23/03/2016

Os desdobramentos de uma reunião...

 
Imagem do site pensamentosdeumguerreito.wordpress.com
        As frases da notícia do SINJUSC sobre a reunião de negociação acontecida ontem (22/03) são assim“...encontra-se adiantado um estudo...” sobre os descontos; ou “...o índice será apresentado...” sobre a data-base; tem também aquela sobre o NPCS “...com a criação de uma equipe para avaliar o plano...”, e sobre o auxílio-alimentação dos aposentados “...demonstrou interesse pela proposta...”; sobre promoções “...a Administração ventilou a possibilidade...”; o auxílio-creche “...propensão de efetuar os pagamentos...”. Concluindo, uma nova reunião foi marcada para 11 de abril e a direção do sindicato afirma: “Este encontro serviu como um avanço nas negociações...”, difícil de engolir.


          Entendo que não precisamos aprofundar demasiadamente aquilo que foi exposto no texto do próprio sindicato. Simplesmente existe uma série de levantamentos, estudos, avaliações, interesses, possibilidades, ventilações, propensões, etc, etc, etc. As palavras escolhidas dão exatamente o tom de como as coisas andarão daqui pra diante. Uma nova reunião foi marcada para daqui 20 dias e adentramos em abril (4o mês do ano). O novo encontro será feito às portas de nossa data-base. E até lá? Haverá uma assembleia geral da categoria? Acontecerão as “Assembleias Regionais”?

          Aos magistrados foi reconhecido pelo Tribunal de Justiça o direito da retroatividade de vantagem pecuniária percebida em decorrência da participação de magistrados em Turmas de Recursos, com pagamento efetuado em forma administrativa, ou seja, os pagamentos serão efetuados pelos cofres do Tribunal de Justiça, com as famosas transferências de dinheiro por Resoluções da DOF com a conhecida rubrica "vencimentos" sendo diminuída dia a dia e crescente aquela que vem explícito “exercício findo”.

          A frase inicial do texto do SINJUSC, agradecendo aos colegas que participaram da chamada "PARADA LEGAL" que teria sido realizada ontem dá a ideia de para onde estamos caminhando. Um sindicato que não dialoga com a base da categoria (mesmo para decidir paralisações), uma série de requisições que não avançam, e uma série de legalidades (como o não pagamento de promoções, de auxílio-creche, e tantas outras coisas) que são esquecidas e lesam profundamente os trabalhadores. Aparentemente a "legalidade" não é mais preocupação do Tribunal de Justiça.

          O que virá lá na frente é uma dúvida para todos nós. O tempo está passando, os avanços não estão acontecendo e direitos estão sendo perdidos. Os órgãos de discussão de nossa categoria não são prioridade do nosso sindicato, que retira a possibilidade de comentários nos textos produzidos, não faz assembleia regional, não promove assembleia geral e decide tudo de forma "encastelada". Sem a democracia e o diálogo as decisões tomadas nos levam para estes lugares, onde direitos não são reconhecidos, onde projetos não avançam e onde a categoria não possui vez nem voz.

5 comentários:

  1. A melhor parte sobre os descontos da greve é que há um estudo visando a suspensão dos descontos da greve e, sendo ironico, somente no dia 11 de abril serão definidos os termos!! Ora srs. que termos??? Vão discutir somente suspensão dos descontos agora que a maioria já compensou ou descontou de folgas vencidas e banco de horas?? Mas esse sindicato come muita mosca mesmo.

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  2. Este sindicato e o pior do Brasil, talvez do mundo. E muita incompetencia. Estao nitidamente favorecendo o tjsc. Isto nao existe. E dificil de acreditar.

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    1. Com certeza. E prepare-se, porque vai piorar.

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  3. É tão ridículo o represamento do auxílio-creche porque é um valor irrisório ao TJSC. Devem estar devendo, no máximo, uns 50 auxílios. Estes valores foram destinados ao pagamento de atrasados da magistratura.

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  4. Quero saber é quando o presidente deste tribunal vai se dignar a receber os servidores. Não merecemos respeito, nem atenção.

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