30/04/2015
Juízes não foram descontados nas greves de 1988 e 1991?
Observando a notícia publicada no site do SINJUSC sobre o email encaminhado pela Presidência do Tribunal de Justiça em que determina, entre outras coisas, o "desconto dos dias parados", é importante questionar se em 1988 e em 1991 a magistratura teve também o seu ponto cortado quando fez um movimento paredista. Naqueles anos é importante lembrar, a magistratura parou por mais de um mês e não há registro de desconto ou necessidade de repor horário. Da mesma forma questiono: os magistrados foram obrigados a ficar afastados por 200 metros dos fóruns?
Obviamente que as respostas acima são conhecidas pelos colegas. Não aconteceram descontos, não houve necessidade de reposição de horário e tampouco os magistrados foram determinados a ficarem afastados dos fóruns por duzentos metros. A verdadeira pergunta que fica é qual a diferença entre a nossa greve e a greve da magistratura no final dos anos de 1980 e início de 1990? Simples, quem está com a caneta na mão atualmente.
A atuação mais incisiva neste momento com os grevistas não é feito por falta de recursos do Tribunal de Justiça. A categoria já demonstrou que prefere abrir mão de um Projeto que corre na ALESC com R$ 26 milhões, que poderia conceder aproximadamente 6% de ganho real para os trabalhadores já a partir de maio. Ou seja, a própria categoria decidiu dividir o dinheiro para si em favor de todos e "facilitando" a própria vida do Tribunal de Justiça.
Fechar os canais de diálogo não resolve nenhum problema, ao contrário. Esta greve só se concluirá exatamente em uma conversa, em uma mesa de negociação. Sem isto o movimento continuará mais forte como se observou nesta quinta-feira. Mais e mais adesões estão sendo previstas para a próxima segunda-feira. Ou seja, o radicalismo fomentado dentro do Tribunal de Justiça fomenta, na verdade, a participação na greve por parte do trabalhador.
Gostaríamos apenas que o tratamento dado para a magistratura ao final dos anos 1980 e início de 1990 seja também ofertado aos trabalhadores do judiciário, pois como diz o ditado, "o julgador por si se julga".
Diário de Greve: dia 22
Após a assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (29/04) voltamos para a nossa vida de grevista. Ter revisto vários e várias colegas de todo o estado anima a alma, faz ter a força revigorada e a certeza que a base de nossa categoria acordou para entender problemas que só poderão ser resolvidos em coletividade. Trata-se de um fenômeno a ser estudado com profundidade, pois perpassa a questão financeira, a questão política, a questão ideológica. Esta greve no judiciário é algo único, é grandiosa em quantidade e perenidade, e sobretudo e por isto mesmo, merece avanços maiores.
O fechamento das negociações que foi informado pela presidência do Tribunal de Justiça na noite de ontem, bem como o arquivamento de todos os pedidos da categoria encabeçados pelo sindicato não ajudam a encontrar um fim na greve, ao contrário, tornam o processo mais tensionado, mais ríspido, o que é ruim para os trabalhadores, para o Tribunal de Justiça e também para a sociedade.
Os trabalhadores e trabalhadoras decidiram por aceitar encarar este problema. A greve ainda está numa crescente apesar deste posicionamento do Tribunal de Justiça. O acirramento das posições, como disse hoje um Desembargador, está dentro do script. Faz parte do "jogo". E o Tribunal aceita participar como atuante neste script ao invés de tentar resolver o real problema que existe.
Na tarde desta quinta-feira, diante de todos estes fatos, decidimos fazer alguns movimentos. A fim de demonstrar o interesse em resolver os problemas da falta de diálogo (fechado na data de ontem pela presidência) fomos conversar com vários Desembargadores e Desembargadoras sobre o real motivo da greve e das necessidades dos trabalhadores. Afirmamos a necessidade da retirada do PL 05/2015 da ALESC e que os R$ 26 milhões para ele destinados poderiam ser revertidos em ganho real para os trabalhadores.
Outros colegas foram destacados para ir na Assembleia Legislativa para conversar com Deputados e Assessores para dar encaminhamento ao pedido de Audiência Pública para suspender a tramitação do PL 05/2015. A visita ao Parlamento Catarinense é importante para poder fazer avançar a deliberação da categoria afirmada na última assembleia geral.
Da mesma forma um grupo de colegas foi destacado para promover conversas com a Ordem dos Advogados do Brasil Seção de Santa Catarina a fim de questionar alguns posicionamentos da OAB-SC e apresentar o real problema vivido pelos trabalhadores do judiciário. Uma reunião está prevista para a próxima segunda-feira.
As conversas, conforme se constatou ao final da tarde desta quinta-feira, foram produtivas. Muitas sinalizações positivas, muitas conversas que prosperaram e uma greve que ainda promete ser ampliada por vários colegas nesta segunda-feira. O Dia do Trabalhador deve ser curtido. Feliz dia 1 de maio.
O fechamento das negociações que foi informado pela presidência do Tribunal de Justiça na noite de ontem, bem como o arquivamento de todos os pedidos da categoria encabeçados pelo sindicato não ajudam a encontrar um fim na greve, ao contrário, tornam o processo mais tensionado, mais ríspido, o que é ruim para os trabalhadores, para o Tribunal de Justiça e também para a sociedade.
Os trabalhadores e trabalhadoras decidiram por aceitar encarar este problema. A greve ainda está numa crescente apesar deste posicionamento do Tribunal de Justiça. O acirramento das posições, como disse hoje um Desembargador, está dentro do script. Faz parte do "jogo". E o Tribunal aceita participar como atuante neste script ao invés de tentar resolver o real problema que existe.
Na tarde desta quinta-feira, diante de todos estes fatos, decidimos fazer alguns movimentos. A fim de demonstrar o interesse em resolver os problemas da falta de diálogo (fechado na data de ontem pela presidência) fomos conversar com vários Desembargadores e Desembargadoras sobre o real motivo da greve e das necessidades dos trabalhadores. Afirmamos a necessidade da retirada do PL 05/2015 da ALESC e que os R$ 26 milhões para ele destinados poderiam ser revertidos em ganho real para os trabalhadores.
Outros colegas foram destacados para ir na Assembleia Legislativa para conversar com Deputados e Assessores para dar encaminhamento ao pedido de Audiência Pública para suspender a tramitação do PL 05/2015. A visita ao Parlamento Catarinense é importante para poder fazer avançar a deliberação da categoria afirmada na última assembleia geral.
Da mesma forma um grupo de colegas foi destacado para promover conversas com a Ordem dos Advogados do Brasil Seção de Santa Catarina a fim de questionar alguns posicionamentos da OAB-SC e apresentar o real problema vivido pelos trabalhadores do judiciário. Uma reunião está prevista para a próxima segunda-feira.
As conversas, conforme se constatou ao final da tarde desta quinta-feira, foram produtivas. Muitas sinalizações positivas, muitas conversas que prosperaram e uma greve que ainda promete ser ampliada por vários colegas nesta segunda-feira. O Dia do Trabalhador deve ser curtido. Feliz dia 1 de maio.
O Tribunal "bater" vai nos fazer voltar?
A pergunta é maldosa, mas é dessa forma que a questão deve ser tratada. Nossa categoria vive hoje o maior movimento paredista já visto na história do Judiciário catarinense, e não poderia ser diferente, afinal, ele é formado por pessoas dedicadas, inteligentes, honradas e que não aceitam o sucateamento do servidor e do próprio serviço público. O pessoal mais antigo diz que nunca viu algo igual.
O movimento é lindo de se ver. Ao mesmo tempo em que os colegas cruzam os braços e fazem cara feira pra foto, no momento seguinte abrem um belo sorriso ao rever um amigo antigo, dão um forte abraço numa amiga querida, fazem um self para levar para os colegas que ficaram na comarca.
A paralisação não é só feita de choro e decepção, ela é feita também de sorrisos. Sorrisos libertados nas confraternizações que estão ocorrendo nas comarcas, nas boas risadas que uma boa roda de chimarrão propicia, na alegria de ler e escrever os cartazes fixados nos fóruns e nas postagens nas redes sociais. Tudo isso é greve; tudo isso faz parte da greve.
Posso dizer com tranquilidade que a greve tem me presenteado com a presença de colegas de trabalho que sequer conhecia. Colegas queridos, com quem nunca tinha trocado uma palavra e cuja aproximação só foi possível em virtude da paralisação. Nos divertimos nos grupos do watsapp, rimos, conversamos, mas não largamos de mão a discussão, a troca de ideias e a definição pontual do que queremos.
Na noite de ontem fomos surpreendidos com a decisão da administração do TJSC solicitando providências aos magistrados e reafirmando a intenção de cortar a remuneração dos servidores.
Por isso, tão importante quanto lembrar que o nosso movimento é bonito de se ver é lembrar também que ele é forte como uma rocha e está, a cada dia, ficando maior.
Usurpar a remuneração dos servidores não nos fará retornar e, acima de tudo, constituirá um ato de violência contra os servidores jamais visto na história do nosso judiciário.
Não somos inimigos e como tal não aceitaremos ser tratados. Somos amigos, somos famílias, somos jovens e idosos, somos alegria e união.
Nossa greve é inimaginável e se preciso será para a vida toda também.
(texto enviado por um amigo navegante)
O movimento é lindo de se ver. Ao mesmo tempo em que os colegas cruzam os braços e fazem cara feira pra foto, no momento seguinte abrem um belo sorriso ao rever um amigo antigo, dão um forte abraço numa amiga querida, fazem um self para levar para os colegas que ficaram na comarca.
A paralisação não é só feita de choro e decepção, ela é feita também de sorrisos. Sorrisos libertados nas confraternizações que estão ocorrendo nas comarcas, nas boas risadas que uma boa roda de chimarrão propicia, na alegria de ler e escrever os cartazes fixados nos fóruns e nas postagens nas redes sociais. Tudo isso é greve; tudo isso faz parte da greve.
Posso dizer com tranquilidade que a greve tem me presenteado com a presença de colegas de trabalho que sequer conhecia. Colegas queridos, com quem nunca tinha trocado uma palavra e cuja aproximação só foi possível em virtude da paralisação. Nos divertimos nos grupos do watsapp, rimos, conversamos, mas não largamos de mão a discussão, a troca de ideias e a definição pontual do que queremos.
Na noite de ontem fomos surpreendidos com a decisão da administração do TJSC solicitando providências aos magistrados e reafirmando a intenção de cortar a remuneração dos servidores.
Por isso, tão importante quanto lembrar que o nosso movimento é bonito de se ver é lembrar também que ele é forte como uma rocha e está, a cada dia, ficando maior.
Usurpar a remuneração dos servidores não nos fará retornar e, acima de tudo, constituirá um ato de violência contra os servidores jamais visto na história do nosso judiciário.
Não somos inimigos e como tal não aceitaremos ser tratados. Somos amigos, somos famílias, somos jovens e idosos, somos alegria e união.
Nossa greve é inimaginável e se preciso será para a vida toda também.
(texto enviado por um amigo navegante)
"Fora PL 05!"
Foto Mirian Zomer - Agência ALESC |
No enlace "matrimonial" que previa o surgimento da equiparação, tendo um lado atualmente a Associação dos Técnicos como se fosse um pai, e de outro o TJ que nutriria o projeto como se fosse uma mãe surgiu um "filho" que não era bem aquilo que o pai pretendia, e unicamente por contenção dos "nutrientes" para que ele crescesse forte e saudável por parte da "mãe". O Tribunal de Justiça nunca quis o Projeto. Mas para criar mais cisões em nossa base percebeu nele a possibilidade de avançar em seus objetivos e promover a discórdia entre os próprios Técnicos, agora os formados em Direito e os não formados, mas não só entre eles, mas também entre os mais novos e os mais velhos, pois como a gratificação é uma diferença salarial com "teto", se extingue com o tempo.
Na Assembleia Legislativa os trabalhadores conseguiram falar com vários Deputados, e ainda nesta semana e na próxima deveremos pressionar muito a ALESC para que haja sim a Audiência Pública com a presença dos Deputados, da nossa categoria, de Técnicos do Dieese, dos sindicalistas e também com a presença do Tribunal de Justiça para que o mesmos, fora do seu "castelo" e dentro do parlamento escute a voz de quem têm realmente interesse no projeto, e não no aumento salarial dos assessores de magistrados que foi a ele atrelado de contrabando.
A categoria deu um passo em favor da unidade. Agora não é uma associação com 400 filiados que diz sim ao projeto, é um sindicato com 4000 filiados numa assembleia com 3500 pessoas que afirmaram aos quatro ventos que o projeto divide a categoria, gasta dinheiro do "nosso" orçamento e que deve ser arquivado pelo Tribunal de Justiça, pois "todos" somos contra o PL 05/2015.
29/04/2015
Diário de Greve: dia 21
Foto Marco Favero Agência RBS |
A assembleia começou no horário, com várias comarcas participando e muita gente chegando de todos os cantos do estado. Legal ver tanta gente, de todo o canto, se unindo para tentar fazer seus interesses prosperarem. E começou com um discurso da direção do sindicato trazendo todo o histórico de negociação. De que o NPCS é o fator que une a categoria, e que o PL 05/2015 deveria ser arquivado na Assembleia Legislativa. Sobre este último é importante lembrarmos quem o iniciou.
Durante a assembleia um discurso aguerrido feito pela direção do sindicato parecia tentar encarar o Tribunal de Justiça. E mesmo com o "esbravejamento", decidiram então formar uma comissão, com a direção do sindicato e alguns colegas do comando de greve a fim de tentar uma última conversa com o Presidente do Tribunal de Justiça. Alguns disseram que ele não quis receber, outros falaram que ele estava em Brasília para a posse do Ministro Mussi na Corregedoria do STJ. Não sei qual é a versão real.
No retorno a direção do sindicato fez um discurso emotivo. Chorando e abraçados os diretores disseram que ouviram falar que o Presidente do SINJUSC poderia ser preso a qualquer momento por descumprir a decisão judicial de afastamento de 200 metros e das faixas colocadas nos prédios do judiciário. Estranhamente o despacho, caso não cumprido falava em multa para o sindicato e não em prisão para seus dirigentes, mas como colocado poderia ser apenas (e acredito ser) um boato. Prisão de dirigente sindical ocorreu na ditadura e em alguns enfrentamentos mais abertos no período democrático.
Após a fala de vários representantes de comarcas de todas as regiões do estado a categoria decidiu por deliberar. Votou-se então pelo pedido de retirada e rejeição do Projeto de Lei 05/2015 que o Tribunal de Justiça encaminhou para a ALESC. Além disto, pela permanência do estado de greve por tempo indeterminado enquanto não atendidas as suas reivindicações já protocoladas no dia 31 de março.
Na Assembleia Legislativa a categoria lotou as galerias e pediu pela retirada do Projeto de Lei. Conversas feitas com vários deputados e pedidos de audiências com as bancadas da ALESC foram marcadas a fim de tentar barrar um projeto que poderia conceder um aumento de 2% de ganho real para todos os trabalhadores. Por intermédio da Deputada Luciane Carminati que fez o pedido de audiência Pública no Plenário da Casa e com o encaminhamento que o Deputado Dirceu Dresch afirmou com o pedido na Comissão de Finanças cabe agora aos trabalhadores se esforçarem e cobrarem dos representantes da ALESC a aprovação da Audiência.
O PL 05/2015 é oriundo do pedido da ATJ. Rejeitado pela categoria com mais de 3000 pessoas, conforme o sindicato, o projeto divide os trabalhadores e por este motivo foi feito o pedido de sua retirada por parte do Tribunal de Justiça. Da mesma forma os trabalhadores pressionaram os Deputados e continuarão em movimento para enterrar definitivamente o projeto de divisão da categoria.
O dia se concluiu com uma triste notícia. O enfrentamento da Polícia Militar do Paraná com os professores que atuam no estado e que estão em greve fez vítimas. Segundo relatos há feridos graves, mas também haveria 2 mortos (a confirmar). A solidariedade da classe trabalhadora deve observar a forma como estão sendo tratados os professores em todos os níveis e em todos os estados. Políticas neoliberais fazem recrudescer a relação de classes, e infelizmente sofrem aqueles que mais precisam da ajuda da população e do governo.
27/04/2015
Diário de Greve: dia 19
Dia corrido. Muita coisa acontecendo. Primeiro ir no sindicato junto com o comando de greve local e apresentar nossa preocupação para a diretoria do sindicato sobre a necessidade da infraestrutura para a realização da assembleia. Da necessidade de tenda, de carro de som, de água, banheiro e tudo aquilo minimamente necessário para fazer uma grande assembleia. Segundo o pessoal tá tudo sendo encaminhado, o que é um alívio, pois dar guarida mínima, numa assembleia de três ou quatro mil pessoas é bastante complicado.
Depois disto o pessoal já estava fazendo um debate com os colegas que participaram dos movimentos grevistas dos últimos 30 anos. Colegas como Paulo Ruver, Pedro Linsmeyer, Volnei Rosalen e Aprígio trouxeram para os colegas como eram feitas as greves, como aconteciam as mobilizações, a história do SINTESPE, das greves da década de 1980 e tantas outras coisas que fez o pessoal entender melhor por onde caminhávamos neste momento histórico.
O pessoal do sindicato junto com o comando de greve havia então subido no prédio do TJ para reapresentar nossa pauta de reivindicações. Há necessidade do Tribunal de Justiça avançar no ganho real, hoje um dos principais empecilhos para essa greve. Na descida foi informado que amanhã, dia 28 de abril, haverá nova reunião a partir das 16 horas no Tribunal de Justiça.
A tradicional ida à frente da Torre II do Tribunal de Justiça, com todos os colegas que estavam ali na frente do hall de entrada aconteceu após o lanche realizado pelo pessoal da comissão de eventos, que hoje se superou e ofereceu um empadão de frango para os colegas. Na tarde de hoje o pessoal também deu a volta no prédio do Fórum Central a fim de que os colegas, de ambos os lados do fórum pudessem ver a mobilização.
Descendo a rampa dos carros o pessoal decidiu ir para a frente do Tribunal de Justiça e fechar a rua para os carros particulares (ônibus eram permitidos) passarem por cinco minutos, a fim de fazer lembrar que há sim uma greve no judiciário catarinense. Após este pequeno lapso temporal o pessoal retornou para a frente do Tribunal de Justiça.
Concluímos o dia com uma apresentação cultural na frente do Tribunal de Justiça, com o Grupo de Maracatú Arrasta Ilha encerramos nossa tarde. Com muito axé e demonstrando muita força as cantorias, e a música deu novo ânimo para enfrentarmos o que teremos até a próxima assembleia geral. Amanhã é se preparar para a grande assembleia.
Depois disto o pessoal já estava fazendo um debate com os colegas que participaram dos movimentos grevistas dos últimos 30 anos. Colegas como Paulo Ruver, Pedro Linsmeyer, Volnei Rosalen e Aprígio trouxeram para os colegas como eram feitas as greves, como aconteciam as mobilizações, a história do SINTESPE, das greves da década de 1980 e tantas outras coisas que fez o pessoal entender melhor por onde caminhávamos neste momento histórico.
O pessoal do sindicato junto com o comando de greve havia então subido no prédio do TJ para reapresentar nossa pauta de reivindicações. Há necessidade do Tribunal de Justiça avançar no ganho real, hoje um dos principais empecilhos para essa greve. Na descida foi informado que amanhã, dia 28 de abril, haverá nova reunião a partir das 16 horas no Tribunal de Justiça.
A tradicional ida à frente da Torre II do Tribunal de Justiça, com todos os colegas que estavam ali na frente do hall de entrada aconteceu após o lanche realizado pelo pessoal da comissão de eventos, que hoje se superou e ofereceu um empadão de frango para os colegas. Na tarde de hoje o pessoal também deu a volta no prédio do Fórum Central a fim de que os colegas, de ambos os lados do fórum pudessem ver a mobilização.
Descendo a rampa dos carros o pessoal decidiu ir para a frente do Tribunal de Justiça e fechar a rua para os carros particulares (ônibus eram permitidos) passarem por cinco minutos, a fim de fazer lembrar que há sim uma greve no judiciário catarinense. Após este pequeno lapso temporal o pessoal retornou para a frente do Tribunal de Justiça.
Concluímos o dia com uma apresentação cultural na frente do Tribunal de Justiça, com o Grupo de Maracatú Arrasta Ilha encerramos nossa tarde. Com muito axé e demonstrando muita força as cantorias, e a música deu novo ânimo para enfrentarmos o que teremos até a próxima assembleia geral. Amanhã é se preparar para a grande assembleia.
26/04/2015
Diário de Greve: dia 16
Sexta-feira, 16o dia de Greve corrido. A greve aumentando e o pessoal fomentando a participação ainda maior dos colegas. O tempo bom e a disponibilidade de vans fizeram o pessoal que está em greve no fórum central, na UPC, Torre I e demais colegas que se encontram todos os dias na frente do TJ se dividirem e visitarem os colegas da região como deliberado pelo comando de greve geral.
As visitas começaram logo no início da tarde. Com as duas vans saindo de frente do Tribunal de Justiça e indo visitar as comarcas próximas e os fóruns aqui da ilha. As visitas, na maioria dos casos foi empolgante. Os colegas visitaram o almoxarifado, a gráfica, o arquivo, o fórum do continente, do norte da ilha, de Biguaçu, São José, entre tantos que existem aqui.
O encontro com os colegas foi importante. Passava uma força, ou tentava fazê-lo, pois trazia um discurso novo, um discurso diferente, um discurso de quem não é da casa, pois como dizem alguns colegas "santo de casa não faz milagre", por mais que se esforce, as vezes é com um colega de fora do convívio tradicional que a gente começa a entender as coisas.
Terminamos a sexta-feira muito contentes com os resultados que foram trazidos pela maioria dos colegas que visitaram os fóruns próximos. Segunda-feira, com certeza, será maior a nossa greve.
As visitas começaram logo no início da tarde. Com as duas vans saindo de frente do Tribunal de Justiça e indo visitar as comarcas próximas e os fóruns aqui da ilha. As visitas, na maioria dos casos foi empolgante. Os colegas visitaram o almoxarifado, a gráfica, o arquivo, o fórum do continente, do norte da ilha, de Biguaçu, São José, entre tantos que existem aqui.
O encontro com os colegas foi importante. Passava uma força, ou tentava fazê-lo, pois trazia um discurso novo, um discurso diferente, um discurso de quem não é da casa, pois como dizem alguns colegas "santo de casa não faz milagre", por mais que se esforce, as vezes é com um colega de fora do convívio tradicional que a gente começa a entender as coisas.
Terminamos a sexta-feira muito contentes com os resultados que foram trazidos pela maioria dos colegas que visitaram os fóruns próximos. Segunda-feira, com certeza, será maior a nossa greve.
24/04/2015
Orçamento do TJ: onde está o dinheiro?
Vários colegas estão procurando onde está o dinheiro do TJ. Alguns afirmam claramente a presença de, pelo menos, mais R$ 100 milhões que poderão ser utilizados em favor da folha de pagamento. Sobre isto eu lembrei da musica da Gal Costa. A gente tinha parado de postar vídeos de músicas para a greve, mas esse eu achei importante trazer à tona. Abraços.
23/04/2015
Tribunal de Justiça desrespeita os aposentados
Quando deveríamos ter tempo para desfrutar aquilo que nos resta de vida parece que falta tudo. Falta respeito, falta consideração, falta vergonha, falta saúde, falta tudo. O Tribunal de Justiça mancha a sua história e vai começar a retirar direito dos trabalhadores que percebiam auxílio-alimentação a quase 20 anos.
Aos prantos. Foi assim que a colega Natália terminou sua falação e necessitou ser acalentada pelos colegas em frente ao Tribunal de Justiça. Com uma luta contra o câncer e não querendo terminar seus dias numa hemodiálise ela clamava por ajuda, por amparo, por igualdade de tratamento com os colegas da ativa. A retirada dos R$500,00 do auxílio-alimentação dos servidores aposentados não vai fazer falta só para ela, mas para todos os aposentados do judiciário.
Dia 31 de março deixamos nossos aposentados desamparados. Uma colega hoje sentiu-se mal após a fala da Natália. Dentro do ônibus ela disse que não poderíamos ter deixado assim os nossos aposentados. Eles não merecem este tratamento por parte do Tribunal de Justiça, e nós não podemos aceitar este tratamento que o TJ dá para eles, pois é o mesmo tratamento que dará para nós. E nem será necessário nos aposentarmos para sermos tratados do mesmo jeito da forma que vai.
Os aposentados merecem respeito senhor Presidente. Uma atitude louvável seria suspender os processos de cancelamento do auxílio-alimentação dos aposentados. Antes de proceder o cancelamento do benefício que existe a décadas poderia se achar uma solução para a questão para que não houvesse perda salarial. Há tempo, basta vontade política. Enquanto isto conclamamos nossos aposentados para virem para a frente do TJ. Podemos juntos fazer muito. Não tá morto quem peleja.
Diário de Greve: dia 15
Novamente com a chuva testando a nossa resistência nos postamos em frente ao símbolo do Poder Judiciário nesta quinta-feira. Com a reunião marcada para as 14 horas o pessoal todo já estava esperando desde o meio-dia ali na frente do prédio da administração. Sem resultados e com um belo “apitaço” a quinta-feira parece que foi feita para o TJ dizer “vem pra greve vem”.
A subida dos negociadores eleitos pelos trabalhadores no início da tarde foi feito sem grandes esperanças, mas com a convicção que é neste processo que as coisas podem avançar. Durante o longo período que permaneceram conversando com a administração o pessoal foi se aglomerando e colocando os informes em dia. Mais adesões em várias comarcas, algumas perseguições, coisas que já começam a ficar comuns no diálogo do dia-a-dia.
Na descida dos colegas a confirmação. De onde não se espera nada é de onde não vem nada mesmo. A diminuição do prazo para a conclusão do PCS não é nada demais. Já estamos 15 dias em greve, e neste tempo existiu espaço suficiente para a administração fazer os estudos que eram necessários. Os próximos 15 dias após a greve poderão ser até um excesso.
Com vários colegas do comando de greve rodando o estado e chamando para a assembleia do dia 29 existe a possibilidade de fazermos uma assembleia ainda maior do que a do dia 31. Fato histórico e muito importante para demonstrar a força da categoria. E até lá o Tribunal de Justiça terá tempo suficiente para achar de onde poderá destinar dinheiro do nosso orçamento para pagar o ganho real.
A Comissão de Eventos da Capital hoje se superou. Com um lanche maravilhoso a base de sandwiche matou a fome da galera. Além disso conseguem fazer tudo parecer tranquilo no organizar o atendimento para quase 300 pessoas. É show de bola esse pessoal. Nunca tivemos tanta organização e com qualidade. Agora fica fácil permanecer na greve.
Ainda nesta tarde colegas aposentados vieram apresentar seu protesto contra a forma como estão sendo tratados pelo Tribunal de Justiça e também pelo SINJUSC. Os trabalhadores aposentados apontaram da necessidade de apoio para suas causas e principalmente, sobre o corte do auxílio-alimentação que irá ocorrer agora no mês de maio. Ao final a colega Natália, chorando compulsivamente clamava por apoio e solidariedade. Um abraço não é suficiente para acalmar o seu coração é necessário uma ação mais forte.
Ao final do dia chegaram nossos colegas sindicalistas do Maranhão. Aníbal Lins, Presidente do SINDJUS veio para a frente do Tribunal de Justiça conversar com quem permanecia ali desde o início da tarde e prometeu uma nova visita já no início do expediente desta sexta-feira, quando irá fazer uma fala de apoio dos colegas Maranhenses.
E o dia se concluiu assim. Claro, esqueci de falar do apitaço e da vaia que o Tribunal de Justiça levou e tantas outras coisas importantes que aconteceram. Mas é assim, o diário vai sendo feito com o que a gente lembra de imediato. O dia é longo, a noite é curta e a gente tem que fazer acontecer. Boa noite pessoal.
A subida dos negociadores eleitos pelos trabalhadores no início da tarde foi feito sem grandes esperanças, mas com a convicção que é neste processo que as coisas podem avançar. Durante o longo período que permaneceram conversando com a administração o pessoal foi se aglomerando e colocando os informes em dia. Mais adesões em várias comarcas, algumas perseguições, coisas que já começam a ficar comuns no diálogo do dia-a-dia.
Na descida dos colegas a confirmação. De onde não se espera nada é de onde não vem nada mesmo. A diminuição do prazo para a conclusão do PCS não é nada demais. Já estamos 15 dias em greve, e neste tempo existiu espaço suficiente para a administração fazer os estudos que eram necessários. Os próximos 15 dias após a greve poderão ser até um excesso.
Com vários colegas do comando de greve rodando o estado e chamando para a assembleia do dia 29 existe a possibilidade de fazermos uma assembleia ainda maior do que a do dia 31. Fato histórico e muito importante para demonstrar a força da categoria. E até lá o Tribunal de Justiça terá tempo suficiente para achar de onde poderá destinar dinheiro do nosso orçamento para pagar o ganho real.
A Comissão de Eventos da Capital hoje se superou. Com um lanche maravilhoso a base de sandwiche matou a fome da galera. Além disso conseguem fazer tudo parecer tranquilo no organizar o atendimento para quase 300 pessoas. É show de bola esse pessoal. Nunca tivemos tanta organização e com qualidade. Agora fica fácil permanecer na greve.
Ainda nesta tarde colegas aposentados vieram apresentar seu protesto contra a forma como estão sendo tratados pelo Tribunal de Justiça e também pelo SINJUSC. Os trabalhadores aposentados apontaram da necessidade de apoio para suas causas e principalmente, sobre o corte do auxílio-alimentação que irá ocorrer agora no mês de maio. Ao final a colega Natália, chorando compulsivamente clamava por apoio e solidariedade. Um abraço não é suficiente para acalmar o seu coração é necessário uma ação mais forte.
Ao final do dia chegaram nossos colegas sindicalistas do Maranhão. Aníbal Lins, Presidente do SINDJUS veio para a frente do Tribunal de Justiça conversar com quem permanecia ali desde o início da tarde e prometeu uma nova visita já no início do expediente desta sexta-feira, quando irá fazer uma fala de apoio dos colegas Maranhenses.
E o dia se concluiu assim. Claro, esqueci de falar do apitaço e da vaia que o Tribunal de Justiça levou e tantas outras coisas importantes que aconteceram. Mas é assim, o diário vai sendo feito com o que a gente lembra de imediato. O dia é longo, a noite é curta e a gente tem que fazer acontecer. Boa noite pessoal.
Tribunal fomenta a greve ao não apresentar respostas aos trabalhadores
O Tribunal de Justiça fomenta cada dia mais os trabalhadores a entrarem na greve e a promoverem atos para demonstrar seu descontentamento com o tratamento dado. Numa reunião que propõe apenas apresentar um estudo do PCS em 15 dias, e após iniciar o trabalho paritário para ajustes sem tocar na questão de ganho real como forma de antecipação do Plano o TJ lança os trabalhadores novamente numa missão de fé.
A fé e a esperança são coisas importantes em nossas vidas. Elas nos fazem olhar para o futuro com um pouco de otimismo, mesmo observando ao nosso redor que o cenário não é tão promissor quanto gostaríamos ou adequado como necessário. Mas a fé e a esperança não colocam comida em nossa mesa e tampouco pagam as contas no final do mês, o que faz isso é o nosso trabalho e o dinheiro real que o Tribunal deposita como pagamento pela nossa labuta.
Com a postura adotada pelo Tribunal de Justiça ele fomenta que cada trabalhador ingresse no movimento paredista. Ele parece pedir, como faziam alguns desembargadores na década de 1980, para que os trabalhadores ingressem na greve. Hoje o faz por convicção ideológica, trinta anos atrás fazia por interesses econômicos. A conclusão que chegamos é que é importante, mais que tudo, a unidade da categoria decidida em assembleia geral dia 31 de março. "A greve continua, TJ a culpa é tua!"
A fé e a esperança são coisas importantes em nossas vidas. Elas nos fazem olhar para o futuro com um pouco de otimismo, mesmo observando ao nosso redor que o cenário não é tão promissor quanto gostaríamos ou adequado como necessário. Mas a fé e a esperança não colocam comida em nossa mesa e tampouco pagam as contas no final do mês, o que faz isso é o nosso trabalho e o dinheiro real que o Tribunal deposita como pagamento pela nossa labuta.
Com a postura adotada pelo Tribunal de Justiça ele fomenta que cada trabalhador ingresse no movimento paredista. Ele parece pedir, como faziam alguns desembargadores na década de 1980, para que os trabalhadores ingressem na greve. Hoje o faz por convicção ideológica, trinta anos atrás fazia por interesses econômicos. A conclusão que chegamos é que é importante, mais que tudo, a unidade da categoria decidida em assembleia geral dia 31 de março. "A greve continua, TJ a culpa é tua!"
22/04/2015
Diário de Greve: dia 14
Dia começa com uma tentativa de intimidação por parte do Tribunal de Justiça ao divulgar a decisão sobre o pedido de liminar para suspender a decisão do afastamento dos fóruns por parte dos grevistas. Quem conhece um pouquinho do jogo logo de cara percebe que é negada a liminar, e não o mérito da questão, mas é o jogo que o Tribunal Joga. O importante é continuar na luta.
No início da tarde, então, às 14 horas a Direção do Sindicato mais o colega Alcides da Palhoça foram apresentar o informe do aceite da reposição sobre o auxílio-alimentação, mas da necessidade do Tribunal de Justiça avançar na questão da implementação do ganho real. Para tanto foi informado para os trabalhadores em frente ao TJ de uma nova reunião para amanhã, dia 23 de abril e já marcada a assembleia geral do dia 29, próxima quarta-feira.
Com a notícia da paralisação do fórum de Palhoça e a viagem de vários colegas para convocar os trabalhadores para a mesma a greve segue firme. Na capital, mais trabalhadores do Tribunal de Justiça aderiram ao movimento, assim como mais e mais colegas, conforme se observa nas redes sociais, estão ampliando o movimento paredista.
O Tribunal continua prejudicando a sociedade. Ao não apresentar uma proposta digna aos trabalhadores faz a sociedade perder tempo, dinheiro e não acrescenta nada na relação com os trabalhadores. Uma contra-proposta do Tribunal é necessária; ajudaria os trabalhadores e não prejudicaria a sociedade.
No início da tarde, então, às 14 horas a Direção do Sindicato mais o colega Alcides da Palhoça foram apresentar o informe do aceite da reposição sobre o auxílio-alimentação, mas da necessidade do Tribunal de Justiça avançar na questão da implementação do ganho real. Para tanto foi informado para os trabalhadores em frente ao TJ de uma nova reunião para amanhã, dia 23 de abril e já marcada a assembleia geral do dia 29, próxima quarta-feira.
Com a notícia da paralisação do fórum de Palhoça e a viagem de vários colegas para convocar os trabalhadores para a mesma a greve segue firme. Na capital, mais trabalhadores do Tribunal de Justiça aderiram ao movimento, assim como mais e mais colegas, conforme se observa nas redes sociais, estão ampliando o movimento paredista.
O Tribunal continua prejudicando a sociedade. Ao não apresentar uma proposta digna aos trabalhadores faz a sociedade perder tempo, dinheiro e não acrescenta nada na relação com os trabalhadores. Uma contra-proposta do Tribunal é necessária; ajudaria os trabalhadores e não prejudicaria a sociedade.
Fórum da Capital Suspende Prazos
Para demonstrar que a Greve aqui em Florianópolis tá forte é bom perceber os movimentos que estão sendo feitos por parte do próprio judiciário. Na tarde do dia 20 de abril (segunda-feira) foi editada a Portaria Conjunta 188/2015 DFC, que Suspende os Prazos no Fórum Central da Capital a partir do dia 09/04, um dos maiores (senão o maior) fórum de Santa Catarina.
No despacho o ponto mais importante diz: "CONSIDERANDO que a deflagração da greve dos servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina, é fato notório e concreto, com adesão significativa por parte dos servidores deste Fórum, inviabilizando assim o funcionamento regular dos serviços judiciários".
Assim, a mobilização em Florianópolis demonstra a força que também se apresenta em todas as comarcas de Santa Catarina. Parabéns aos trabalhadores do Fórum Central e demais fóruns da Capital e região. Força na Luta!
No despacho o ponto mais importante diz: "CONSIDERANDO que a deflagração da greve dos servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina, é fato notório e concreto, com adesão significativa por parte dos servidores deste Fórum, inviabilizando assim o funcionamento regular dos serviços judiciários".
Assim, a mobilização em Florianópolis demonstra a força que também se apresenta em todas as comarcas de Santa Catarina. Parabéns aos trabalhadores do Fórum Central e demais fóruns da Capital e região. Força na Luta!
21/04/2015
Se hoje é dia de greve, é dia de protestar contra o PL da terceirização
Fica aqui o convite para os colegas de Blumenau e região que puderem participar hoje, quarta-feira, como atividade de dia de greve a mobilização contra o PL 4330, que trata da terceirização. Eu acho importante a participação, os colegas aqui de Floripa foram no movimento e é muito importante estarmos unidos à toda a classe trabalhadora. O colega Luciano postou o convite no seu facebook e eu compartilho aqui. Caso alguma outra cidade esteja programando atividades no mesmo sentido eu sugiro aos colegas para apoiarem. Forte abraço e boa luta!
Diário de Greve: dia 13
Foto do amigo Pedro Tang Vidal |
Esse aqui é o relato daquilo que eu considero importante, claro, além daquilo que está sendo publicado oficialmente na página do SINJUSC. Tivemos importantes considerações ali na reunião do Comando de Greve. Primeiro a definição de que o Comando de Greve é a soma do pessoal eleito na Assembleia do dia 28 de fevereiro, ocorrida em Lages, mais os colegas eleitos na Assembleia do dia 31 de março em Florianópolis. Pode parecer pouco para os amigos acompanhantes do blog, mas foi uma dificuldade fazer os colegas entenderem que o comando de greve é um só, isto é, a soma dos colegas escolhidos nas duas assembleias.
Outro ponto que considerei importante foi a inclusão do colega Alcides no processo de negociação com o Tribunal de Justiça. A soma do companheiro junto com o colega Neto acrescenta a experiência em quem vai negociar com o Tribunal de Justiça. E com isto, acredito, teremos a soma da experiência com a juventude. E isto é sempre uma combinação importante.
A decisão sobre a assembleia do dia 29 de abril foi deliberada já no final da reunião (eu não estava mais neste momento, o informe veio pelo colega Alcides). E essa será uma assembleia de mobilização da categoria. Há tempo e a necessidade de se fazer uma assembleia maior do que a do dia 31 de março. O Tribunal de Justiça até o presente momento não apresentou nada além daquilo que os trabalhadores achavam o mínimo necessário, há que avançar mais, principalmente no ganho real.
Por fim, rever colegas e principalmente colegas no comando de greve de comarcas como Itapema, Balneário Camboriú e Joinville fazem a gente acreditar que a greve está ótima, que a greve está crescendo e que, com certeza, será ainda maior amanhã.
Comissão de Comunicação do Comando de Greve da Capital
O Comando de Greve da Capital, que reúne os colegas de vários fóruns e do TJ aqui em Florianópolis é um dos grupos constituídos para organizar nossas atividades aqui em Florianópolis. O pessoal é fantástico como eu já falei no outro post. Só tenho elogio para eles(elas), pois são absolutamente ativos, e são eles, juntamente com o pessoal das outras comissões que estão fazendo as coisas acontecerem aqui em Floripa. Criaram agora o "João da Greve".
O perfil no facebook, agora com página e tudo, é uma ação do nosso Comando de Greve local. Alguns colegas não aceitavam o perfil, não sei se por medo, mas gostaria de informar que o "João da Greve" é o nome escolhido pelo nosso comando para fazer contatos de comunicação. Ele não morde, ele não é pelego, ele é amigo e quer conversar com você, te deixar por dentro daquilo que tá acontecendo aqui em Floripa numa velocidade e qualidade dez vezes maior do que esse blog.
Fica então o convite para os amigos para procurarem o João da Greve no facebook. Quem puder compartilhar, fique à vontade e amanhã eu vou fazer um elogio para as outras comissões do Comando de Greve aqui de Floripa (sem bairrismo, se alguém quiser mandar notícias de sua comarca, por favor, fique à vontade). Abraço e bem vindo João!
Diário de Greve: dia 12
Atrasado em publicar o diário de greve demonstra o quanto tá corrido o movimento aqui em Florianópolis. A coisa começa a pegar, o dia parece que fica mais curto, as cobranças vão aumentando, dos filhos, da família, dos demais movimentos sociais que a gente tenta ajudar e daí não tem jeito. Estoura de um lado, e dessa vez foi o diário que ficou meio assim. Desta forma, desculpas aos amigos.
Numa segunda-feira atravessada no meio de um feriado, com uma chuva chata, daquela que molha até a alma, a gente foi verdadeiramente guerreiro. Não é fácil ficar ali na frente do Tribunal de Justiça sem ter o que fazer e sem ter para onde ir. Mas o pessoal da Comissão de Comunicação é show de bola. Não tem grupo melhor para avançar nas discussões e nas ações. Eu tiro o meu chapéu e o grupo João da Greve no facebook é o que há. Parabéns aos meus amigos para os quais eu tiro o meu chapéu. É inteligência, irreverência, revolução correndo solta com esse pessoal. Só orgulho de vocês.
Depois decidimos por fazer uma visita, saindo do Tribunal de Justiça e indo até a Unidade Presidente Coutinho, a UPC aqui em Florianópolis. O pessoal saiu com a caixa de som no máximo volume, e foi recepcionada com uma salva de fogos em frente da praça Tancredo Neves, em frente ao Tribunal de Justiça para a caminhada até o outro lado do centro da cidade.
Após uma meia hora de caminhada (o percurso é longo, mas tranquilo), o pessoal chegou também com fogos de artifício na frente da UPC. E a deliberação foi fazer um "arrastão", no prédio da UPC chamando os colegas para uma reunião que faríamos na entrada do prédio no meio da tarde. E o povo subiu as escadas chamando todos para a reunião, para a greve, e para a frente do TJ nesta quarta-feira.
Muitos colegas fizeram as falas. E é muito bonito você perceber como surgem novas lideranças, pessoas que perdem o medo de falar, assumem a responsabilidade junto da categoria, cobram por fazer um discurso mais duro, lembram de fatos importantes e dão explicações para os demais colegas. Só isto já valeu a pena. Ver que os colegas estão assumindo, com grande qualidade, a luta dos trabalhadores. Foi muito bom ver o quanto de gente nova, com qualidade e capacidade está ali.
Descemos então lá pelas 16 horas. Com a nossa caixinha de som fizemos os informes e tivemos várias adesões ao movimento. Gente que disse que chorou depois que a gente passou e que agora estaria junto na greve. Amigos e amigas de vários anos, de várias greve, de muitas lutas que a gente nem consegue lembrar de tantas que foram nos pegaram pelo braço e disseram: eu não ia, mas agora eu vou. Valeu.
Com uma chuva no retorno para o Tribunal de Justiça o dia acabou com um copo de café, uma paçoca e uma banana para acalmar o estômago. A voz já tava fraca, mas o espírito ficou mais forte apesar da chuva, apesar do cansaço e como diz o meu amigo Bernardo: "Amanhã vai ser maior".
20/04/2015
A Greve e a Suspensão de Prazos
Na página do Tribunal de Justiça vários comunicados de Suspensão de Prazos por conta da greve dos trabalhadores já está lançada. Contudo há uma certa divergência do que está ali publicado e o informe que está sendo passado por outros órgãos. Segundo o Tribunal de Justiça estão com Prazos Suspensos os seguintes, fóruns/varas: Capivari de Baixo; Blumenau Universitário; 1a e 2a Cíveis de Canoinhas; 1a e 2a de Içara; Balneário Piçarras; Fórum Central de Blumenau; Fórum Eduardo Luz na Capital; Ascurra; Laguna; Braço do Norte; São Joaquim e Rio do Campo.
A Ordem dos Advogados do Brasil - SC, publicou um mapa onde dá informes sobre o processo de greve. Ali, por exemplo, está informado que o Fórum do Estreito, em Florianópolis está com prazo suspenso, contudo tal informe não consta da página do TJSC. Além disto há informações que correm pela "rádio corredor"que outros fóruns e cartórios já estão com a Suspensão de Prazos confirmados.
Existem comarcas, conforme informado no próprio site da OAB-SC em que a paralisação está em 100% e nem por isto os Diretores de Fóruns ou Juízes aplicam a suspensão de prazos. Ou seja, a existência ou não de trabalhadores no fórum não impede o andamento da justiça, fato incrível. Com a confirmação de dados de Suspensão de Prazos publicaremos informes aqui no blog. Boa semana e boa Greve!
19/04/2015
TVFloripa e Comissão de Comunicação do Comando de Greve da Capital lançam campanha na TV
A TVFloripa juntamente com a Comissão de Comunicação do Comando de Greve da Capital lançaram na sexta-feira uma chamada que está sendo replicada continuadamente na TVFloripa sobre a Greve do Judiciário. Os spots que entram no ar a cada período de uma hora foram feitos para demonstrar e informar a sociedade que a greve do judiciário continua e a sociedade precisa saber os motivos reais da greve. Parabéns ao comando de greve da capital.
Juízes sem assessores ou auxílio moradia: é possível
Não se trata de fazer uma cruzada contra a magistratura, ao contrário, mas de mostrar que uma sociedade "sem excelências e sem mordomias" é possível. O Diário do Centro do Mundo fará uma série de reportagens promovida pela Jornalista Cláudia Wallin, sediada na Suécia, sobre a vida na Escandinávia, observando como alguns países com o maior índice de qualidade de vida se desenvolveram. Para a realização das reportagens está se criando um crowdfunding com o qual você poderá ajudar.
Segundo a chamada no DCM não há, como no Brasil, tantos assessores para magistrados e políticos. “Como todos os juízes e desembargadores da Suécia, Goran Lambertz [um dos integrantes da Suprema Corte] não tem direito a carro oficial com motorista, nem secretário particular", conta ela. “Todos pagam do próprio bolso seus custos de moradia. Luxo pago com o dinheiro do contribuinte é imoral e antiético".
Para acessar a reportagem completa (clique aqui), ou assista o vídeo abaixo:
18/04/2015
Moções de apoio começam a chegar
Moções de apoio ao movimento grevista são atos importantes. Todos os colegas podem pedir aos vereadores de sua cidade uma moção de apoio em favor dos trabalhadores. Esse é um ato que nos faz falar com o legislativo e permite que a ação seja vista também do ponto de vista político, que é uma das consequências da greve já que atinge toda a população. A Assembleia Legislativa já encaminhou uma INDICAÇÃO para que o Presidente do TJ abrisse o canal de negociação e tentasse atender ao pleito dos trabalhadores. Aqui, segue a já aprovada Moção de Apoio de Guaramirim e em breve teremos também (provavelmente), uma moção de apoio da Câmara de Florianópolis. Fica abraço ao Júnior, nosso colega de Guaramirim que passou o informe.
Diário de Greve: dia 9
Vereador Lino Peres apoiando a greve em Florianópolis |
A negociação demorou um longo período, o que era um bom sinal para todos nós, pois estava acontecendo, minimamente uma conversa, e quanto mais demorava, maior era a possibilidade de acontecer a discussão de números e dados orçamentários. E logo em seguida os representantes da categoria desceram da reunião.
As notícias não eram boas. Falou-se apenas da reposição inflacionária e um prazo de 45 dias após o término da greve para o Projeto do PCS estar concluído para o Presidente do TJ. Ou seja, nada de ganho real para o trabalhador. Uma grande vaia para o Tribunal de Justiça novamente. Gritos de "A greve continua, TJ a culpa é tua!" foram bradados pela categoria que se encontrava no hall de entrada do Tribunal.
Bem, restava então aos trabalhadores continuarem na greve em frente do TJ. Pouco antes do cachorro quente organizado pela Comissão de Eventos do nosso comando de greve local tivemos a visita do Vereador Lino Peres, do PT de Florianópolis, que apresentou o apoio aos trabalhadores grevistas e já irá solicitar na Câmara de Vereadores uma moção de apoio aos grevistas e um pedido de avanço nas negociações por parte do parlamento florianopolitano.
Após o lanche os trabalhadores resolveram por ir novamente na frente da Torre II do Tribunal, local onde fica a presidência do Tribunal de Justiça reafirmar a posição de que a greve iria continuar. Após, uma volta na praça reconvocando os trabalhadores da Torre I, do Fórum da Capital e do Fórum Desembargador Eduardo Luz (sem prejuízo das vias públicas e com apoio da polícia ok?).
De volta ao Tribunal de Justiça os informes paroquiais e um abraço fraterno em todos que ali estavam encerrou a segunda semana de greve no judiciário, que avança firme e forte rumo à vitória!
"A greve continua, TJ a culpa é tua!"
Com a palavra de ordem "A greve continua, TJ a culpa é tua!" os trabalhadores do judiciário catarinense que estavam reunidos em frente ao Tribunal de Justiça aguardando o fim da reunião de sexta-feira terminaram o dia. Uma proposta fria por parte do TJSC, com 16% no auxílio-alimentação, que nada mais é do que a reposição inflacionária, e 6,5% mais 1,6% nos meses de maio e junho além de um final de estudos do PCS em 45 dias após o retorno da greve não atendem a deliberação de nossa categoria e são, na verdade, aquilo que se espera minimamente de um Tribunal de Justiça sério.
Apesar de representar avanço pois retira alguns problemas da mesa, tais pontos deveriam ser vistos pelo TJ como o mínimo necessário. Coisas mais simples como a revogação da decisão de afastamento dos fóruns e o cancelamento das penalidades aos trabalhadores não foi tratada, e são, ao meu ver, o ponto de partida de qualquer ato daqui para a frente. Sem isto estaríamos aceitando a "degola" de alguns companheiros como parte do processo de ganho geral da categoria, o que seria um absurdo.
A greve continua no Judiciário Catarinense e somente os trabalhadores é que decidirão quando ela irá acabar. A administração do Tribunal de Justiça é a grande culpada pelo início da greve e sua postergação no tempo. Em 2014, apenas como atrasados, venda de licenças e outras verbas variáveis (que foram retiradas da rubrica orçamentária vencimento) por parte da magistratura alcançou-se o valor de quase de R$ 70 milhões. Continuemos firmes e unidos companheiros.
Apesar de representar avanço pois retira alguns problemas da mesa, tais pontos deveriam ser vistos pelo TJ como o mínimo necessário. Coisas mais simples como a revogação da decisão de afastamento dos fóruns e o cancelamento das penalidades aos trabalhadores não foi tratada, e são, ao meu ver, o ponto de partida de qualquer ato daqui para a frente. Sem isto estaríamos aceitando a "degola" de alguns companheiros como parte do processo de ganho geral da categoria, o que seria um absurdo.
A greve continua no Judiciário Catarinense e somente os trabalhadores é que decidirão quando ela irá acabar. A administração do Tribunal de Justiça é a grande culpada pelo início da greve e sua postergação no tempo. Em 2014, apenas como atrasados, venda de licenças e outras verbas variáveis (que foram retiradas da rubrica orçamentária vencimento) por parte da magistratura alcançou-se o valor de quase de R$ 70 milhões. Continuemos firmes e unidos companheiros.
17/04/2015
Diário de Greve: dia 8
Sempre recolocando as faixas e com colegas de algumas regiões do estado que ainda permaneceram aqui em Florianópolis o dia começou animado. A mesa de negociação que aconteceria a partir das 14 horas era aguardada com certa ansiedade e com muita desconfiança por todos nós. E vingou, conforme se observou nos vídeos e textos, a confirmação da desconfiança, ou seja, o Tribunal de Justiça nada apresentou neste primeiro momento. Uma grande vaia para o Tribunal de Justiça foi feita, com apitos, panelas batendo e os gritos de todos os colegas.
A falação passando os informes do que foi apresentado na negociação foi um momento de grande tristeza, por perceber que o Tribunal trata seus trabalhadores (muito produtivos por sinal), com o descaso que chega a constranger, mas uma tristeza que não foi maior que a resposta da própria categoria que estava ali reunida na frente do TJ. A categoria, por sua base, não aceitava a inércia da administração e foi protestar. Subiu a rampa do estacionamento do Tribunal de Justiça, numa forte chuva e demonstrou ao Tribunal que não arredariam o pé da greve sem uma resposta digna por parte do TJ.
Voltando para o hall de entrada os colegas se reuniram e deliberaram então pela organização no movimento aqui na região da Capital. Foram montados quatro grupos de trabalho ou comissões. A primeira de finanças, outra de eventos, a terceira de comunicação e a quarta de mobilização. Vários colegas assumiram as funções e começarão a produzir material, textos, vídeos, atividades de mobilização por toda a região de Florianópolis com dinheiro próprio e com apoio de outras entidades.
O dia se concluiu da mesma forma como começou, com uma chuva chata, daquela que testa a paciência e o ânimo do grevista, mas com um diferencial. Os trabalhadores decidiram tomar as rédeas do movimento, avançar na organização e mobilização. Agora a gente não vai arredar o pé da frente do TJSC em momento algum. Força companheirada!
Tribunal de Justiça não apresenta propostas e vai esgaçando a Greve
Foto do amigo Alexandre Furtado |
Se há objetivo em concluir a greve o Tribunal de Justiça deveria apresentar alguma proposta aos trabalhadores, e não convidar, como fez desde janeiro de 2014, os sindicalistas para tomarem cafezinhos. Como já foi afirmado neste blog a política do cafezinho já teve o seu tempo, e demonstrou para todos que de nada serve sem uma pressão forte da categoria, mas parece que a administração do Tribunal ainda não entendeu.
Com as falas propaladas no hall de entrada ficou claro para todos os trabalhadores que é hora de tornar a greve ainda mais forte. Em Florianópolis o comando de greve local constituiu Comissões de Comunicação; Finanças; Eventos e Mobilização a fim de tornar o processo mais democrático e organizado. Durante a tarde já começaram várias atividades e hoje teremos um cachorro quente em frente ao prédio do TJ, onde todos os colegas (mesmo os que não estão em greve) são convidados.
O Tribunal de Justiça deve apresentar alguma proposta hoje a fim de demonstrar que não está enrolando os trabalhadores. No Pleno desta última quarta-feira alguns desembargadores afirmaram que é necessário abrir o diálogo, o que demonstra que há espaço e que a ausência dos trabalhadores em seus locais de trabalho faz falta sim! Enquanto isto, toquemos nossa greve com o incentivo do Tribunal de Justiça.
Servidores indignados em Seara queimam pneus
Eu fiquei preocupado quando li no facebook essa notícia, mas o pessoal de Seara se superou e fica um abraço fraterno à todos, em especial ao Marcelo. Grande iniciativa.
Deputados indicaram pedido de negociação
Foto do amigo Gui Peres |
A correria dos últimos dias fez passar esta nota que só foi possível graças a mobilização dos trabalhadores do judiciário na terça-feira, quando recebidos pelos Deputados Dirceu Dresch, César Valduga e Serafim Venzon e a Deputada Luciane Carminati. Fica o agradecimento dos trabalhadores do judiciário que lá estiveram pela iniciativa.
15/04/2015
Não menos que no dia 9
As primeiras coisas que se decidem numa mesa de negociação é sobre os dias parados, sobre as perseguições que aconteceram e o fim de qualquer processo que restrinja direitos. Ou seja, os primeiros pontos a serem tratados devem observar aquilo que o Tribunal de Justiça avançou sobre o direito já constituído dos trabalhadores após o dia 9 de abril. Somente após a conclusão destes impasses é que poderemos discutir então o ganho real para todos os trabalhadores, pois não poderemos deixar ninguém para trás.
O ganho real de 16% é a pauta de nossa categoria, mas antes dela, agora, existem questões de princípios que devem ser respeitados. O retorno da situação anterior ao dia 9 de abril é partir do zero. Aceitar qualquer coisa partindo de menos que isto (seja com restrição de direitos ou exoneração de colegas) é sair de menos um. O Tribunal colocou o bode na sala e devemos ter a inteligência de saber retirá-lo como se ele fosse um nada, e dali para a frente exigir nossas condições para sair da greve, ou seja, inflação mais o ganho real de 16% fora todos os pontos já apresentados como pauta da assembleia do dia 31 de março. Força colegas!
Diário de Greve: dia 7
Completamos a primeira semana de greve com um saldo positivo. Os trabalhadores estão unidos, constituídos pela base de sua categoria, fomentando a maior greve do judiciário dos últimos anos objetivando o Ganho Real de 16% conforme deliberado na Assembleia Geral de 31 de março em Florianópolis. A manutenção do percentual de adesão elevado, a mobilização feita com os Deputados Estaduais, com alguns Desembargadores e a reabertura de canais de negociação são importantes, mas não temos nada de concreto ainda.
O dia começou mais cedo. Com o Tribunal Pleno reunido o Presidente do TJSC informou que foi designado o Desembargador Cláudio Valdyr Helfenstein para realizar o processo de negociação com a categoria. O Desembargador Cláudio é magistrado de carreira e atualmente é o 3o Vice-Presidente do TJSC. Segundo informações também já atuou como Advogado Trabalhista antes de ingressar na magistratura (esta última parte precisa ser confirmada).
No final da sessão do Tribunal Pleno o Desembargador Nelson Juliano fez um breve resumo do processo de greve. Próximo do horário do almoço os trabalhadores saíram do Tribunal Pleno e permaneceram na frente do Tribunal de Justiça. A tarde a direção do SINJUSC e dois membros do Comando de Greve tiveram uma reunião com o Desembargador Cláudio para iniciar as tratativas sobre o início do processo de negociação.
Ao descerem passaram o informe de que na data de amanhã, quinta-feira 16, nova reunião foi marcada para avançar nas discussões. A categoria então decidiu por permanecer em Greve, independente de qualquer movimentação do TJSC que não tenha um efeito real. A principal deliberação foi a de ratificar a deliberação da Assembleia de 31 de março e neste processo de greve ter como primeiro ponto a suspensão da decisão judicial de afastamento dos servidores dos fóruns, e segundo, a anulação de todos os atos e portarias que tenham prejudicado servidores afastando-os de funções ou cargos de confiança por motivo de greve.
Após os informes do Comando de Greve os trabalhadores que estavam na frente do Tribunal de Justiça deliberaram por participar também da mobilização contra o PL 4330 que trata da Regulamentação da Terceirização no Brasil. Projeto que se encontra no Congresso Nacional e pode acabar com todos os direitos trabalhistas existentes hoje. Com o PL 4330 todas as áreas fins de qualquer empresa poderão ser terceirizadas.
Uma grande chuva caiu durante o ato aqui em Florianópolis, mas vários guerreiros e guerreiras não arredaram o pé e foram para junto de todos os trabalhadores, da Educação, dos Agente Penitenciários, do Transporte Público e com várias centrais sindicais e demais sindicatos a fim de fazer um grande ato em defesa dos direitos dos trabalhadores.
O dia, longo por demais, foi cansativo mas também foi vitorioso. Não podemos arredar o pé, não voltar um centímetro sem que as conquistas se apresentem verdadeiramente. O primeiro ato, como deliberado em Florianópolis é pelo cancelamento de todas as determinações que tentaram regrar a greve e, segundo, anular todos os atos de punição, de afastamento ou exoneração de colegas em cargos e confiança ou funções gratificadas motivadas pela greve. Retroceder jamais!
14/04/2015
Até quando esperar...
Essa é da minha juventude (meninice na verdade), mas que deu um rumo no rock brasileiro. Um cheiro de naftalina legal e que traz boas lembranças. Quem curte basta clicar no clip.
Sobre o pleno de 15 de abril...
Foto tjsc.jus.br - Heloisa Guarezi |
Sobre a participação dos servidores no Tribunal Pleno este blog faz a seguinte consideração: é inadequado o ingresso dos trabalhadores ao recinto do Tribunal Pleno. Ele não é o espaço adequado para a realização de qualquer mobilização. Esta, deverá ocorrer ao lado de fora, junto da rua, em frente ao Tribunal Pleno, pois neste local alguns disseram que poderá haver afronta dos trabalhadores perante os Desembargadores, mas gostaria de lembrar que também já foram feitas várias provocações de Desembargadores aos Trabalhadores no recinto. E simplesmente por estes dois motivos é que o blog se manifesta no sentido de ingressarem apenas uns cinco ou dez trabalhadores junto ao Tribunal Pleno para acompanharem os debates e após trazerem os informes aos demais trabalhadores.
Se o Tribunal de Justiça considera inadequado a presença dos trabalhadores que sempre cumpriram com seus deveres junto das atividades judicantes, que não haja medo por parte do TJSC. Este não precisará trazer qualquer reforço policial, BOPE, CHOQUE, ou qualquer outra força da polícia para tentar "dominar" os trabalhadores. Não somos desordeiros senhores e senhoras Desembargadores(as) e senhores e senhoras juízes(as), somos trabalhadores que querem um pouco de respeito.
Concluindo, para mobilizar é importante realizar atos que demonstrem e fomentem a mobilização. Conclamar os trabalhadores para Florianópolis às suas expensas com o dinheiro do Fundo de Greve sendo guardado é simplesmente incoerência, se não era para gastar o dinheiro do Fundo de Greve este não deveria ter sido constituído. E sugerimos, com todo o respeito que temos por toda a categoria e pelos trabalhadores, que não ingressemos ao Tribunal Pleno, a fim de que alguns não coloquem a culpa por desandos naqueles que ali estiverem. Fiquemos com os nossos, pois ali encontraremos o abrigo e o amparo que o Pleno, com toda a certeza, não nos dará.
Diário de Greve: dia 6
É tanta coisa que acontece num dia de greve que a gente até perde a conta de publicar tudo aquilo que viveu. Parece engraçado, mas é verdade. O pessoal chega recolocando todas as faixas e cartazes que haviam sido retirados pelo Tribunal de Justiça (parabéns aos colegas que refazem este trabalho diariamente). Mas hoje o mais importante foi estar junto com os trabalhadores da educação, conversar com os deputados e ver que há sinais de diálogo do "outro lado do muro".
Chegando no Tribunal o pessoal continua com o som e com o mesmo espírito do primeiro dia. São falas, são explicações, são histórias que todo contam. E lá pelas tantas, após saber que Blumenau chegou a 86% de adesão as notícias começam a melhorar. A notícia também de que a Associação de Magistrados Catarinenses se colocava à disposição para intermediar a negociação com o Tribunal de Justiça já demonstrava um bom sinal.
E decidimos então, como atividade do dia, ir até a Assembleia Legislativa apresentar nossa colaboração com os trabalhadores da Educação que lá realizavam sua assembleia geral. No dia anterior um dirigente do SINTE veio ao Tribunal de Justiça apresentar sua colaboração e dizer que os trabalhadores da Educação estavam solidários conosco em nossas lutas.
A chegada na ALESC foi emocionante. Com todos os trabalhadores da Educação recebendo os trabalhadores da Justiça com aplausos, gritos de alegria e palavras de ordem. O apoio recebido e também passado aos irmãos da educação foi um momento emocionante na tarde de hoje. Estar e se encontrar enquanto classe trabalhadora é fundamental no sindicalismo. A força que surge neste momento não há como descrever, e amanhã a tarde isso se repetirá com certeza.
Depois de fazermos alguns discursos em apoio aos trabalhadores da Educação nos dirigimos às galerias da Assembleia Legislativa a fim de demonstrar para os Deputados que os trabalhadores da Justiça ali estavam. E fomos conversar com os Assessores dos Deputados(as) para marcar uma conversa com os mesmos.
Conseguimos então nos reunir para uma conversa no Plenarinho da ALESC com os Deputados Valduga do PCdoB, Luciane Carminati e Dirceu Dresch do PT e com Serafim Venzon do PSDB. Todos os quatro num mesmo momento atendendo, escutando e conversando com os trabalhadores do judiciário e se colocando à disposição para intermediar e pedir a abertura do diálogo com o Tribunal de Justiça.
Durante o debate com os Deputados o Comando de Greve Local (TJ-Capital) foi chamado para uma conversa com o Desembargador Ricardo José Roesler. E voltando ao Tribunal de Justiça, após a conversa com os Deputados que se comprometeram então a solicitar o envio de uma moção ao Tribunal de Justiça recebemos a informação do nosso Comando de Greve Local que o Tribunal de Justiça solicitava, por meio do Desembargador Roesler, o reencaminhamento do Ofício protocolado na semana passada dando conta da pauta de reivindicações estabelecida na Assembleia de 31 de março a fim de reabrir o canal de negociação.
Fomos então ao SINJUSC apresentar esta informação colhida junto ao TJ e aguardamos que a Direção do Sindicato providencie o envio da documentação para retomar o processo de negociação. Voltando ao Tribunal de Justiça terminamos o nosso dia com um acalentado pão com linguiça. Matou a fome e trouxe de volta um gostinho bom no final do dia.
Chegando no Tribunal o pessoal continua com o som e com o mesmo espírito do primeiro dia. São falas, são explicações, são histórias que todo contam. E lá pelas tantas, após saber que Blumenau chegou a 86% de adesão as notícias começam a melhorar. A notícia também de que a Associação de Magistrados Catarinenses se colocava à disposição para intermediar a negociação com o Tribunal de Justiça já demonstrava um bom sinal.
E decidimos então, como atividade do dia, ir até a Assembleia Legislativa apresentar nossa colaboração com os trabalhadores da Educação que lá realizavam sua assembleia geral. No dia anterior um dirigente do SINTE veio ao Tribunal de Justiça apresentar sua colaboração e dizer que os trabalhadores da Educação estavam solidários conosco em nossas lutas.
A chegada na ALESC foi emocionante. Com todos os trabalhadores da Educação recebendo os trabalhadores da Justiça com aplausos, gritos de alegria e palavras de ordem. O apoio recebido e também passado aos irmãos da educação foi um momento emocionante na tarde de hoje. Estar e se encontrar enquanto classe trabalhadora é fundamental no sindicalismo. A força que surge neste momento não há como descrever, e amanhã a tarde isso se repetirá com certeza.
Depois de fazermos alguns discursos em apoio aos trabalhadores da Educação nos dirigimos às galerias da Assembleia Legislativa a fim de demonstrar para os Deputados que os trabalhadores da Justiça ali estavam. E fomos conversar com os Assessores dos Deputados(as) para marcar uma conversa com os mesmos.
Conseguimos então nos reunir para uma conversa no Plenarinho da ALESC com os Deputados Valduga do PCdoB, Luciane Carminati e Dirceu Dresch do PT e com Serafim Venzon do PSDB. Todos os quatro num mesmo momento atendendo, escutando e conversando com os trabalhadores do judiciário e se colocando à disposição para intermediar e pedir a abertura do diálogo com o Tribunal de Justiça.
Durante o debate com os Deputados o Comando de Greve Local (TJ-Capital) foi chamado para uma conversa com o Desembargador Ricardo José Roesler. E voltando ao Tribunal de Justiça, após a conversa com os Deputados que se comprometeram então a solicitar o envio de uma moção ao Tribunal de Justiça recebemos a informação do nosso Comando de Greve Local que o Tribunal de Justiça solicitava, por meio do Desembargador Roesler, o reencaminhamento do Ofício protocolado na semana passada dando conta da pauta de reivindicações estabelecida na Assembleia de 31 de março a fim de reabrir o canal de negociação.
Fomos então ao SINJUSC apresentar esta informação colhida junto ao TJ e aguardamos que a Direção do Sindicato providencie o envio da documentação para retomar o processo de negociação. Voltando ao Tribunal de Justiça terminamos o nosso dia com um acalentado pão com linguiça. Matou a fome e trouxe de volta um gostinho bom no final do dia.
O tamanho do chicote não é maior que o tamanho de nossa força!
O Tribunal de Justiça continua radicalizando em suas decisões sobre a greve. Ontem, ao assinar uma determinação regrando o direito dos grevistas o Tribunal de Justiça extrapola suas funções de apenas cuidar das leis, começa a legislar sobre matéria que não lhe compete. Quantos votos tiveram os Desembargadores para começarem a legislar? Como dissemos ontem em frente a Vara Bancária de Florianópolis, a nossa força é maior que o tamanho do chicote do Tribunal de Justiça.
Neste sentido é importante informar também aos colegas que na data de ontem não participei da Reunião do Comando de Greve. Deliberamos em nossa reunião diária que outros colegas participariam a fim de fazer valer a democracia. Mas duvido que os colegas acataram tranquilamente a decisão do SINJUSC não pagar o transporte para amanhã na participação do Tribunal Pleno. Também não entendo o motivo de tal decisão uma vez que deliberamos pela utilização do Imposto Sindical para constituir um fundo de greve com mais de meio milhão de reais. Mas é isto, e o momento agora "não é de críticas".
O Tribunal, pelo que se pode perceber vai forçar ainda mais a greve. A proposição do Tribunal de Justiça, diferente do que apregoa para a sociedade, é sim de fazer a greve avançar dia a dia, de tal sorte que fomente o cansaço dos trabalhadores (para quem não sabe, fazer greve cansa mais que trabalhar), e para isto vai se utilizar de todas as armadilhas possíveis, como as deliberadas no despacho que ordena o afastamento dos fóruns, proibindo a entrega de panfletos, e tantas outras barbaridades.
Nossa força é grande companheiros! Somos todos trabalhadores que não deixaremos o nosso colega ao lado arredar o pé, pois ele precisa da nossa força. Hoje, para acalentar o coração de alguns colegas um assessor me disse: "Cláudio, eu sei que era importante eu fazer greve, e que nada irá substituir a minha presença aqui. Mas eu não posso. Fico envergonhado, mas te deixo R$ 500,00, para ajudar no café e no lanche dos nossos amigos". Com certeza a presença dele seria mais importante, mas a solidariedade que recebemos de alguns é um ombro amigo, e de um ombro amigo não podemos nos afastar. Nosso fundo de greve, aqui no TJ, retirado do bolso de todos nós colegas é de R$ 650,00. Não é muito, na verdade é pouco comparado ao imposto sindical, mas é o que tá garantindo nossas ações.
Companheiros e companheiras! Força na luta! A vitória é de quem peleja!
13/04/2015
"Solo le pido a dios"
Essa música foi uma ideia de uma grande amiga. É linda como todas as outras que temos postado neste blog. Espero que os colegas gostem tanto quanto eu.
Diário de Greve: dia 5
Foto da amiga Liliane de Chapecó |
O dia começa com informes dos colegas de todo o estado e com essa "maledita" decisão do TJ regrando o direito de greve, a qual já publicamos neste blog. Uma decisão autoritária, mas que na verdade trouxe mais gente para a greve, pois é uma afronta aos trabalhadores. Gostaria de saber se os juízes quando fizeram greve, como bem informou um Desembargador, foi obrigado a ficar afastado 200 metros de seu local de trabalho.
Bem, vamos adiante. Chegando no Tribunal todas as faixas e cartazes estavam recolocados. Parabéns aos colegas que não se deixam intimidar. Parabéns aos colegas que foram buscar o pessoal do CNJ com o broche pelo PCS. Parabéns aos colegas que pararam tudo e fizeram com que o TJ colocasse trabalhadores para trazerem material feito formiguinha do almoxarifado, pois não possuem carteira possível para dirigir caminhão.
Mas dali pra frente fomos passando informes e coletando informações. Ficamos felizes com a vinda da colega Lindalva Sasse de Blumenau e o Puerta Neto, ambos do comando de greve e que passaram o informe de toda a região do Vale do Itajaí. O informe é que a greve tá forte em toda a região e que a categoria não irá aceitar a decisão do TJ de proibir a greve.
Em seguida os trabalhadores resolveram fazer uma "vaquinha", a fim de comprar umas bolachas e um pouco de café para o movimento. Era muita gente que ficava ali e precisávamos de um pouco de alento, e um café com bolacha é sempre bom no meio da tarde.
Depois, como começaria a reunião do comando de greve lá pelas 16 horas, deliberamos por encaminhar colegas para participarem da reunião. Abrimos na nossa assembleia para a participação de colegas que nunca tiveram participado do comando. Isto torna o processo de decisão mais democrático e possibilita que novas lideranças se destaquem para o movimento sindical.
Quando o relógio bateu 16:30 horas nós deliberamos por ir fazer uma mobilização em frente da Vara Bancária de Florianópolis. Lá um colega foi destituído da Função de TSI. Nós avançamos pela Avenida Mauro Ramos, com meia pista interditada, e fomos para a Rua Anita Garibaldi, onde fica a Vara Bancária (coisa de uns 800 metros do TJ, próximo do SINJUSC). Ali no meio da rua fizemos nossa mobilização, em favor do colega que foi destituído, informando ao Diretor do Foro que não deixaríamos o nosso colega sozinho. Que estávamos com ele até o final.
Retornando ao Tribunal de Justiça os colegas fizeram uma visita ao Desembargador Rodrigo Collaço, que já foi presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros e que atendeu cinco participantes do movimento grevista. A conversa foi mais para saber como estava a leitura do Desembargador sobre o processo e ele repassou que a situação estava ainda muito tensa dentro do TJ, e o diálogo seria difícil ao seu ver.
De volta ao hall de entrada os colegas que foram na reunião do comando de greve já haviam retornado e passado os informes sobre o que havia sido discutido. A reunião ainda continuava com alguns colegas, mas o básico já havia sido discutido. Mais um cafezinho e o dia se encerrava nesta segunda-feira.
OAB-SC pede suspensão de prazos
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Santa Catarina, entrou com pedido de Suspensão de Prazos na tarde desta segunda-feira junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina por conta da Greve dos Trabalhadores do Judiciário que, em algumas comarcas, atinge 100%. O pedido também foi assinado pelos 44 Presidentes das subseções. Além do pedido feito pela OAB-SC o Presidente Tullo Cavallazzi Filho também solicitou que cada subseção faça o pedido junto de sua comarca.
Foi também constituída uma comissão na OAB a fim de acompanhar o movimento grevista formada pelos presidentes das comissões de Assuntos Judiciários (César Winckler), Prerrogativas (Rycharde Farah), e pelos presidentes da ACAT (Gustavo Villar Guimarães) e da Subseção de Joinville (Maurício Voos).
Diferente do Tribunal de Justiça que não constitui nenhuma comissão a fim de acompanhar e negociar com os trabalhadores a OAB-SC demonstra como se deve fazer política. Com o mínimo de bom senso e capacidade de diálogo que é o que falta ao Tribunal de Justiça.
Foi também constituída uma comissão na OAB a fim de acompanhar o movimento grevista formada pelos presidentes das comissões de Assuntos Judiciários (César Winckler), Prerrogativas (Rycharde Farah), e pelos presidentes da ACAT (Gustavo Villar Guimarães) e da Subseção de Joinville (Maurício Voos).
Diferente do Tribunal de Justiça que não constitui nenhuma comissão a fim de acompanhar e negociar com os trabalhadores a OAB-SC demonstra como se deve fazer política. Com o mínimo de bom senso e capacidade de diálogo que é o que falta ao Tribunal de Justiça.
TJ radicaliza e teima em regrar a greve!
Imagem do site pragmatismopolitoco.com.br |
O Comando de Greve irá se reunir nesta tarde para discutir vários assuntos, entre eles a vinda dos colega para a reunião do Pleno que acontecerá na próxima quarta-feira. É hora de decidirmos o nosso futuro!
Para acessar o informe dos Magistrados que decidem a regra do jogo da greve dentro do judiciário (patrão regrar o empregado dá nisso sempre), clique aqui.
Blog vai dar uma pausa pois autor pegou tuberculose
Imagem do site peixinhoo.thumblr.com |
Esse blog, então, também pegou a dita "tuberculose". Claro que não vai parar de escrever e tornar público aquilo que acredita ajudar na construção do movimento. Mas é importante entendermos como a mídia, como os conservadores observam àqueles que lutam pelos seus direitos, e direito até dos outros, são vistos como "doentes" realmente. E "doentes" devem sofrer intervenção a fim de serem "curados".
Mas a maior doença que acredito existir em nossa sociedade não é a corrupção, nem nada disso. A maior doença de nossa sociedade é considerar que a luta pela democracia, a luta pelo direito de quem pouco têm, a luta pela melhoria e ampliação do serviço público é a verdadeira doença. As pessoas devem entender que lutar por melhorias não é coisa de "vagabundo", de "revoltoso", é coisa de gente séria que se preocupa com os outros.
Devemos perceber quem realmente é doente em nossa sociedade. Se os que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela democracia ou quem se esconde e busca ser saudável sozinho.
12/04/2015
Tocando em Frente...
Essa é uma das músicas mais bonitas que eu já escutei. A lembrança que carrega cada uma das estrofes da música é algo impressionante. Cada qual traz da memória uma cena, um sorriso, um afago, um momento especial. Ao final do Projeto Trabalho e Saúde do SINJUSC lembro da edição de belas imagens de nossa categoria, em greves, em atos, em manifestações, em assembleias, em reuniões e com este fundo musical não tem como a gente não se emocionar. O CD com estas imagens está lá no SINJUSC, eu não trouxe comigo, mas trago as imagens na memória. Aqui no blog eu apresento apenas a música. Que os amigos aproveitem, pois greve não é apenas angústia, é também o momento de lembrarmos de coisas boas. E vamos nós pessoal, "tocando em frente..."
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