22/05/2015

Assembleia: Qual a sua opinião?

Imagem do blog swanmarie.blogspot.com.br
          Um colega fez um comentário no último post publicado (20 de maio), questionando a minha opinião sobre os últimos acontecimentos, pedindo para escrever o que eu achava de tudo. Engraçado. Ainda ontem falando com um amigo eu tinha afirmado que não iria fazer nenhum posicionamento no blog sobre tudo isto. E vou cumprir a promessa. Vou cumprir a promessa mas fazendo o seguinte questionamento: Qual a opinião da Direção do SINJUSC sobre a greve? Devemos avançar e forçar mais ganhos ou é hora de suspender a greve?

         Eu acompanho vários grupos de watsap pelo celular, vejo constantemente os grupos de facebook, mas sou uma pessoa que pouco se manifesta nestes ambientes. Um pouco por inabilidade tecnológica (o pessoal é muito rápido em tudo e eu não tenho esse pique), um pouco para não criar polêmica, e um pouco por preguiça. Mas saber a posição dos colegas hoje em dia tá muito fácil. Vários amigos já se posicionaram e afirmaram que ou vão ficar, ou que vão sair da greve. Assim, o problema, como sempre, não está na base do nosso sindicato.

          Lembro de uma reunião do Comando de Greve que aconteceu na tarde anterior a nossa grande assembleia de abril. Aquela com umas 3.000 ou 4.000 pessoas. A posição de um diretor do SINJUSC na reunião do Comando foi uma e na Assembleia foi outra. Isso me deixou meio incrédulo naquela assembleia e vários colegas vieram me cobrar o motivo de não falar, de não expor o que eu estava pensando, o que eu achava que deveria fazer. Respondo aos amigos, quando a Direção do sindicato diz uma coisa no Comando de Greve e faz outra na Assembleia, a gente fica sem entender o que pensa a nossa Direção.

          Assim, este post é mais para perguntar para os nossos Dirigentes Sindicais legitimamente eleitos: Qual posição a Diretoria do SINJUSC irá defender diante de toda a categoria? Gostaria muito de saber a posição que o Laércio irá defender. Que o Luis irá defender. O que defenderá o Maurí? Qual a posição do Rinaldo, do Régis, do Carlos, do João, do Valdevino, do Antônio, da Patrícia, da Beatriz, da Jane, do Rui, do Felipe, da Mara e da Kátia? Qual a posição da Diretoria do SINJUSC? Vi poucos Diretores de nossa entidade de classe se manifestarem em assembleia até hoje. Alguém viu? Tampouco vi indicativo ou posicionamento, da nossa Direção. Tarefa bastante fácil dizer "façam a greve e se precisarem nós estamos aqui".

          Desta forma eu considero que mais do que saber o que cada um de nós da base está pensando em defender eu gostaria mesmo é de saber, depois de 43 dias de greve, o que pensa a nossa Direção. Tá na hora da Direção indicar a "direção" para a categoria. Ao fazer isto a Direção não está indo contra a democracia, pois na democracia há a possibilidade de apresentar e defender a posição de cada um (ou vocês acham que a Direção do Sindicato não têm uma opinião para dar?), isto não é ser ditatorial como tenta fazer pensar um atual diretor do sindicato. Ainda mais um Diretor, pois este está diretamente conversando com todas as comarcas, conversando com a administração do TJ, e tendo tempo para discutir com toda a sua diretoria qual o melhor caminho para seguir. Indicar direção é função da Direção.

          Depois de 43 dias de greve sem apontar caminhos seria interessante, finalmente, que a Direção do nosso sindicato apresentasse a sua posição sobre o que fazer. Não cola mais o discurso irresponsável de dizer "faremos o que a maioria decidir", tentando de eximir de responsabilidades que possui quem foi eleito democraticamente. A nossa Nau precisa de um timoneiro. Para concluir o texto, que já ficou longo demais, eu gostaria é de saber simplesmente: O que indica a minha Direção?

19 comentários:

  1. Bem, se a nossa nau está sem timoneiro, ou seja, estamos a deriva, entendo que devemos aportar no porto mais próximo, isto é, ficarmos com o que já temos nas mãos. Se não é o ideal, longe disso, pelo menos é uma oportunidade de, em terra firme, refletirmos sobre tudo o que se passou, sobre as nossas experiências, aprender com elas e, nas próximas eleições do sindicato, escolhermos pessoas hábeis em navegar em águas turbulentas para que não precisemos descer no primeiro pedaço de terra firme que nos oferecerem. Com todo o respeito, levando-se em conta a qualidade e competência da nossa direção sindical, acho que devamos ficar grato por ter conseguido algo.
    Insistir, entendo que seja um erro, já que estamos à deriva.
    O mais importante para mim, foi ver que a categoria apreendeu a se manifestar, a se posicionar a fazer greve, perdeu o medo. O que nos falta, é uma direção melhor, comandantes melhores. Precisamos apenas corrigir isso e no futuro, com a nau recarregada, nos lançarmos ao mar novamente em busca de mais conquistas, já que agora sabemos é o planeta é uma esfera e que não vamos cair no abismo do horizonte.
    Ou vamos continuar navegando sem rumo até um naufrágio? Abraço a todos.

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  2. Já estou farta disso! Esses impostores têm que ser desmascarados. Em vez de nos apoiar e beneficiar, estão lutando contra nós. Um sindicato que quer acabar com uma mobilização desse nível, que é o sonho de todo sindicalista, é algo surreal. E olha que o SINJUSC está minando nossa greve desde o início. Deus nos livre dessa gente de duas caras!

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  3. Fala sério... Tá na cara que irão arregar!!! Escreve o que eu digo: São uns ARREGÕES!!

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  4. Claudio, compartilho de suas dúvidas.
    Aliás, acho que o título mais adequado para este artigo seria "Diretoria do SINJUSC: Qual a sua opinião?". :)
    Isso lembra-me um caso (dizem que é verídico) de um juiz que vivia despachando "Diga o Autor", "Diga o Réu", "Diga o MP", e assim sucessiva e repetidamente. Num determinado momento, Autor, Réu e MP assinaram uma manifestação conjunta nos seguintes termos: "Agora diga o Juiz".
    Parece-me ser a situação vivenciada no momento. "Agora, diga a Diretoria do SINJUSC!"

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  5. Semana que vem tem o FONAJE, mais uma semana de greve não vai fazer tanta diferença assim, então a categoria tem que aproveitar o que tem nas mãos. Ainda dá tempo para a diretoria se ligar e assumir uma postura firme(segundo o tópico e comentários anteriores), aproveitar o momento (quase 4000 da última Assembleia) e tudo o mais. Para refletir "Toda manhã você tem duas escolhas: continuar dormindo com seus sonhos ou levantar e lutar para torna-los realidade! A Escolha é sua..." http://img.olx.com.br/images/42/425516032104869.jpgrealidadehttp://img.olx.com.br/images/42/425516032104869.jpg

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  6. Penso que era hora de enfrentar a turbulência, aproveitar o mar revolto e o vento forte para impulsionar o barco, mas como diz o colega acima (o capitão não tem experiência e é o primeiro a querer atracar). Como vamos ter confiança pra enfrentar o mar revolto assim? Melhor salvar nossas vidas e aguardar por um capitão de verdade.

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  7. Ora, como é que uma GREVE! QUE É CONSIDERADA A MAIOR DE UM JUDICIÁRIO NO PAÍS, pode simplesmente acabar assim???? De forma "mesquinha"??? Sinceramente, dia 25 todos os servidores deveriam dizer SIM!! A GREVE CONTINUA!!

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  8. Acredito que o momento é de voltar a trabalhar e ficar com o que já se tem na mão. Não é o ideal, mas é algo, como já foi dito acima. A atual direção do sindicato só nos decepciona. Não soubemos votar, é fato. Ficar em greve e continuar os descontos no salário é muito difícil.

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  9. É justamente o risco de perder a legitimidade que faz a direção não divulgar sua opinião.

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  10. TJSC proíbe ocupação de prédios públicos pelos grevistas da educação, mas nega retorno às aulas
    22 de maio de 2015

    O desembargador Jorge Luiz de Borba atendeu em parte a um pedido de liminar do governo estadual e determinou que os grevistas do magistério estão proibidos de fazer manifestações a menos de 200 metros de prédios públicos. Também está garantida pela liminar que os grevistas não poderão tentar impedir o funcionamento das escolas e o trabalho dos professores que não aderiram à greve. A multa para descumprimento é de R$ 20 mil para cada um dos dois itens.

    O pedido do governo incluía a determinação de imediato retorno as aulas dos professores que aderiram o movimento, mas esse ponto foi negado pelo magistrado. Ele apontou o direito de greve dos servidores e que não há dano irreparável até o momento. De acordo com o governo, na fundamentação do pedido, 12 escolas estão totalmente paradas pela greve.

    A decisão impede a ocupação da Assembleia Legislativa, um dos atos mais simbólicos do movimento grevista até agora.

    PARA OS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO, HÁ O DIREITO DE GREVE, PARA OS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO, O DESCONTO...

    http://app6.tjsc.jus.br/cposg/pcpoQuestConvPDFframeset.jsp?cdProcesso=01000UMAQ0000&nuSeqProcessoMv=12&tipoDocumento=D&nuDocumento=8042602

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  11. Claro Claudio. Acredito que eu e outros colegas ficamos curiosos com qual a posição anterior do diretor do sinjusc na reunião com o comando e qual a adotada no dia do evento. Pela ostensividade já imagino quem seja, mas não é o que lhe peço que esclareça agora. Acho que seria mais válido dizer a posição anterior, haja vista que nos auxiliaria a entender melhor a postura do sindicato. Ademais, é triste ver que o sindicato se omite, o comando desmobiliza e a greve que era dos servidores, vai virando a greve do comando, em que as pessoas se guiam por falsas premissas: "a proximidade da declaração de ilegalidade" e escondendo que a real preocupação é com os descontos.

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  12. Muita gente preocupada com a greve ser declarada ilegal. Algum entendido poderia explicar pq a greve seria julgada ilegal?

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  13. O PJSC sentirá o reflexo de milhares de servidores EXTREMAMENTE indignados e desmotivados. Estejam certo disso, nobres senhores!

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  14. Arregar ou não arregar!?
    Por óbvio, o aumento oferecido pelo TJ está longe do que merecemos e daquilo que é possível ser concedido a nós servidores. Orçamento existe e todos nós sabemos disso, em que pese o TJ afirmar que não. Orçamento, sempre o orçamento.
    Entendo que seja esse o nó que devamos desatar para que possamos dar um passo à frente e alcançarmos melhores resultados por meios das nossas reivindicações e movimentos.
    No momento, vejo como incompatibilidade tratarmos do nosso aumento com a questão do orçamento do TJ, tendo em vista que essa fato (investigação do orçamento) causa a ira em nossos dirigentes e, por consequência, mina qualquer espírito de compreensão capaz de atender as nossas reivindicações.
    Por esse motivo, com o devido respeito aos que entendem de forma diversa, entendo que seja o momento de termos a humildade de aceitarmos o que nos é oferecido, não obstante estar longe, muito longe do que merecemos, levando-se em conta que apenas podemos afirmar que o problema não seja orçamentário, sem contudo, poder provar isso.
    Entendo que devamos voltar ao trabalho, conscientes de que o movimento valeu a pena, pois, acima de tudo, fizemo-nos enxergar, mostramos a nossa força, contudo, não será um adeus à greve e sim um até logo.
    Devemos na sequência, já que iniciado o processo, trabalharmos de forma incansável na quebra da caixa preta do orçamento do TJ, trazer cada centavo gasto à luz para que, em posse desses dados, futuras reivindicações e movimentos não tenhamos a retórica do orçamento contra nós. Daí sim, podemos iniciar um movimento forte e extremamente legitimado ante todos, pois poderemos mostrar e comprovar a quem quer que seja, que o problema é político e não orçamentário.
    Colegas, em que pese não termos alcançado o que merecemos, estamos com a cabeça em pé. A partir desse momento histórico a situação mudou, virou-se a página. Aprendemos a lutar, a se manifestar e fazer greve e o TJ sabe e teme isso.
    Vamos aproveitar a união, a força e a oportunidade que esse movimento nos trouxe para, de uma vez por todas, quebrar com o orçamento do TJ e, em futuro movimento, alcançarmos o que merecemos, pois a retórica não estará mais no lado deles.
    Concluindo, entendo que não seja uma questão de arregar ou não arregar. Devemos usar a inteligência, pararmos agora com sentimento de vitória, nos preparamos melhor e, se for necessário, voltarmos com mais força e consistência.
    Abraço a todos.

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  15. Claudio, a posição da diretoria do Sinjusc também é uma incógnita para min. Não apenas neste momento, mas durante boa parte do movimento paredista. Ficamos meio perdidos aqui nas comarcas, sem qualquer informação e sob ameaças de toda sorte. Presenciei um diretor passar na comarca uma única vez depois daquela malfadada proposta do TJ que foi "redigida" pelo Sinjusc, mas o sujeito parecia saber menos do que os colegas. Foi realmente decepcionante. A sensação que tenho, como você bem frisou, é que estamos mesmo sem um timoneiro!

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  16. DESMOTIVAÇÃO total na volta ao trabalho. Logo logo seremos o último no ranking de produtividade.

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  17. Sério, também acho que devemos ir com tudo para cima do orçamento. Acabar de uma vez por todas com essa palhaçada de extra com retroatividade. Se não tem dinheiro para nós não vai ter para ninguém. Se acontecer de sair mais extras ir na assembleia, na imprensa e colocar a boca no trombone. Sério, não preciso de um centavo de aumento, só de ver essa galera vermelha de raiva por não poder mais farrear com o dinheiro do povo, já é o suficiente para mim. Se isso acontecer, rolo de rir o dia inteiro.

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  18. Sinto um misto de sentimentos: raiva, indignação, desmotivação, NOJO!!!

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  19. Até voltei a trabalhar, mas, com certeza, não será como antes não!!!

    #devagarquaseparando

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