22/09/2015

A reforma da previdência vem aí e nós, o que faremos?

 
Imagem do site vitimasdoinss.blogspot.com.br
        Saiu ontem (21/09) na coluna do comentarista político Moacir Pereira o informe de que Raimundo Colombo fará a reforma previdenciária com os servidores públicos do estado. Nenhuma nota saiu a respeito do assunto no nosso sindicato. Vamos deixar passar mais esse arrocho em cima dos trabalhadores do estado? Nada faremos para barrar essa reforma?


          A crise econômica é a desculpa necessária para os que coordenam a política a usem para retirar direitos dos trabalhadores. Raimundo faz isto e afirma: “se não houver reforma previdenciária não adianta criar ou aumentar impostos porque a tendência é de agravamento da crise econômica”. Ou seja, não é uma questão de crise, é uma questão de objetivo político, acabar com a previdência dos trabalhadores. Por que não acaba com a aposentadoria especial dos Governadores para começar?

          Quanto ao chamado “buraco” da previdência afirma o governador: “O déficit mensal da previdência no Estado é de R$ 250 milhões para pagamento de 49 mil aposentados e 11 mil pensionistas. Acusa que “servidores se aposentam com 46, 47 anos de idade com salário cheio e não há fundo suficientes”.” Contudo, fazendo uma conta rápida, sendo 60.000 (sessenta mil servidores – aposentados/pensionistas), e com um déficit (só o déficit sem contar a receita) de R$ 250 milhões, então cada servidor aposentado/pensionista ganharia no mínimo R$ 4.166,67 (quatro mil, cento e sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos), coisa que é uma enorme mentira.

          Também gostaria de saber onde os trabalhadores se aposentam com esta idade de 46 ou 47 anos? Pode até ser que alguém, com problemas graves de saúde consiga este benefício, ou alguma categoria com características especiais, mas tratar o assunto de forma genérica, como se todos fossem “vagabundos” como disse um dia Fernando Henrique Cardoso já é um absurdo. Todos os trabalhadores hoje, em regime normal, trabalham até os 60 anos de idade (homens), e ainda perdem o auxílio-alimentação, adicional de permanência, entre outros penduricalhos que só nós sabemos.

            É hora de tomar posição e lutar pela previdência dos trabalhadores. Até hoje o Conselho do IPESC nunca se reuniu e nunca foi aberto a caixa-preta da previdência catarinense. Jogar a culpa no colo dos servidores e chamá-los de incompetentes é tarefa comum e fácil, defender o serviço público e seus trabalhadores é para poucos e corajosos. Tá na hora de saber de que lado está o nosso sindicato.

Um comentário:

  1. Peço que analisem se estou correta: acredito que parte do rombo da previdência está sendo gerado pelo TJSC. É o seguinte, como ele não paga as promoções, os salários estão estagnados e, assim, não tem havido o crescente incremento na arrecadação previdenciária, previsto mensalmente, porém gerando aumento no déficit mensal.

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