19/03/2015

PJSC - Apenas 46% consideram a remuneração adequada ao desempenho

      Saiu nas notícias do Tribunal de Justiça na data de ontem (18/03) que apenas 46% dos trabalhadores consideram a remuneração adequada ao desempenho de suas atividades, pior que isto é a oportunidade de promoção no cargo, que ficou em 32%, a política de benefícios atingiu satisfação de 44% e o que mais chama a atenção é que somente 39% estão satisfeitos com o benefício do plano de saúde do Tribunal.

      Estes dados obviamente que não traduzem uma realidade percebida por todos, mas como um padrão que deve ser encarado com os devidos cuidados. Que o auxílio-saúde (que não é auxílio-saúde coisa nenhuma é transferência de dinheiro público para planos privados) é aceito apenas pelos 39% que se beneficiaram disto nós não temos dúvida (este número fecha exatamente com o número de pessoas que ganham alguma coisa apenas). O importante era o Tribunal de Justiça conceder o benefício da mesma forma que o auxílio-alimentação, ou seja, de forma indistinta para todos os trabalhadores (o projeto não era fazer no mesmo valor do auxílio-alimentação afinal? E por falar nisto como anda o auxílio-alimentação dos aposentados? O TJ está prestes a "passar a faca" já no próximo mês?)

      Sobre as possibilidades de promoção não há o que falar, pois elas não existem dentro de nossa carreira. O que existe é a possibilidade de ser indicado para alguma função gratificada ou algum cargo de confiança. Torcendo para o colega que atualmente ocupa esta função/cargo passar num novo concurso, ser removido para outra comarca, aposentado ou que porventura (tomara que não) caia na desgraça do seu superior. É a única forma de ganhar "algum a mais" e alguns colegas enxergam isto como uma “promoção”, que na verdade não é.

      A política de benefícios alcançou a satisfação de 44%. Daí se observarmos que é um número próximo daqueles que ocupam um cargo comissionado então veremos que o percentual não é tão destoante da realidade. O importante era o Tribunal de Justiça segmentar os dados obtidos e expandir a possibilidade de análise daquilo que foi coletado. Tratar o número encontrado como igual é dizer que os Diretores-Gerais, que ganham praticamente o que ganha um Desembargador (próximo de R$ 30 mil) deve ser tratado da mesma forma como um funcionário ocupante do cargo de Agente de Serviços Gerais (que ganha R$ 1.500,00). Tratar isto como igual é não saber usar de desvios numa estatística.

      Assim, a pesquisa de satisfação usada pelo Tribunal de Justiça faz um “apanhadão geral”, que diz muito, mas também não diz nada. Não diz onde as coisas podem melhorar, a forma como podem melhorar, o jeito de fazê-las, apenas encontra um número que o CNJ replica para os demais estados do Brasil e faz uma média. Esmiuçar a pesquisa e promover melhorias aonde realmente elas precisam acontecer é necessário. Tratar a média sem considerar a moda, a mediana e tantas outras formas de achar pontos de desvio é fundamental para que este trabalho não seja mais um “volume morto” em tantas estantes do Tribunal de Justiça. Pra não dizer que não ajudei, basta aumentar o valor do vencimento dos cargos efetivos, congelando os comissionados e as gratificações (sai mais barato e faz elevar mais aquele número dos 44%).

11 comentários:

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  2. Claudio querido, eu te peço licença para fazer esta colocação.
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    CAMPANHA: VAMOS TIRAR O NOSSO DA RETA
    o Falo para todos os colegas aposentados de Sâo José , bem como de todas as comarcas, abram bem os olhos, porque quando ele não tiver mais o que tirar de nós, poderá cisma de mexer no nosso orifício anal, vulgamente conhecido como cu . Aconselho que deve ser mantido sempre limpinho, pois em "caso" de emergência, não ira decepcionar as autoridades. No meu ninguém mexe. Portanto quem não quer que coloque nosso rabo na roda entre nesta luta. Porque quem tem cu tem medo

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  3. Sabe Sr. Cláudio, acho muito engraçado mesmo... um dia eu liguei para o sindicato, (logo após a implantação do dito auxílio saúde) e o Sr. Atendeu ao telefone. Eu reclamei da forma como foi apresentado este auxílio, e vc me disse que era realmente um auxílio muito bom!!! Não lembro ao certo as palavras...mas vc defendeu oaauxílio, enquanto eu falava que não passava de uma grande falcatrua! Meu pai...vou ser bem sincera...vejo vc falando mal do atual sindicato, mas nos últimos tempos, não vi a gestão anterior nos trazendo nenhum benefício...

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    1. Bom dia.
      Primeiro acho que há um grande equívoco. A implementação do auxílio-saúde não foi feito enquanto eu estava a frente do sindicato, foi feito em 2014, com a Resolução 12/2014 de 26 de maio daquele ano. Eu fiquei no sindicato até 15 de dezembro de 1013, ou seja, não fui eu quem atendi o telefone, e não fui eu que disse que é "realmente um auxilio muito bom!!!", ademais, nunca defendi projetos como este pois sei que eles são uma falcatrua. Então, por favor, não coloque palavras na minha boca ou crie falsas mentiras sobre mim. Sobre a gestão anterior não ter conseguido grandes conquistas eu concordo, contudo, nunca foi por falta de ação, nunca foi por falta de democracia ou participação dos trabalhadores. Conquistas estão mais ligadas a atuação e unidade da categoria do que com uma gestão ou diretoria. É uma série de fatores que influenciam as lutas e as conquistas. Contudo, uma grande conquista que tinham os trabalhadores era a possibilidade de fazer esta crítica que você me faz hoje neste blog e que foi excluído do atual site do sindicato (lembra disso?), uma conquista que os trabalhadores tinham era a existência de várias assembleias durante o ano, a fim de que o sindicato prestasse contas do que estava fazendo e possibilitando os trabalhadores e filiados de darem sua opinião do que fazer, do encontro dos aposentados que era feito anualmente, da existencia e atuação do Núcleo dos Aposentados, da luta em favor dos aposentados com várias mobilizações na frente do TJ, da manutenção do auxílio-alimentação dos aposentados em 2012 e 2013 quando o TJ em conluiu com o MP buscava o corte do benefício. Mas digo que concordo que poucas conquistas foram feitas realmente, mas nunca por falta de ação ou por apatia da direção anterior, ao contrário. Nossas ações foram profundas, foram muitas, com pouca gente liberada para fazer o serviço e muito menos dinheiro do que hoje. Digo-te com toda a certeza, se tivessemos 6 liberados e 4000 filiados como hoje existem, a história seria bem diferente. Na próxima postagem, por favor, fique a vontade para se identificar, pois emails anonimos são desnecessários nestes momentos. Quanto a atual diretoria do sindicato, se ela estiver fazendo um bom trabalho, se estiver satisfazendo seus objetivos, se ela for melhor, não tenha dúvidas em defende-la e propor a sua manutenção na próxima eleição. A democracia nos permite isto. Um forte abraço e espero nos encontrarmos na assembleia do dia 31 de março.

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    2. A resposta foi na medida, Cláudio.
      Imaginar que conquista de direitos se faz sem luta e que compete APENAS a direção sindical essa luta, é abrir mão do poder de mudança contido no COLETIVO. Não é possível pensar individualmente. SOMOS TODOS TRABALHADORES, portanto, TODOS devemos lutar. O equívoco da atual direção sindical é imaginar que por meio de ações judiciais e diplomacia se resolve tudo. Nem tudo se resolve assim. Não fora isso, não teríamos vívido 500 anos de miséria, meio MILÊNIO de fome no Brasil, sem qualquer preocupação do PODER JUDICIÁRIO..

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    3. É colega... o mínimo que você poderia fazer agora é se retratar dessas falsas acusações, muito bem respondidas pelo Cláudio por sinal. Outra coisa, sobre as poucas conquistas da gestão anterior, digo que foi a categoria quem não conseguiu conquistá-las. Precisamos fazer o mea-culpa. Faltou ação por parte da categoria. Incentivo nós tivemos, porém roemos a corda na hora mais importante, agora pagamos o preço. O Sindicato fez sua parte. Felizmente hoje estamos acordando e a prova disso será no dia 31. Como as coisas são hein, hoje parece que os papéis se inverteram, a categoria está atuante e sindicato omisso.
      Cláudio, bom contar com você nessa luta, obrigado por tudo! Abração até o dia 31

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  4. Como bem esclarecido no texto, essa é uma "pesquisa de satisfação" que, de fato, não arrecada quaisquer informações úteis ou relevantes. Trocando em miúdos: no estado atual, não presta para NADA. Aliás, ao responder a pesquisa, fiz questão de mencionar isso no campo final de observações.
    Seria BEM mais útil se fornecesse informações classificadas por categoria, grau (1º vs 2º grau), cargo (efetivo vs comissionado) etc.
    Para não dizer que não tem serventia, essa pesquisa serve como matéria na página de entrada do TJ. Afinal, o pessoal do jornalismo precisa alternar com "alguma coisa" as frequentes notícias de óbito (com o devido respeito). ;)

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    1. Christian, falou tudo colega! Esta pesquisa não tem qualquer serventia. O jornalismo precisa garimpar "notícias". Porque não publicam as notícias das vendas das licenças prêmios dos magistrados ou dos atrasados do auxílio moradia? Porque isto é imoral e mancharia a imagem do TJSC...

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    2. Eu fico aqui pensando comigo mesmo eimaginando o nosso Assessor de Imprensa fazendo este tipo de jornalismo. Ele indo conversar com o Presidente do TJ, fazendo algumas perguntas "perigosas", puxando dados do "Portal da Transparência", debatendo com o Sindicato sobre o assunto, perguntando o que eles acham! É de se jogar no chão e dar gargalhada.

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  5. 46%?
    cargos comissionados, assessores....

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  6. Não conheço ninguém satisfeito com seu salário no TJSC tirando magistrados, diretores, assessores e chefes de divisão... Tirando esses...

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