10/09/2016

As lutas de uma categoria

 
Imagem do site www.folha.com.br
        Observava ontem na Folha de São Paulo a Greve dos Bancários. Trabalhadores que sempre estiveram na vanguarda do movimento sindical e que atuam conjuntamente contra uma das maiores instituições (senão a maior) do Brasil, a FEBRABAN. A pauta dos bancários para 2016 é reposição inflacionária de 9,57%, ganho real de 5%, benefícios de R$ 880 em vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche e piso de R$ 3.940,24.


          Enquanto os trabalhadores continuam sua luta contra a poderosa FEBRABAN, esta oferece: 7% de reposição, piso salarial de R$ 2.856,31 e abono de R$ 3.300,00. Comparando com o Tribunal de Justiça em 2016 temos uma reposição parcial da inflação de 3%, um piso salarial de R$ 1.440,60, e um "vale peru" que teve seu último suspiro em 2014.

          A luta dos bancários acontece todos os anos. Infelizmente tem coisas que precisam ser feitas e lutas que necessitam ser travadas a fim de que o salário dos trabalhadores não seja corroído. Hoje, nós os trabalhadores do judiciário compramos 10% menos com os nossos salários. Temos que cortar na carne para conseguir chegar até o final do mês com nossos salários. Olhar para os nossos colegas bancários é perceber que a luta traz conquistas e que não está morto quem peleja.

5 comentários:

  1. De fato, a trajetória dos bancários e da rede sindical em que se amparam deve nos servir como fonte de inspiração e estudo. Paulo Freire defende a tese de que a teoria da ação opressora é "dividir para manter a opressão". A unificação pode ser uma ameaça à hegemonia das elites. Basta verificar que naquela base sindical dos bancários nao existem associações desvinculadas dos sindicatos. Enquanto aqui entre nós parece que a máxima é dividir e dividir cada vez mais.

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  2. Putz... Dei azar... se tivesse ficado como bancário estaria melhor que essa "poha do tribunal de justiça"... e trabalhando só 6 (seis) horas por dia... Merda!!!

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  3. Tambem fui bancario....e parece q a longo prazo considerando perda de beneficios e sindicato fraco parece q sai perdendo.... Tj fdp

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  4. O papel do Sindicato é muito relativo, e depende em grande parte da relevância dos serviços prestados à sociedade.
    Vejamos o caso dos trabalhadores do transporte coletivo, por exemplo. Ainda que seu sindicato seja forte, não teria o mesmo poder de barganha se o serviço não fosse extremamente necessário ao funcionamento normal da cidade.
    Agora o Judiciário fica se achando, quando uma greve de 45 dias não causou quase nenhum prejuízo. Sim, porque o que são 45 dias dias perto de um processo que se arrasta por anos? A meu ver, a magistratura não está nem um pouco disposta a mudar esse quadro, afinal eles não são responsabilizados diretamente, além de terem seus privilégios garantidos (muitos deles impactam diretamente no andamento processual), mas os servidores ficam de mãos amarradas.
    Então ou se mudam as leis e o rito processual, ou ficaremos eternamente nos desgastando por migalhas.

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  5. Larguei de ser bancário pra trabalhar no TJ. Se arrependimento matasse...

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