10/01/2017

O TJ e os números que não fecham

          O Tribunal de Justiça permanece realizando, vamos assim dizer, a "maquiagem dos números" no seu quantitativo de Cargos em Comissão e Funções de Confiança. A percepção do fato é clara quando pegamos a última postagem destes dados datados de 31 de agosto de 2016 (CLIQUE AQUI). Apesar de termos inúmeras funções gratificadas dentro do Poder Judiciário Catarinense elas não são relatadas em seus documentos públicos.

          Sei que parece bobagem, mas estes dados trazem e afirmam algo absolutamente diverso do que constatamos na vida real. Observando-se apenas o número de ocupantes de Funções Gratificadas que estão vinculadas ao padrão FG-3 por exemplo, constatamos no último número o total de apenas 123 (cento e vinte e três) pessoas.

          Vamos pegar o número de 111 (cento e onze) comarcas que temos no estado. Cada qual possui um TSI (que percebe um FG-3), mais um Contador (que geralmente percebe FG-3), mais um Distribuidor (que geralmente recebe FG-3), em alguns casos mais um Coordenador de Central de Mandados (que geralmente percebe FG-3), mais todos os Chefes de Seção do Tribunal de Justiça, e tantas e tentas outras pessoas que percebem esse valor em sua folha de pagamento e o número simplesmente quadruplica.

          É com essa informação "estranha" que temos que trabalhar e nos questionamos: quais são os números reais que o Tribunal de Justiça omite da sociedade? Qual informação é verdadeiramente correta sobre tudo isso? É certo que o número apresentado não deve estar errado em sua métrica (a variável é que é escolhida a dedo - funções criadas por Lei), mas faz transparecer a forma pela qual o Tribunal gosta de se apresentar, isto é, muito bem maquiado.