31/05/2015

O sonho não acabou..

Imagem do site centralangola7311.net
          Após a maior de todas as  greves do TJSC é preciso fazer uma avaliação do processo e detectar pontos falhos e acertos para seguir os próximos passos.
     

          A Assembleia de Lages foi o ponto de partida deste movimento, quando o Sinjusc, na pessoa do seu Presidente,  afirmou que as negociações com a Administração do Tribunal de Justiça haviam se esgotado e que o caminho possível para avançarmos na conquista do NPCS seria uma grande greve. Chamou/convidou  toda a categoria para a “luta”. Os trabalhadores presentes no dia entenderam que era chegada a hora da mobilização e nessa mesma Assembléia formou-se um “Comando de Greve”, com o objetivo de auxiliar o Sindicato na construção da futura greve.
     

          Nova Assembleia marcada, dessa vez em frente ao Tribunal de Justiça em Florianópolis com a participação de cerca de 1.500 servidores, reafirmaram a posição do Sinjusc de que, caso a  Administração não atendesse as reivindicações, estes, entrariam em greve.
      

          Sem avanço nas negociações os servidores do Poder Judiciário Catarinense paralisaram suas atividades e num gesto de bravura e determinação mostraram “as caras”, em frente ao TJ e em frente de todas as Comarcas e exigiram a implementação do tão esperado e merecido NPCS na maior greve  do Judiciário Catarinense.
     

          A Categoria  foi  à  “LUTA”, mas já nos primeiros dias se sentiram desamparados  pois seus representantes legais, que chamaram os trabalhadores para a luta, não estavam ao seu lado no enfrentamento do dia a dia.
      

          Primeiro  diziam que não poderiam se expor por conta da “Liminar”, que poderiam ser citados e gerar multas ao Sindicato...  Ora! Em todas as outras categorias se enfrenta as possíveis "Liminares" e se contesta e a greve continua. Depois  foram citados e mesmo assim não “apareciam” em lugar  algum... O Comando de Greve da Capital por muitas vezes exigia a presença de ao menos um (01) Dirigente Sindical  para dar  orientação ou ao menos passar segurança para quem estava no dia a dia fazendo a boa luta. A resposta  era que os Dirigentes estavam  no interior do estado, visitando/orientando os grevistas das Comarcas. Só não diziam em qual Comarca estavam...
      

          Porquê  essa estratégia do  Sindicato em não "mostrar as caras"  juntos com a categoria?!?!  Será que os Servidores são tão diferentes de sua Direção? Plantou-se a idéia de que havia duas (02) greves no Judiciário: Uma no interior e outra na capital. Quem difundiu essa idéia queria dividir a categoria? Que quem fazia a greve  da capital era a antiga chapa 1... Ora! Havia dias que contavam 300/400 servidores nas escadarias do TJ, das 12 às 19 hs, no frio e no vento e desses, duas ou três pessoas eram da antiga chapa, os demais estavam lutando pelo NPCS.
      

          Ficou evidente que a maior greve do Judiciário faltou direção e humildade por parte daqueles que  deveriam ser os protagonistas do movimento. Humildade para reconhecer que  a verdadeira força está nos trabalhadores e que um Sindicato só é forte quando está “JUNTO” com a categoria e não “encastelados” em suas confortáveis salas.
      

          A maior greve de todas acabou e voltamos ao trabalho um tanto frustrados mas de cabeça erguida... não pela conquista do ganho real que foi pífio mas, pela certeza que fizemos tudo o que foi possível ao nosso alcance. Fizemos e carregamos faixas e cartazes, passeatas, arrastões pelas  Comarcas  e no TJ, apitamos, visitas à ALESC, etc... E tudo isso não se joga fora. Essa categoria provou que pode se erguer novamente a qualquer hora se preciso for. Basta ter Direção. 

6 comentários:

  1. Resumiu muito bem Cláudio. Só me resta a certeza de que o trabalho começa bem antes da deflagração de uma greve, com articulação política e definição de um objetivo bem claro a todos. Vou lançar algumas perguntas que me fazem refletir muito sobre a questão de eu poder aderir ou não a uma greve futura: o objetivo é claro e plausível? o momento é oportuno? para uma greve do judiciário, existe um quantitativo e um tempo de mobilização mínimos para causar impacto? Existe orçamento e ele pode ser demostrado? E quanto ao jurídico? Particularmente senti muita falta de alguns encontros para elucidar estas e ouras questões. Precisamos todos saber claramente o que está em jogo, para aí sim podermos decidir com convicção de aderimos ou não a uma greve. Abraço. Marco Costa TJA

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  2. não há ganho nenhum até agora... só acredito se o dinheiro pingar na minha conta... e tou vendo que o presidente vai dar pra trás!

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    1. O presidente do TJ está mexendo em vespeiro e ainda não se deu conta do tamanho do problema que causou...

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  3. Vejam que notícia por demais atrasada, por parte do sinjusc: "A administração do Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou no início desta tarde que, conforme reinvindicação contida no ofício 98/20015, item E (Clique e baixe), as faltas injustificadas anotadas nas fichas funcionais dos servidores foram substituídas pela denominação Greve/desconto.
    Para tratar do assunto e demais itens do ofício, a direção do sindicato agendou audiência para amanhã, 2, com a presidência. Qualquer nova informação será reportada neste site."

    Quem é que já não sabia disso??? Mas eu não tô dizendo há tempos que são um bando de tontos!!!

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  4. greve de Judiciário não importa, mais um 40 dias de processos que ficam anos parados não muda nada, dá efeito sim, greve da saúde, educação segurança, até greve de gari causa incomodo, greve de judiciário a maioria das pessoas nem sabiam que estavamos em greve, é pouco relevante para sociedade.

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  5. Pois então, se greve no Judiciário não causa impacto - o que pudemos constatar - temos que pensar em outra estratégia.

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