14/09/2016

PLC 14.2/2016: A terceirização de Assistentes Sociais e Psicólogos

Imagem do site www.diariodosertao.com.br
          A terceirização de Assistentes Sociais e Psicólogos está rodando na Assembleia Legislativa e pode ser encontrado pelo número 14.2/2016. O projeto que trata da destinação da verba do Fundo de Reaparelhamento da Justiça diz claramente na alteração do artigo 2º, item II, letra b:

          "remuneração de assistentes sociais e psicólogos que atuarem, mediante convênio, credenciamento ou designação judicial, em ações que envolvam direito de família, infância e juventude, violência doméstica (Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006) e idoso (Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003);"

          Ou seja, trata-se da autorização de uso de verba do fundo para a contratação ou pagamento de valores para Assistentes Sociais e Psicólogos não concursados para o judiciário, para atuarem em ações de direito de família, infância e juventude, violência doméstica e idosos. 

          Ao invés de promover concurso público para a contratação de mão-de-obra para o serviço judiciário o Tribunal de Justiça busca manter o excesso de comissionados terceirizando o serviço essencial para o desenvolvimento da justiça. A falta de Psicólogos e Assistentes Sociais nos quadros do judiciário é perceptível, mas a quantidade de comissionados até o presente momento salta aos olhos.

          A opção do Tribunal de Justiça é pela precarização dos trabalhadores. Conforme apontou a ATJ em um de seus artigos há uma sobra de mais de R$ 40 milhões apenas até o mês de junho de 2016 no caixa do judiciário mesmo tendo-se pago metade do 13º. Ainda assim prefere-se "arrochar" o trabalhador, terceirizar o serviço em detrimento do concurso público. Ainda bem que ao PLC 14.2/2016 foi feito pedido de vistas na CCJ. É hora de nos unirmos e combatermos mais uma vez a precarização.

8 comentários:

  1. Há concurso vigente para o cargo de Psicólogo do TJ e não foi chamado nenhum aprovado. Minha esposa é uma das aprovadas e este projeto é uma afronta...

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  2. Vergonhosa essa manobra no TJSC que não nomeia profissionais e fica terceirizando e depreciando um serviço tão importante. Com isso, diversos trabalhos importantes deixam de serem prestados, como uma boa avaliação e acompanhamento de pretendentes à adoção, trabalho com pais em vias de separação, acompanhamento de crianças e adolescentes aptos à adoção, avaliação para destituição do poder familiar, ações com adolescentes que cometeram ato infracional, avaliação, encaminhamento e acompanhamento de mulheres vítimas de violência junto com seus filho... dentre inúmeras outras possibilidades de trabalho que deixam de existir no estado.

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  3. Se já pensam em terceirizar os serviços de Assistente Social e Psicólogo, que são mais ligados à atividade fim do que nós do administrativo, já dar pra se ter uma ideia do que virá pela frente.

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  4. Estou indignada com essa notícia. Esperamos que os conselhos profissionais se posicionem. Fui aprovada no último concurso do TJ - SC para assistente social e até então foi convocada uma profissional. Sabemos da sobrecarga das colegas, da necessidade que o TJ tem e agora vem uma proposta de terceirização que apenas fragmenta mais ainda uma área tão complexa. Vamos nos mobilizar colegas antes que isso aconteça e depois só possamos lamentar.

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    1. E só foi nomeada pelo falecimento de uma colega, porque as vagas abertas por aposentadoria estão sem ninguém. .um absurdo

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  5. E os assistentes sociais trabalhando doentes, sem motorista para conduzir o veículo nas visitas, com mais de 400 processos alocados para o setor em uma das maiores comarcas do estado, trabalhando extra para conseguir fazer número como o Tribunal espera, sem receber por hora extra e sem tempo hábil para um laudo social de qualidade.

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  6. Absurdo td isso! Partindo do órgão responsável pela garantia de direitos? Onde iremos parar?

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  7. Gente, vamos parar de mimimi, qualquer iniciativa para fazer o Poder Judiciário andar é criticada. Outra coisa, por que se fala em precarização com este projeto? Muita qualificação e eficiência tem aquele serventuário da justiça com 25 anos de serviço, que está sempre de atestado, que não quer se qualificar e, muito menos, fazer a sua atividade....e pior, se escora na indigesta estabilidade....Não é a forma de vínculo que torna uma coisa precária ou não....Por fim, se o trabalho do conveniado não for adequado, tenho certeza que ninguém (advogados, MP e até o próprio juiz da causa) vai querer este profissional atuando novamente.

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