 2013. O Tribunal buscou novamente dividir ainda mais os trabalhadores e conseguiu. O que falta em nossa categoria, infelizmente, é a unidade. A unidade por conquistas para todos, pois o Tribunal de Justiça não se preocupa com o dinheiro. Para ele o gasto com Auxílio-Saúde pode ser apenas para alguns, o gasto com gratificação para os formados em Direito também pode ser só para alguns (ainda mais com os limitadores),  ou seja, não importam os gastos, importa é a divisão dos trabalhadores e sua desmobilização. Que na Assembleia de Lages possamos construir conjuntamente esta nossa UNIDADE, é função de cada filiado, é função de toda a categoria!

15/02/2015

Ao invés de Arrocho, cortem os privilégios se necessário!

    Se o Governador do Estado quer economizar a fim de respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal e ficar dentro das metas salariais, há muitas alternativas e privilégios que podem ser observados e que não farão falta para a maioria dos trabalhadores. Cortar de quem mais precisa é tirar comida de pobre e abastar a mesa dos ricos.

      A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul apresenta, para tanto, uma boa solução (clique aqui). Acabar com o auxílio-moradia de Magistrado e Promotores Públicos já é um bom começo a fim de cumprir a meta fiscal. Ali o Governo poderia economizar mais de R$ 30 milhões por ano.

     O fim da venda de licenças-prêmio para os magistrados e membros do MP também seria uma medida importante para este fim. Magistrados possuem duas férias por ano além do recesso e também não batem ponto. Aí, mais R$ 30 milhões poderiam ser economizados dos cofres do estado.

      O auxílio-alimentação também não precisa constar a folha de pagamento dos magistrados. Eles recebem SUBSÍDIO, isto é, o que recebem é para pagar todas as contas para se ter uma vida digna, e convenhamos, um salário de mais de R$ 30.000,00 por mês é um salário que permite pagar as contas tranquilamente. A retirada do auxílio-alimentação também ajudaria nas contas do Governo.

      O fim de vários cargos comissionados existentes dentro do Judiciário e do Ministério Público, além do TC e da ALESC também seriam importantes para estancar a sangria do Governo. Medidas simples, que trariam de volta para o caixa muitos valores e que não atacaria quem mais precisa, o trabalhador efetivo.

      Há sim muitas possibilidades de gerar economia, basta ver aonde estão as gorduras e por onde escorre o dinheiro nos órgãos públicos. Que se acabem com os privilégios e não com direitos.

12/02/2015

Medidas de Arrocho estão sendo tomadas em todo o Brasil

Henry Milleo, Jonathan Campos e Brunno Covello
     Não é apenas aqui em Santa Catarina que o Governo do Estado está com o Pacote de Maldades na mão e prestes a entregar para a Assembleia Legislativa. No Paraná, estado irmão, o Governador Beto Richa encaminhou uma série de Projetos de Lei com objetivo de retirar direitos dos trabalhadores públicos. Organizados, em centrais sindicais, federações e confederações os servidores públicos do Paraná não aceitaram calados e foram lutar por seus direitos. O Governador solicitou a retirada dos projetos a fim de garantir a integridade dos Deputados.

     Em Santa Catarina o Governador Raimundo Colombo está prestes à encaminhar um pacote com objetivo de retirar direito dos trabalhadores. Licença-Prêmio, Triênios e reajustes no IPREV serão fatos certos que aparecerão na ALESC nas próximas semanas. E o que os trabalhadores públicos estão fazendo? O que o SINJUSC está planejando a fim de manter nossos direitos? Está articulado com a Central Sindical? Está desenvolvendo conversas com a Federação? Está em sintonia com a Confederação?

     A história demonstra que apenas a união dos trabalhadores é que faz avançar a manutenção de direito e a ampliação de benefícios. Sem isto não há conquistas. Tratar sindicalismo como questão burocrática, com terno e gravata, com protocolo e pronto, tudo resolvido é coisa de quem não entende de Política. O Paraná demonstrou aos trabalhadores de Santa Catarina que sindicalismo se faz com gente na rua, com cobrança, exigindo direitos e não se curvando ao Governador, ao Presidente do TJ, ou ao Presidente da Assembleia. Democracia se faz com maioria e com força. Parabéns aos trabalhadores públicos do Paraná, que sirvam de exemplo para o SINJUSC.

Assembleia sem indicativo de greve, apenas para filiados, onde chegamos…

      A assembléia geral do SINJUSC ocorrerá em Lages no próximo dia 28 de fevereiro de 2015, um sábado, a partir das 13 horas em primeira chamada. Da pauta constam vários pontos, contudo, sem indicativo de greve e permite apenas, conforme edital, o chamamento dos servidores filiados, sem considerar que o sindicato é da categoria.

      Vários são os pontos que poderíamos questionar sobre o edital. Primeiro o fato dele ser apenas para servidores filiados ao sindicato (acreditamos e defendemos que todos os servidores devem se filiar ao sindicato), mas independente disto, todos os servidores da categoria são representados pela entidade, senão qual é o motivo da cobrança do imposto sindical? Se as assembleias são apenas de sindicalizados, então a cobrança do imposto sindical deveria ser somente sobre estes, e não sobre toda a categoria.

      Outro ponto importante é a desproporcionalidade que a atual diretoria do SINJUSC implementa, novamente, no seu edital para a participação dos filiados. O Tribunal de Justiça, com aproximadamente 300 filiados, o fórum da Capital, com aproximadamente 150 filiados terão o direito de participar com apenas dois servidores, o mesmo que um fórum de entrância especial que porventura tenha apenas 2 filiados. Ou no máximo o dobre de qualquer comarca de entrância inicial que tenha apenas um filiados. Tal crítica já tinha sido levantada na assembléia de Fraiburgo e manteve-se o ponto na assembléia de Lages.

      Mas o mais importante da notícia é, com certeza, a pauta da assembléia. Em momento algum a Diretoria do SINJUSC indica a possibilidade de greve ou mobilização, ou seja, torna inócuo o chamamento dos servidores caso haja interesse da categoria em realizar qualquer movimento. Quando uma diretoria coloca da possibilidade de greve ou mobilizações em seu edital, não quer dizer que ela vá defender isto ou chamar todos os servidores para a greve, o faz para garantir seus direitos legais enquanto entidade caso a categoria opte pela greve. Assim, o SINJUSC demonstra que não quer e que não haveria necessidade de mobilização por parte da categoria, ou seja, tudo está bem.

      A pauta da assembléia parece apenas uma reunião protocolar. Sobre o Plano de Cargos e Salários o que se decidirá? Ele foi entregue com autorização das regionais e o Tribunal de Justiça está estudando o tema. Ponto final. Ajuizamento de ações é a coisa mais corriqueira numa assembléia. Jogos do Judiciário aconteceram em Lages e meus parabéns aos organizadores do evento e que o próximo seja ainda melhor. Balanço financeiro deve ocorrer a cada ano, até o momento, contudo, não foi publicado pelo SINJUSC os gastos realizados no ano de 2014 (os de 2013, que eram responsabilidade da antiga gestão não foram apresentados por falta de tempo hábil mas estão sob análise da auditoria). Sobrou o ponto sindicalismo, e o que isto quer dizer? Quer dizer que a pauta não traz mobilização ou greve como possibilidade para nossa categoria.

      A realização da nossa assembléia em Lages é um avanço em relação a Fraiburgo (com todo o respeito ao colegas de Fraiburgo), é mais acessível para todo o estado, mas ainda assim, poderia ser feito à frente do Tribunal de Justiça. É importante mostrar para o Tribunal o quanto a categoria está sofrendo com o congelamento do auxílio-alimentação e apenas a reposição inflacionária do período. O custo financeiro para o sindicato, pelas atuais conjunturas (ausência de mobilização, poucas assembleias, nenhuma camiseta, nenhum encontro, raros boletins impressos – apenas para aposentados - , nenhum material para mobilização) deixarão o SINJUSC com muito dinheiro no bolso, para quê? De que adianta termos um sindicato nadando em dinheiro?


      Decepcionou novamente nossa diretoria, mas acredito que a nossa categoria não irá decepcionar e irá participar desta assembléia. Dia 20 sai o salário deste mês e como a assembléia é no dia 28 os cobradores darão uma folguinha até meados de março. Espero nos vermos todos em Lages no próximo dia 28, com coração aberto, com a alegria de nossa categoria e com vontade de mais conquistas. Forte abraço e até.

Cláudio Netto

No que votou a categoria em dezembro de 2013?

      A categoria votou em dezembro de 2013 pela renovação, pela alternância, por novos sonhos (que são absolutamente necessários), votou na conquista do nível superior para os Técnicos Judiciários Auxiliares, votou pela realização de uma auditoria para saber se havia, como veiculado a boca pequena, doações para partidos políticos e campanhas eleitorais, votou por mais publicidade das contas do sindicato, com publicação mensal dos balancetes da entidade, votou por mais democracia, votou por mais encontros com os trabalhadores, votou por tudo aquilo que todos nós gostaríamos que acontecesse numa entidade sindical.

      A categoria queria a evolução do seu sindicato, queria vê-lo melhor, maior, mais bem representado, mais qualificado, mais dinâmico, mais bem relacionado, que observasse algumas carências que existiam anteriormente e que fossem ajustadas no curso da gestão, que as pautas menores fossem também atendidas da mesma forma que pautas mais gerais. Queria uma inovação que se apresentasse e desse “conta do recado”, com classe e bons argumentos. Todos nós queríamos isto.

      Da proposta até a sua execução, contudo, há uma grande lacuna. E para preencher esta lacuna há que suar muito. Fazer muitas conversas, escutar, anotar proposições, debater com os colegas, escutar a experiência, olhar o histórico de nossa instituição e nossa categoria para poder, com muita calma, navegar por este mar que existe entre o que queremos e o que conseguiremos fazer.

A categoria votou:
1 – Pela renovação e alternância;
2 – Pela auditoria das contas e saber se havia realmente doações para campanhas e partidos;
3 – Pelo nível superior dos Técnicos Judiciários Auxiliares;
4 – Pelo ganho da URV;
5 – Pela redução da jornada de trabalho;
6 – Pela publicidade mensal dos balancetes da entidade;
7 – Pelo auxílio-saúde no mesmo valor do auxílio-alimentação;
8 – Pela “não submissão” e sim pela construção de uma relação com mais diálogo com o TJ.

      Com a divergência na alternância (pelo óbvio) todos nós, trabalhadores do judiciário, concordamos com esta pauta que foi apresentada pela Chapa 2, atual gestora do SINJUSC. E da nossa forma tentamos construir a mesma pauta nos últimos 15 anos. Contudo, há uma dificuldade muito grande em conseguir fazer avançar a pauta da classe trabalhadora, principalmente quando alguns negociam pelas costas da categoria como algumas associações fizeram. Acredito que ficou claro aos amigos nestes 14 meses de nova gestão sindical (em junho chegaremos na metade da gestão) que o diálogo sempre foi pauta dos trabalhadores, enquanto o Tribunal de Justiça é quem aparece como o “surdo-mudo” no processo negocial.

      A sintonia entre o discurso e a prática é algo difícil de ser feito, mas precisa ser feito dentro de todas as possibilidades. Não precisamos de um sindicato que apenas ingresse com ações judiciais, não precisamos apenas de um sindicato para fazer pedidos administrativos, não precisamos de um sindicato que faça apenas o mínimo necessário. Precisamos de um sindicato que organize os trabalhadores, que os deixe informados de tudo o que acontece, que seja permeável e aceite críticas e que permita a base participar das reuniões de negociação (como feito até 2013), precisamos que se cumpra aquilo que foi prometido para a categoria nos momentos pré-eleitorais, pois promessas são fáceis de serem feitas nestes momentos, contudo, cumpri-las é sempre mais difícil.


Cláudio Del Prá Netto

11/02/2015

Presidente do TJ cria Resolução para cancelar Lei que dá direito aos aposentados

      É como se um poste mijasse no cachorro, com todo o perdão pela expressão usada. Mas uma Resolução do Tribunal de Justiça ser superior a uma Lei é novidade para qualquer um. A Resolução 09/2015-GP desdiz o que a Lei 16.604/2015 determinou. Ademais, a partir do momento que a Resolução diz que seus efeitos são a contar da Publicação, isto é, hoje (11/02/2015), reafirma que o pagamento que foi efetuado pela Lei ainda estaria valendo e, portanto, deveria ser efetuado o pagamento do auxílio-alimentação extraordinário aos servidores aposentados.

      Trata-se apenas de reafirmar a incapacidade política do Tribunal de Justiça em cumprir suas funções. Qual ação foi ingressada para dizer que a Lei 16.601/2015 é ilegal? O Tribunal de Justiça também agirá contra o Tribunal de Contas que efetuou o pagamento do benefício? O Tribunal de Justiça também atuará contra a Assembleia Legislativa e fará os trabalhadores inativos devolverem o dinheiro recebido? E os seus respectivos Presidentes? Serão acionados por improbidade administrativa? O que o Tribunal de Justiça, guardião da moralidade, irá fazer? E o SINJUSC? Vai ingressar com nova “ação judicial”? Vergonha! Vergonha ter que olhar tudo isto e não poder fazer nada.


      Quanto ao Tribunal de Justiça, infelizmente, não podemos esperar outra coisa. É o  “patrão” e age como tal. Tenta colocar seus subordinados sob seu tacão. Usa a força da caneta e não precisa, como se observou, respeitar as leis. Quanto ao SINJUSC, sugiro apenas escutar os trabalhadores, ativos e aposentados. Não faço apologia a greve como alguns tentam fazer colar na gente. Mas gostaria (sinceramente), que o nosso sindicato se curvasse as decisões de sua categoria, escutasse o que os trabalhadores têm para dizer, e agisse no sentido de fazer cumprir aquilo que foi decidido em assembléia geral. Democracia nunca é demais, o Tribunal não entende isto, mas nós trabalhadores sabemos muito bem.

(Ajustado arquivo em 12/02 - Alterado de Lei Complementar para Lei Ordinária)

10/02/2015

Abono de Natal dos Aposentados foi negado pelo TJ?

      A postagem é apenas para afirmar aquilo que estava, desde o início posto, quando o SINJUSC, ao invés de decidir por ação política, quando o TJ negou o pagamento do auxílio-alimentação extraordinário aos servidores aposentados, decidiu por ingressar com ação judicial. Assim, o SINJUSC além de perder a ação constituiu jurisprudência contrária aos trabalhadores.

      A ação judicial interposta pelo SINJUSC foi simplesmente a ação mais perdida que a entidade poderia tomar. Com a edição da Lei Complementar 16.604/2015 os trabalhadores aposentados deveriam ser consultados sobre qual medida tomar, e não o ingresso imediato com ação judicial. Recolocar no colo do TJ a decisão sobre o que fazer é tirar a arma da mão do trabalhador e devolve-la ao Tribunal. Ou seja, foi a pior ação que o sindicato poderia ter tomado neste momento.

      Escutar a categoria, escutar os trabalhadores é função precípua do seu sindicato. Escutar, discutir, debater é a melhor forma de tomar as decisões. A Diretoria do SINJUSC tomou a decisão mais arbitrária sobre o que fazer no caso. Perdeu na liminar e dificilmente ganhará a ação já que a Procuradoria Geral do Estado é contrária ao pedido e o Presidente do TJ já se posicionou, também, contrário ao pagamento.


      Submeter-se as deliberações da categoria é fundamental, torna o sindicato mais acessível aos trabalhadores também, a ação do SINJUSC foi prejudicial aos trabalhadores aposentados. Se a Diretoria do SINJUSC era contra o pagamento, deveria ter a coragem de explicitar isto desde o início da discussão e não agir pelas costas dos trabalhadores aposentados.

Pacote do Governador quer acabar com a licença-prêmio e o adicional de tempo de serviço

      O Governador Raimundo Colombo encaminhará em breve uma série de projetos para a Assembleia Legislativa com o objetivo claro de restringir direito dos trabalhadores como já informado neste blog (clique aqui e aqui). Entre os pontos principais na retirada de direitos estão dois diretamente na alça de mira, o adicional de tempo de serviço e a licença-prêmio.

      O discurso é velho e todos já conhecem, o da necessidade de economia para investimentos e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas é importante deixar claro quem mais ganhou dinheiro com a venda de licenças-prêmio em Santa Catarina, a magistratura e os promotores de justiça. Isto mesmo, os membros do Estado podem vender a qualquer tempo suas férias e suas licenças-prêmio e foi isto que gerou altos gastos nestas rubricas e não aos servidores que, ao se aposentarem, podiam então requerer o pagamento pelas licenças não gozadas, desde que transferidas por imperiosa necessidade do serviço. Ou seja, o fim da concessão das LPs com objetivo de economizar dinheiro têm um grupo claro de pessoas que se beneficiou com valores vultuosos, e não foram os trabalhadores.

      Sobre o adicional de tempo de serviço é importante deixar claro algumas coisas para os colegas. Antes a magistratura tinha este benefício, quando da alteração de vencimento para “subsídio” estes valores foram incorporados aos vencimentos da magistratura, isto é, a carreira de um magistrado inicia na entrância inicial, e na época ele tinha vencimento de (vamos supor) R$ 10.000,00 mas nunca quis ser promovido (preferiu ficar no interior), e tinha um adicional de 72%, ou seja, recebia R$ 17.200,00. Fez-se um arredondamento para que o valor que um magistrado recebia em entrância inicial passasse a ser de aproximadamente R$ 18.000,00, independente do tempo de serviço. Ou seja, ele incorporou este benefício ao subsídio, “deixando” de existir enquanto rubrica, mas permanecendo enquanto valor.

      Também é importante lembrar que ao encaminhar estes  Projetos de Lei para a ALESC o Governador não estará barrando em Brasília a PEC que trata do adicional de tempo da magistratura, conhecida como PEC 63. A mesma já foi aprovada parcialmente e poderá seguir pelo Congresso Nacional a fim de fazer retornar (em duplicidade) este benefício e não será uma Lei Estadual que irá ser superior a uma PEC, ou seja, o Governo estrangula o vencimento dos trabalhadores de um lado a fim de gerar sobras para serem utilizadas noutro lado da corda.


      O Governador aguarda apenas a constituição das Comissões da ALESC para encaminhar seus projetos de Lei, e é importante dizer qual é o tamanho da base do Governo neste Plenário que existe hoje composto no Palácio Barriga Verde. Quais Deputados e Deputadas irão nos defender? Quem estará disposto a escutar os trabalhadores e levantar suas bandeiras? O Tribunal de Justiça não é isento de pressão e os trabalhadores devem começar a se organizar para discutir estes pontos e estarem preparados antes que, goela abaixo, sejam implementadas estas medidas amargas a quem sustenta a máquina do estado. 

PEC da bengala pode ser votada hoje no Congresso

      Tendo sido aprovada no Senado a PEC da Bengala segue agora para sua tramitação no plenário da Câmara de Deputados. A aprovação da PEC não necessita da assinatura da Presidenta, o que faria a Emenda vigorar imediatamente. A aprovação da PEC 457/2005 atende ao interesse dos magistrados que já estão no mais alto posto de sua carreira, com o objetivo de chegar a Presidência e aos postos de comando das instituições que pertencem. A alteração da idade limite de 70 para 75 anos de idade tornará o judiciário ainda mais engessado em suas concepções.


     Caso a aprovação da PEC aconteça hoje teremos um retrocesso na renovação e oxigenação das altas cortes do país. Várias entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Magistrado da Justiça do Trabalho (ANAMATRA) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), já lançaram manifestos contra a PEC.

09/02/2015

PCS completou 9 anos

     Parece que foi ontem, mas já faz nove anos que o último Plano de Cargos e Salários dos Trabalhadores do Judiciário Catarinense foi aprovado. A Lei 310/2005 não aconteceu por acaso como alguns querem fazer pensar. A conquista de um piso salarial de R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais) em até dois anos representava um aumento de 64,5% em 2005. O PCS foi conquistado após duas greves da categoria, várias paralisações e veio numa crescente, que ganhou musculatura e fez com que o Tribunal de Justiça encaminhasse este Projeto de Lei, que mais que o aumento salarial conquistou a data-base da categoria.

     É necessário comemorar a Lei 310/2005. Comemorar no real sentido da palavra, isto é, tornar esta informação comum na cabeça de todos os trabalhadores. A greve de 2004, a mais forte, fez o Tribunal de Justiça perceber que não poderia jogar fora a negociação feita com toda a categoria (isto mesmo, a proposta construída de forma paritária entre trabalhadores e administração foi arquivada pelo TJ), o que motivou a greve de 2004, juntamente com a necessidade da implementação da URV. A greve de 2005, apesar de menor em quantidade, também foi fundamental para que o TJ, ao final, construísse, junto com a categoria, o novo PCS.

     O piso salarial dos trabalhadores do judiciário (o valor do SDV-01/A) era de R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais) em dezembro de 2005 .  A implementação foi feita gradualmente, iniciando com 1,4% no mês de janeiro de 2006, e a cada quatro meses o Tribunal de Justiça fazia, de acordo com os levantamentos da DOF, o incremento de valores até chegar, em um ano e nove meses, no valor total de R$ 750,00, ou 64,5% de aumento.

     Em setembro de 2007 o Tribunal de Justiça concluiu a implementação dos 64.5% de aumento salarial aos trabalhadores. E em maio de 2008 o Tribunal de Justiça repôs a inflação do período de janeiro de 2006 até maio de 2008. Em 2010 o piso salarial dos trabalhadores estava fixado em R$ 870,46, em 2012 o valor passou para R$ 1.160,37, em 2013 chegamos ao patamar de R$ 1.235,67 e em 2014 alcançamos ao total de R$ 1.313,27. Ou seja, apesar de termos um dos piores salários do Brasil, em matéria de judiciário estadual, a situação já foi pior, mas é importante somar forças e avançar nas conquistas.

     O NPCS possui inúmeras falhas, há que se considerar, contudo não poderíamos esperar algo diferente vindo de quem veio, o ex-diretor-geral administrativo do TJ. O NPCS deve avançar, deve progredir pois é ainda um processo de acumulação de forças por parte dos trabalhadores. O salário está apenas repondo inflação nos últimos anos (sem contar a perda da inflação pela não reposição no auxílio-alimentação - congelado desde 2013) e há espaço para instituir um ganho real aos trabalhadores apesar de todo o discurso do governo.

     O PCS completou nove anos, o PCS2, que foi arquivado pelo Tribunal de Justiça em 2013 teve vários adversários, não apenas na cúpula do Tribunal de Justiça, mas também em parte da categoria, principalmente na parte que foi contrária as deliberações das assembleias gerais dos trabalhadores como a ATJ e a Associação dos Comissários que emitiram notas contrárias a mobilização em favor do PCS2. Faz parte, infelizmente, e é assim que o Tribunal de Justiça gosta de agir.


     O NPCS tem que avançar, tanto dentro do Tribunal de Justiça como em melhorias no próprio plano como o limitador de titulação do nível I para o nível II, mas ainda assim, é importante que avance, e diferentemente da forma como algumas associações agiram, pretendemos seguir as deliberações de nossa categoria. É necessário que o sindicato, desta forma, chame uma assembléia geral pois o decidido nas assembleias regionais não está sendo cumprido.

08/02/2015

E a Auditoria do SINJUSC, onde está?

      Dia 16 de janeiro completou um ano que a atual Diretoria do SINJUSC iniciou o processo de auditoria das contas nos últimos cinco anos.  Conforme a Carta Convite assinada pelo Presidente Laércio Raimundo Bianchi as empresas teriam, a partir de 03 de fevereiro, 60 (sessenta) dias prorrogáveis por mais trinta para concluir a auditoria. Ou seja, no final de maio a auditoria deveria estar conclusa. Na Assembleia de 19 de julho, ocorrida em Fraiburgo, apesar de todas as acusações feitas à antiga diretoria fomos informados que a auditoria não teria se concluído (apesar dos prazos definidos na carta convite) e na própria postagem de chamamento do SINJUSC. Na assembleia de Fraiburgo foi determinado que em trinta dias, a partir de 19 de julho, se concluiria a auditoria para ser entregue o relatório para análise da gestão sindical que se concluiu em dezembro de 2013.

      Passado o prazo, ao final de agosto, foi solicitado a atual diretoria do SINJUSC que entregasse, conforme determinado em assembléia geral da categoria os relatórios da auditoria. Contudo fomos informados que a auditoria ainda não estaria terminada e que somente após sua conclusão é que os dados seriam repassados aos ex-diretores. Também foi negado a entrega de cópia do documento lido pelo Senhor Luis Carlos Ribeiro na Assembleia onde o mesmo fez uma série de acusações com base no relatório de auditoria.

      Auditar as contas do sindicato e também a forma de gerir o sindicato é algo importante, e pelo qual temos todo o respeito quando os colegas buscam melhorar a transparência nas contas e tornar o sindicato mais eficiente. Mas também é importante lembrar que acusações foram feitas e é necessário dar as devidas condições para que se esclareçam dúvidas que a atual diretoria têm sobre o que foi o SINJUSC nos últimos quinze anos. Ou seja, a ausência dos atuais diretores nos últimos anos de atividade sindical fez a atual diretoria perder tempo e se escarafunchar em dúvidas que quem participou de assembleias e encontros não tem.

      Gostaríamos apenas que a atual diretoria cumprisse com o definido na Assembleia Geral da categoria ocorrido em Fraiburgo. Que conclua o processo de auditoria. Que chame a ex-diretoria para receber toda a documentação, relatórios e dados necessários para que possa prestar seus esclarecimentos, e que seja, em seguida, chamada assembléia de tal forma que seja dado espaço para o saneamento das dúvidas que ainda possam pairar na cabeça de alguns colegas. Concluindo, a auditoria tem que ter um fim e as decisões da categoria devem ser cumpridas.

06/02/2015

Bloco da Dona Justa coloca camisetas à venda

      O tradicional bloco de carnaval "Dona Justa" volta com toda a sua graça neste ano de 2015. Ressurgida após um merecido descanso em 2014 o Bloco sairá na próxima sexta-feira de carnaval, dia 13 de fevereiro, após o expediente do Poder Judiciário. Com a banda do Odir animando a galera, com a inovação do "caldinho de feijão", com uma cervejinha gelada e principalmente, com a alegria de todos os foliões (pois a vida não é apenas de trabalho e luta). As camisetas já podem ser adquiridas junto da ASFOC.

      O preço da camiseta varia de R$25,00 (vinte e cinco reais) até R$ 35,00 (trinta e cinco reais) e demais dados podem ser vistos clicando AQUI.

04/02/2015

Com gratificação de 50% um TJA pode receber menos que um Agente de Serviços Gerais

      O limite implementado com a proposta de gratificação pelo nível superior em Direito em 50%, respeitando o nível ANS-10/A, tem o objetivo (segundo dizem) em respeitar os cargos de nível superior que prestaram concurso público para o cargo de Analista. Contudo com esta proposta o Tribunal de Justiça desconsidera, por exemplo, um Técnico Judiciário Auxiliar que prestando concurso público de nível médio poderá ser ultrapassado financeiramente por um Agente de Serviços Gerais. Assim, o respeito aos cargos e ao concurso público vale apenas para os cargos de nível superior.

      Um Técnico Judiciário Auxiliar percebe como vencimento inicial o valor de R$ 2.899,62 (dois mil, oitocentos e noventa e nove reais e sessenta e dois centavos). Um Agente de Serviços Gerais em final de carreira recebe o valor de R$ 1.901,24 (um mil, novecentos e um reais e vinte e quatro centavos). Somando-se o valor de 50% do valor do ANM-7/A ao valor do vencimento final do Agente de Serviços Gerais temos o total de R$ 3.351,05 (três mil, trezentos e cinquenta e um reais e cinco centavos), ou seja, o valor de mais de R$ 500,00 (quinhentos reais) que um TJA em início de carreira que não seja formado em Direito.

      A lógica que o Tribunal tenta impor dizendo valorizar a formação em Direito é contrária ao despachado no processo que trata da gratificação, solicitada pelos Técnicos Judiciários Auxiliares de equiparação ao nível superior da mesma forma como foi concedida aos Oficiais de Justiça. O Tribunal em seus pareceres entendia que os Técnicos deveriam ser, agora, a categoria de trabalhadores reconhecida uma vez que Secretários de Foro e Oficiais de Justiça já tinham sido beneficiados anteriormente.

      Assistentes Sociais que são o cargo de nível superior mais antigo no judiciário também são esquecidos pelo Tribunal de Justiça. Além de não aprovar o adicional de qualificação (muito mais justo para todos os trabalhadores) o Tribunal também não reconhece a lei que reduz a jornada de trabalho para estes trabalhadores. O adicional de qualificação é mais adequado e respeita mais o estudo que a majoração do valor da gratificação do artigo 14 da LC 90/93 para os formados em Direito.


      A proposta remendada pelo Tribunal de Justiça do pleito do nível superior dos TJAs não contempla todos os trabalhadores, tampouco parece buscar valorar a formação em Direito. A informação do pagamento de 100% de bolsa para os que queiram cursar Direito feito em meados de 2014 também não progrediu. O TJ busca dividir ainda mais a categoria e esta, deve perceber as manobras arquitetadas e corroboradas por aqueles que dizem representar os trabalhadores. 

NPCS: “A proposta é que em janeiro de 2015 se finde os estudos...”

      A frase que estampa o título da matéria foi retirada da notícia postada em 11 de dezembro, quando o SINJUSC informou sobre uma conversa com a Administração do Tribunal de Justiça sobre o NPCS. O Tribunal de Justiça, por sua vez, informava que a primeira reunião ocorreria no mês de janeiro de 2015. Como se observa, o Tribunal de Justiça não está mentindo quando apresenta suas informações, ou seja, como não postou ainda nenhum informe sobre a questão e o processo ainda permanece no mesmo local não há porque ter dúvidas sobre o que irá acontecer.

      As informações que o SINJUSC disse que iriam ser noticiadas nesta semana, sobre uma reunião que ocorreu faz cinco dias, ainda não conseguiram ser digeridas e transformadas em uma única notícia. O que temos é que “o plano é bom”, e que o Tribunal de Justiça poderá aproveitar alguma coisa dele. Ou seja, o prazo que foi dado pela categoria nas assembléias regionais sobre as ações que o TJ deveria ter sobre o NPCS não foi cumprido, é necessária a realização das assembléias regionais e de uma grande assembléia geral da categoria.

      A realização de uma única assembléia geral em 2014 e o descumprimento de grande parte das deliberações tomadas nela, além do descumprimento da decisão de todas as assembléias regionais (pois todas davam indicativo de greve caso o NPCS não fosse aprovado até o final de janeiro de 2015) faz as pessoas perderem a confiança em quem os representa perante o Tribunal de Justiça.  Não deve haver descompasso entre o decidido em assembléia geral e a ação de uma categoria.

      Se o Tribunal de Justiça não cumpre os seus prazos, se o Tribunal de Justiça não cumpre a Lei, não há motivos para nós, trabalhadores do judiciário imitarmos o patrão. Temos que avançar em nossos debates, promover encontros, assembléias regionais e uma grande assembléia geral em Florianópolis para fazer avançar o NPCS e a pauta da categoria. Acredito que 2015 a Diretoria do SINJUSC, agora já mais calejada e experiente entenderá a necessidade da realização de várias assembléias regionais e deverá convocar em breve uma grande assembléia geral às portas do Tribunal de Justiça para mostrar que os trabalhadores do judiciário precisam ser valorizados.

03/02/2015

E o Novo Plano de Cargos e Salários, onde está?

      As notícias são poucas, desencontradas e evasivas. Não há fotos da reunião que deveria ter ocorrido no dia 29 de janeiro, tampouco registros ou entrevistas com quem deveria ter participado da reunião. A ausência dos representantes da categoria no encontro, para não constituir uma “ingerência” sobre o projeto, também deixou toda a consideração sobre o que se fez nas mãos do Tribunal de Justiça, ou seja, sobre tudo e qualquer coisa quem decidirá é o Tribunal de Justiça, o silêncio do sindicato não representa a voz dos trabalhadores.

      A única notícia publicada sobre a reunião que teria acontecido foi publicada no dia 30 de janeiro. Ali é informado que “o plano foi considerado bom”. Quem disse que o Plano era bom? O que quer dizer isso? Que foi aceito? Que será implementado? Que o piso salarial deve ser esse de mais de R$ 1.900,00? Que devemos congelar o salário dos cargos comissionados? O que foi bom no Plano? Talvez congelar o salário dos trabalhadores que não possuem titulação superior ao ingresso no nível I de cada cargo? Não há informação simplesmente. Apenas a fala do nosso Presidente do Sindicato que diz: “A administração deseja aproveitar o projeto com algumas adequações para resolver situações pontuais que existem hoje no judiciário, tendo em vista que se transformará em Lei, substituindo a atual LC 90/93

      A frase foi muito bem dita, pois se não houvesse interesse em aproveitar o projeto é claro que ele iria ser arquivado de ofício e todo o trabalho em construir isto teria sido pura perda de tempo. Mas além desta notícia do SINJUSC há também o informe da Associação dos Técnicos Judiciários Auxiliares, a ATJ. Lá, também existe uma notícia sobre o PCS. De forma quase filosófica é informado que “mudanças acontecerão” e que deveremos estar preparados para elas. Também poderia dizer de forma mais escancarada que deveremos aceitá-las e ficarmos calados, mas daí já seria muita ousadia com os colegas. Há que se ter o mínimo de brio.

      Muito diferente do que fez durante o processo de construção do NPCS (pois achava que tudo estava ótimo e nada deveria ser mudado no projeto), hoje a ATJ muda o discurso e afirma (felizmente) que “as barreiras que separam servidores dentro de um mesmo grupo devem ser derrubadas, ou, ao menos reduzidas”. Antes tarde do que nunca a ATJ fazer essa “mea culpa”, pois aceitou e se submeteu as decisões erradas adotadas na construção do NPCS, deixando de lado todos os trabalhadores que não possuíam titulação superior a exigida para o exercício inicial de seu cargo.

      O texto da ATJ chega a ser filosófico, mas traz em seu bojo o cheiro do golpe que se pretende dar nos trabalhadores. Da mesma forma como desprezou e descartou os servidores aposentados que não perceberam o Abono de Natal com o artigo “cheiro bom no ar”, a ATJ é sempre o anteprojeto mal feito do SINJUSC, ou seja, antecipa em seu site e tenta dar bonitas cores as maldades que o TJ tentará programar.

      Não há notícias oficiais sobre o NPCS por parte do Tribunal de Justiça, o SINJUSC aceita não participar de qualquer reunião do grupo, a categoria fica, infelizmente, sem informações sobre o que está acontecendo, e a ATJ lança com todo o seu filosofismo a necessidade dos trabalhadores “aceitarem” aquilo que o Tribunal de Justiça quiser impor. Quem tiver notícias, por favor, este blog está à disposição dos colegas.

02/02/2015

Arrocho de Salários e Estrangulamento do IPREV

      A notícia pode ter passado despercebido por algumas entidades representativas da categoria, mas são por demais importantes para serem esquecidas (assim como tantos outros assuntos não devem) pelo nosso sindicato. O Governador Raimundo Colombo (PSD), anunciou na quinta-feira passada seu novo Plano de Governo, entre os destaques a Redução do Custeio em 20% e novas mexidas no IPREV.

      De acordo com notícias do G1 o Governador Raimundo Colombo irá reduzir o Estado, reduzindo contratações, arrochando salários ao invés de reduzir os cargos comissionados. “Entre as restrições anunciadas estão concessões salariais, novos concursos, contratações de novos servidores ou empregados aprovados em cadastro”. Ou seja, teremos menos servidores, menos material de trabalho e a população é quem irá sofrer com isto.

      O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Santa Catarina, o IPREV, criado em 2008 fez surgir dois tipos de servidores. Os que se aposentarão pelo Fundo Financeiro (com paridade e integralidade na sua maioria que conseguirem cumprir os requisitos) e os que se aposentarão pelo Fundo Previdenciário (que perceberão de acordo com o teto da Previdência Pública). A nova estratégia do Governo é reduzir ainda mais os benefícios futuros do IPREV.

      Enquanto isto as Secretarias Regionais criadas pelo ex-Governador Luis Henrique e mantidas pelo Governador Raimundo Colombo gastam em folha de pagamento, conforme dados de 2013, meio Bilhão de Reais. Como a redução de gastos necessários chega ao valor de quase 2 Bilhões, as Secretarias poderiam acabar com 25% dos problemas do Governo.

      O Sindicalismo Classista é necessário para enfrentar problemas que são maiores que os vividos pelo próprio servidor do judiciário. O IPREV não é apenas um problema de quem ingressou no judiciário a partir de 2008, assim como o Abono de Natal não é um problema apenas dos aposentados. A união dos trabalhadores é fundamental para enfrentarmos problemas maiores e que afetarão a vida de todos nós, seja pela escassez de servidores seja pelo arrocho na previdência.