18/02/2016

Faltam menos de 10 meses para o fim da atual gestão do SINJUSC

Imagem do site asombradoabacateiro.blogspot.com
          A vida é um sopro! Passa rápido apesar de tudo. Apenas alguns momentos ficam verdadeiramente guardados em nossa memória. Geralmente são momentos fortes, de dor ou de alegria e eles é que fazem a nossa existência realmente ter algum sentido. Uma gestão sindical possui 3 (três) anos para dizer a que veio, já se passaram dois anos e dois meses, pouco mais de nove meses é que nos separam do fim desta gestão.

          Lembro perfeitamente do dia da posse da atual diretoria (afinal de contas fomos entregar as chaves do sindicato). Ternos, gravatas, familiares, sorrisos. Pareciam não entender que a responsabilidade assumida com a categoria logo viria. Era 16 de dezembro de 2013. De lá para cá lembro da Assembleia de Fraiburgo em 2014 (a única do ano). Pra mim uma vergonha no sindicalismo. Acusações sem o devido tempo de resposta mas com uma categoria que afirmou ali mesmo, é necessário permitir o diálogo e não aceitará essa forma de agir de sua direção.

          Dali veio a assembleia em fevereiro de 2015. Um presidente do sindicato que bateu na mesa e afirmou não aguentar mais "a porra do Tribunal de Justiça!", um outro dirigente sindical que disse ter um "dossiê" contra o então presidente do TJ. Uma assembleia que não reconheci os dirigentes sindicais eleitos, pois em campanha (em 2013) afirmavam ter "portas abertas" e "bons relacionamentos".

          Veio então a greve que o sindicato não assumiu em 2015. Em março na frente do Tribunal de Justiça com a maior assembleia os dirigentes não tinham propostas para apresentar para a categoria. Tudo teve que ser construído às pressas, num improviso sem tamanho. Ingressamos na greve que o sindicato disse apenas "apoiar". Parecia que o soco na mesa em Lages tinha sido apenas uma "bravata" e a categoria foi deixada à própria sorte.

          Saímos da greve pior do que entramos, apesar de termos a maior greve da categoria nos últimos 30 anos. O maior percentual de grevistas e o mais longo tempo desde a década de 1980. Um fim triste para uma categoria que se uniu tanto em favor de um plano. A ausência de direção nos levou para um abismo infelizmente. Começaram os descontos dos dias parados, começaram as compensações, findaram-se as esperanças.

          Uma assembleia sem pé nem cabeça em Balneário Camboriú. Apreciação de contas apenas. Uma série de medidas que foram tomadas e que agora não sabemos seu destino. Onde estão os processos do Marchiori? Onde está a "carta na manga"? Onde está a "estratégia brilhante"? Encerrou-se o ano de 2015 sem o NPCS, com o abono de natal indo pro arquivo e com o auxílio-alimentação cortado para os servidores aposentados. Nunca um ano foi tão ruim para todos nós e o problema não foi da crise mundial é bom afirmar!

          Iniciamos 2016 sem enxergar o sindicato. Nenhuma aparição, nenhuma notícia que valha a pena comentar de forma positiva. Um ano que deverá ter o Congresso, a afirmação da direção que finalmente acontecerão Assembleias Regionais (no último ano de gestão), o Encontro da Experiência, os Jogos (não se sabe oficialmente a comarca) e finalmente a eleição do Sindicato ao final do ano. Até lá, acompanharemos o NPCS como disse o SINJUSC no site.

          Foi o que me marcou nesta gestão. Infelizmente o que me veio na memória foi apenas isto. Poderia ser mais generoso, mas também poderia ser mais raivoso com quem hoje dirige a nossa entidade, mas decidi apresentar apenas aquilo que me marcou de forma mais profunda. Ainda restam 9 (nove) meses e alguns dias. Fazer sindicalismo é difícil, eu sei bem disto, mas dava para ter feito mais (e não estou falando de ganhos), dava para ter construído, dava para ter formado, dava para fazer as pessoas pensarem. Olho o final do ano e espero que tenhamos pessoas realmente preocupadas com os trabalhadores à frente do SINJUSC a partir de dezembro.

Cláudio Del Prá Netto

5 comentários:

  1. Esperando a eleição mais do que criança em véspera de Natal.

    Não dá pra aguentar mais.

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  2. Informação extra-oficial revela que o Sindicato está totalmente queimado perante à Administração do TJ. Qualquer documento, manifesto ou processo administrativo que tiver manifestação ou ato do Sindicato será automaticamente desconsiderado.

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    1. Colega, pelo pouco que já pude perceber da atual administração do TJ, não é questão desse atual Sindicato estar queimado. Parece-me que o perfil atual é de ser extremamente duro com os servidores. Pelo visto, o diálogo vai ser extremamente difícil.

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  3. Perfeito Claudio, brilhante comentario, tudo aquilo que queriamos falar!

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  4. Só não esqueçamos que fomos nos, os servidores, que colocamos essa atual diretoria no poder. Guardemos esse fato na memória. Já disse em outras oportunidades. Tava mais do que na cara que esse pessoal não tinha competência para estar à frente de um sindicato. Portanto, nunca mais, nunca mais, deixemos nos encanar. Vamos refletir muito antes de dar o nosso voto de confiança a alguém.

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