19/01/2015

Sem aumento salarial e com jornada ampliada

     A jornada de trabalho sempre foi um “trunfo” para a administração do Tribunal de Justiça, e mesmo o auxílio-alimentação também foi uma válvula de escape para onde o TJ poderia lançar mão de reajustes sem mexer de forma profunda no seu orçamento. A Jornada de Trabalho de 6 horas é uma luta dos trabalhadores (infelizmente não reafirmada pela atual diretoria do SINJUSC), mas que já gerou frutos em vários estados da federação, o último estado a conseguir este benefício aos trabalhadores foi o Estado da Paraíba.


     O SINJEP, Sindicato que representa os Trabalhadores do Judiciário da Paraíba conseguiu, com mobilização da categoria, a conquista da jornada de trabalho de 6 (seis) horas – clique aqui – e a manutenção do atendimento a população por 7 (sete) horas diárias, ficando a cargo de cada administrador (tanto do primeiro como do segundo grau) a forma de melhor gerir suas unidades. Além da conquista da redução da jornada o SINJEP irá ingressar agora com ação no sentido de cobrar a jornada a maior (uma hora por dia), no período em que foram todos obrigados a fazer a jornada estendida.

     O judiciário catarinense também já teve jornada de seis horas, até maio de 1998, ali foi ampliada a jornada para oito horas, reduzida novamente para seis horas no início dos anos 2000, retorno para oito horas em seguida (e logo depois uma lei estadual foi construída garantindo a jornada de seis horas, porém nunca implementada), e depois a jornada se reduziu para sete horas diárias (mesmo com a Lei de 6 horas em vigor – veja aqui). Ou seja, o horário de trabalho do judiciário pode ser de seis horas, e hoje, mais que nunca (face o descaso com a recomposição do auxílio-alimentação, face o descaso com o abono de natal, face o descaso com a recomposição da massa salarial dos trabalhadores, face o arquivamento do PCS2) o judiciário poderia novamente olhar com bom grado para este direito.

     Infelizmente não observamos esta boa vontade para com os trabalhadores (diferentes de outras categorias que o TJ administra, como a magistratura). Assistentes Sociais que por Lei devem cumprir jornada de 6 horas são relegadas. Ou seja, o Tribunal cria uma dívida trabalhista enorme com esta parte da nossa categoria e não se preocupa em cumprir a lei. Será que, sancionado o abono de natal o Tribunal de Justiça irá cumprir a Lei? Irá pagar o benefício para ativos e aposentados? 

     A Jornada de 6 horas é pauta da classe trabalhadora, não apenas de nossa categoria. Não basta o sindicato ter ampliado o número de seus filiados, não basta existir “portas abertas” no Tribunal de Justiça, há que existir efetivo ganho e respeito aos trabalhadores, com salário digno e uma jornada de trabalho condizente.

12 comentários:

  1. Então o sindicato acha que ganho é o aumento de bancadas filiados???? Estamos roubados...

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  2. Concordo, essa nossa carga horaria e desanimante....
    Nao ha um individuo q produza 7 h diarias...
    Sem descanso...
    Teriamos q ter essa carga horaria reduzida....
    Quem sabe tambem opcional a 7 h paga, a criterio do chefe de cartorio e aceitaçao servidor.

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  3. O TJ se preocupa em economizar copinhos plásticos e o Sindicato comemora o aumento de filiados (R$) ambos sem nenhum constrangimento, bem na nossa cara.
    E o servidor comemora o quê?

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  4. Colega, para essa atual diretoria e mais importante a quantidade de filiados do que ganhos reais e conquistas efetivas. Nao ha nada a comemorar....

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  5. 4 mil filiados... faltou só colocar a porcentagem dos arrependidos e que irão, brevemente, se desfiliar...

    Ass: 22

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  6. O revoltante é que, para o celetista, trabalhar mais de 6 horas sem intervalo é considerado uma afronta à saúde e à dignidade humana (art. 71 da CLT). Ou seja, forçando-nos a trabalhar 7 horas sem intervalo, o TJSC diz com todas as palavras que somos pessoas de "segunda classe", não merecedoras de uma política que garanta saúde e dignidade.

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    1. Cuidado que sob este argumento o Tribunal pode é colocar um intervalo e aumentar para 8 horas nossa jornada..isso sim

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  7. E nada de notícias sobre o abono...

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  8. Jornada de 6 (seis) horas deveria ser pauta prioritária. O Tribunal e o Sinjusc não estão considerando o uso do processo digital e seus impactos na saúde do trabalhador.
    De forma geral, redução de jornada nesse estágio de civilização deveria ser pauta de TODOS OS TRABALHADORES. É um absurdo o silêncio nesse tema.

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  9. 6 HORAS JÁ!!!

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  10. Na minha opinião, além dos aposentados os colegas que são contra o comportamento da diretoria do SINJUSC, deverão acompanhá-los nas reuniões. Depois não adianta ficar comentando nos blogs. Tem que tomar decisões, lutar. Se é oposição não podem ficar sentados esperando o trem passar. Depois será tarde. A hora é agora, oposição tem o direito de acompanhar até para poder ajudá-los, porque eles estão muito desorganizados e perdidos. Nos fizeram ir duas vezes na ALESC desnecessariamente. Peço ao Cláudio Del Pra Neto, Pixus que entrem na luta conosco porque senão a coisa irá de mal a pior.

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