26/04/2016

A importância da mídia para o Judiciário e para o SINJUSC

   
      No início do mês de abril a Associação dos Magistrados Catarinenses noticiava: “O jornal O Judiciário retomou sua circulação esta semana”. Ou seja, a própria AMC retomou o processo de comunicação com a magistratura através de uma publicação impressa. Importante lembrar que o jornal é remetido para órgãos da Capital, “Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Fóruns, Câmara de Vereadores, bancas de jornal do centro de Florianópolis, e as maiores comarcas do estado”. O Tribunal de Justiça continua pagando mensalmente a produção do programa “Justiça Legal”, com um custo médio de R$ 16.000,00 por mês por um programa de 30 minutos. Enquanto isto o SINJUSC opta por cortar todos os canais de comunicação com a categoria e com a sociedade.

          Todos os magistrados possuem acesso à internet (diferente de alguns servidores que não possuem). Possuem também acesso livre para vários sites que nós, trabalhadores do judiciário, não temos acesso pelo link do Tribunal de Justiça. Aos magistrados é disponibilizado o laptop, para que possa acessar de qualquer lugar informações que estão disponíveis pela rede de computadores. Ainda assim a própria AMC retoma o processo de comunicação através de um boletim impresso. O motivo? A informação impressa permanece por mais tempo ao alcance de nossas vistas. Está ali, materializada enquanto instrumento de comunicação. Não pode ser deletada simplesmente e apagada da memória, permanece e se materializa como instrumento de informação.

          O Tribunal de Justiça também não abre mão de produzir mensalmente ao custo aproximado de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) mensais o programa Justiça Legal. Um programa que é veiculado na TVJustiça (quantas pessoas acessam a TVJustiça alguém vai perguntar) e algumas outras TVs aos finais de semana em horários bem difíceis de serem assistidos. Mas o judiciário não se preocupa em investir mensalmente um valor considerável para apresentar a sua visão para a sociedade catarinense. Além destes valores aplicados mensalmente em um programa de televisão também promove cursos de Mídia Training e outras formas de comunicação impressa e eletrônica.

          Enquanto isto amargamos na contramão da comunicação. Apenas os meios eletrônicos parecem ser importantes para a atual gestão sindical. Boletins impressos, que eram entregues para os trabalhadores (que propiciavam aquela hora de parar, ler, discutir) não são mais importantes. Comunicar-se com a sociedade através de vídeos produzidos por TV Comunitária também não estão mais ao alcance dos trabalhadores do judiciário e de outros sindicatos. Quanto custa a gravação de cada assembleia e os vídeos produzidos por esta empresa terceirizada? Bem, isto não importa, o que importa é termos agora mais uma garagem para cinco carros dos diretores do SINJUSC.

Um comentário:

  1. Durante a greve as grandes emissoras deram muito mais espaço ao TJ para falar que para os servidores. Uma vergonha. Uma TV comunitária combate exatamente isso a favor dos trabalhadores. E o que faz o sinjusc? Vai contra a TV comunitária. Como negar agora que são meros garotos de recado do TJ?

    ResponderExcluir