Foto da amiga Liliane de Chapecó |
O dia começa com informes dos colegas de todo o estado e com essa "maledita" decisão do TJ regrando o direito de greve, a qual já publicamos neste blog. Uma decisão autoritária, mas que na verdade trouxe mais gente para a greve, pois é uma afronta aos trabalhadores. Gostaria de saber se os juízes quando fizeram greve, como bem informou um Desembargador, foi obrigado a ficar afastado 200 metros de seu local de trabalho.
Bem, vamos adiante. Chegando no Tribunal todas as faixas e cartazes estavam recolocados. Parabéns aos colegas que não se deixam intimidar. Parabéns aos colegas que foram buscar o pessoal do CNJ com o broche pelo PCS. Parabéns aos colegas que pararam tudo e fizeram com que o TJ colocasse trabalhadores para trazerem material feito formiguinha do almoxarifado, pois não possuem carteira possível para dirigir caminhão.
Mas dali pra frente fomos passando informes e coletando informações. Ficamos felizes com a vinda da colega Lindalva Sasse de Blumenau e o Puerta Neto, ambos do comando de greve e que passaram o informe de toda a região do Vale do Itajaí. O informe é que a greve tá forte em toda a região e que a categoria não irá aceitar a decisão do TJ de proibir a greve.
Em seguida os trabalhadores resolveram fazer uma "vaquinha", a fim de comprar umas bolachas e um pouco de café para o movimento. Era muita gente que ficava ali e precisávamos de um pouco de alento, e um café com bolacha é sempre bom no meio da tarde.
Depois, como começaria a reunião do comando de greve lá pelas 16 horas, deliberamos por encaminhar colegas para participarem da reunião. Abrimos na nossa assembleia para a participação de colegas que nunca tiveram participado do comando. Isto torna o processo de decisão mais democrático e possibilita que novas lideranças se destaquem para o movimento sindical.
Quando o relógio bateu 16:30 horas nós deliberamos por ir fazer uma mobilização em frente da Vara Bancária de Florianópolis. Lá um colega foi destituído da Função de TSI. Nós avançamos pela Avenida Mauro Ramos, com meia pista interditada, e fomos para a Rua Anita Garibaldi, onde fica a Vara Bancária (coisa de uns 800 metros do TJ, próximo do SINJUSC). Ali no meio da rua fizemos nossa mobilização, em favor do colega que foi destituído, informando ao Diretor do Foro que não deixaríamos o nosso colega sozinho. Que estávamos com ele até o final.
Retornando ao Tribunal de Justiça os colegas fizeram uma visita ao Desembargador Rodrigo Collaço, que já foi presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros e que atendeu cinco participantes do movimento grevista. A conversa foi mais para saber como estava a leitura do Desembargador sobre o processo e ele repassou que a situação estava ainda muito tensa dentro do TJ, e o diálogo seria difícil ao seu ver.
De volta ao hall de entrada os colegas que foram na reunião do comando de greve já haviam retornado e passado os informes sobre o que havia sido discutido. A reunião ainda continuava com alguns colegas, mas o básico já havia sido discutido. Mais um cafezinho e o dia se encerrava nesta segunda-feira.
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