05/07/2015

Analisar a assembleia de Balneário Camboriú é difícil...

 
Foto Cláudio Del Prá Netto
        Analisar a Assembleia Geral da Categoria realizada no último dia 04 de julho em Balneário Camboriú é tarefa difícil. Esvaziada não apenas de participantes, mas principalmente de direção política, a assembleia foi tratada pela diretoria como uma ação protocolar. Parecia que o objetivo era apenas aprovar as contas de 2014, apresentar o relatório do PCS entregue ao Conselho de Gestão e falar que os Jogos do Judiciário estão em risco.


          Alguns colegas propuseram para a mesa a realização de uma avaliação política sobre o movimento paredista de mais de quarenta dias, contudo, a direção do sindicato não estava disposta a isto e considera que agora o NPCS deve passar por algumas "etapas". Não seria mais uma questão política, o NPCS voltou a ser uma questão administrativa a fim de galgar etapas.

          O que se percebeu em Balneário Camboriú é que a greve custou caro para todos nós trabalhadores, não apenas no nosso bolso com o desconto, tampouco com a reposição de horas para quem está cumprindo, mas também para o cofre do sindicato que usou o imposto sindical. Antes, com uma assessoria de Pita Machado, que custava aproximadamente R$ 11.000,00 por mês, só nesta greve gastou-se com as novas Assessorias contratadas aproximadamente R$ 125.000,00. Ou seja, o valor de R$ 125 mil gasto além da existência de uma assessoria jurídica própria, e para não trazer nenhuma vitória para os trabalhadores.

          Além disto percebeu-se que o SINJUSC contratou uma enormidade de assessorias. É até importante a contratação de assessorias, faz o sindicato ao menos ter capacidade técnica. Contudo, é necessário que estas assessorias apareçam e apresentem as suas contribuições, como o colega Daniel Passos, o Matemático, o Ari e alguns outros. Triste é ver que o Instituto Rainoldo Uesler, que o SINJUSC teima em afirmar que assessora do sindicato não se fez presente, aparentemente não apresentou até o presente momento uma lauda sobre nada (ao menos o SINJUSC não demonstrou até hoje nada), e vai consumir mais de R$ 60.000,00 dos nossos cofres (além de todos os outros nominados remunerados).

          Aos final, porque "as pessoas precisavam ir embora" como afirmou o Presidente Laércio, foi informado que a comarca de Tubarão não será mais a anfitriã dos Jogos do Judiciário em 2015, e que o mesmo será realizado, aparentemente, em Fraiburgo. Não ficou muito claro o motivo, tampouco se Fraiburgo terá condições de realizar os jogos (faltam pouco mais de três meses para a sua realização), e quanto será destinado para a feitura dos mesmos.

          Analisar a assembleia de Balneário Camboriú sem a assembleia ter analisado a greve de 2015 é um ato difícil. Parece que o passado tem sempre que ser esquecido e apagado, ao menos nestes tempos que vivemos. Triste foi ouvir de uma colega que a culpa da greve foi "a categoria ter induzido a direção para uma greve". Aparentemente a colega não esteve em Lages quando a direção do sindicato indicou pelo movimento paredista. Não dá para tapar o sol com a peneira, acho que uma das poucas coisas que valeu a pena foi a fala do Luizinho e o Daniel Passos com a sua bela apresentação que replico aqui para os colegas.

7 comentários:

  1. SINDICATO ESCONDE O JOGO PRA PASSAR DE BOM MOÇO. NÃO ME ENGANAM MAIS!! FORA CAMBADA!!

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  2. Marco Costa/Florianópolis06/07/2015, 08:47

    Se o SINJUSC é a entidade que nos representa e que, apesar de nossos esforços, pouco ou nada fez, então só nos resta duas alternativas: nos articularmos para uma nova chapa para as eleições que virão, ou destituir a atual diretoria. Esta medida, a meu ver, não tem nada de antidemocrática, muito pelo contrário.

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  3. Gostaria de ter participado. Infelizmente, minha saúde não anda das melhores.
    Fiquei me perguntando qual foi a utilidade prática, para a categoria, dessa assembleia.
    "Cumprir tabela"? Parece que nem pra isso serviu.
    Afinal, o tema "análise da greve" ainda é uma ferida aberta que está a merecer uma atenção da direção do sindicato, até porque suas consequências (descontos, reposição de horas, assédio moral) ainda permanecem BEM vivas no cotidiano de seus filiados.
    Outra pergunta que eu gostaria de ter feito é: depois do tratamento desumano (para não dizer pior) dispensado a nós pela direção do TJ durante (e após) a greve, e em face das inúmeras hostilidades e retaliações fomentadas pela grande maioria dos juízes em todo o estado, ainda vamos "tolerar" magistrados e seus parentes em NOSSOS jogos? Sim, porque uma coisa ficou BEM clara nesse greve: ELES não nos consideram como iguais. Não somos "parte" da família DELES.
    Infelizmente, hoje "Família Forense" (nós) e "Família da Magistratura" (eles) são coisas bem diferentes.
    Não é questão de reciprocidade. É questão de dignidade.
    Alguém receberia em sua casa, como um amigo, alguém que "te pisa" quando você está precisando de ajuda?

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  4. Valor do Auxílio alimentação do TCE/SC já foi reajustado pra R$ 1.264,26. E nós agradecendo o TJSC por ficar dois anos sem reajuste... Lá, inclusive os aposentados recebem, com o título de "abono alimentação".

    Sugiro consultarem no Portal da Transparência do TCE/SC nesse endereço:

    http://portaldocidadao.tce.sc.gov.br/sic/

    Observem como nossa remuneração (TJSC) é uma piada...

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  5. Cláudio
    Dá uma olhada no portal da transparência. Olhei o meu e o seu contracheque de maio e tá normalzinho, como se não houvesse desconto algum e, por incrível que pareça, os descontos de IPREV e IRRF constam iguais aos que foram lançados na folha de maio, com desconto da greve, ou seja menores, tanto que na devolução de junho veio desconto referente a isso. Resumindo, quem olha nossa folha de maio percebe um recebimento líquido irreal, mesmo somando a devolução de junho. Compare suas duas folhas (maio e junho) com a folha de maio do portal da transparência, faça as contas e perceba você mesmo.
    Abraços

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  6. Não há motivos para confraternização. Jogos deveriam ser cancelados.

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  7. Os historiadores afirmam que a história não se repete. Concordo. Mas posso dizer que eventos do passado, com algumas alterações, e por isso diferentes, voltam a nos assombrar. Exemplo: direção de sindicato "pelego". Qualquer referência à "Era Vargas" é mera coincidência.

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