02/02/2016

Reorganização do TJ será mesmo uma economia?

 
Imagem do site portaldog.com.br
        O texto publicado hoje (02/fev) no site do Tribunal de Justiça traz a informação daquilo que foi extinto dentro da instituição (4 Divisões e 10 Seções) a fim de gerar economia e otimizar os serviços. Nesta conta realizada não aparece a criação da função de Secretário Geral do Tribunal de Justiça, que será exercido por um magistrado e a sua Assessoria Técnica. Será que a conta vai fechar lá na frente com economia ou prejuízo? 


          Até o presente momento a resposta para a pergunta acima é sim, irá gerar economia se tudo ficar como está. Secretário Geral do TJ sem nenhuma gratificação (o que é pouco provável), assim como a constituição de sua assessoria (que provavelmente não será apenas um assessor). Bom lembrar também que neste gabinete deverá existir um assessor para recepcionar os visitantes e tudo mais. As assessorias da DGA e da DGJ, para se ter uma ideia, devem estar recebendo "cada" assessor o valor equivalente a um DASU-9, ou seja, mais que um Chefe de Divisão (destes extintos por agora).

          A estrutura do Tribunal de Justiça se verticalizou mais ainda. Há um novo degrau desde sua base. Agora, aqui dentro do Tribunal de Justiça há o trabalhador que recebe apenas o salário (parece estranho mas ainda há alguns aqui que não recebem nada além do salário), o Chefe de Seção, o Chefe de Divisão, a Assessoria do Diretor, o Diretor, a Assessoria do Diretor Geral, o Diretor Geral, a Assessoria do Secretário Geral, o Secretário Geral, a Assessoria do Presidente e o Presidente (tirando o Tribunal Pleno). Já imaginou a escadinha? Claro, as  Assessorias não fazem parte da "escada", mas sempre o processo passa por ali para depois o "diretor" ou responsável assinar a documentação analisada. 

          Nas chamadas "modernas técnicas de administração" o processo é um pouco diferente. A estrutura é mais horizontalizada. A decisão e a responsabilidade é do grupo que trabalha para solucionar o problema e não como aqui no judiciário onde muitas vezes o funcionário vê o seu diretor apenas uma vez por mês e olhe lá. A dúvida que fica é: "será mesmo que isto tratá uma economia lá na frente?"

4 comentários:

  1. Economia? É "economia" às avessas. Talvez essa vultosa quantia economizada com "muito esforço" forneça os atrasados de um único magistrado. Talvez a venda de uma licença premio, quem sabe. A notícia passa uma falsa imagem para o público em geral. Enquanto isso, a quantia que o TJSC deve aos trabalhadores só aumenta. Inúmeros pedidos de promoção por aperfeiçoamento "hibernam" eternamente nos escaninhos empoeirados e com mofo. O SINJUSC permanece silente, sem tecer nenhuma crítica ao modo do tratamento aos servidores. E o tal NPCS? E o Auxílio Saúde? A gestão do SINJUSC não ataca o TJSC, não posta uma nota de repúdio sequer. Isto significa que estão concordando com tudo o que está acontecendo.

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  2. Isso sem falar que administração pública não existe pra gerar lucro, mas sim pra prestar bons serviços ao cidadão. É com essa perspectiva que se aplica o modelo gerencial à administração pública.

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  3. Vai sobrecarregar os Chefes de Seção, que ganham bem menso que os Chefes de Divisão.

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  4. SINJUSC buscará retroatividade do auxílio-saúde desde 2014. (notícia veiculada em 10/09/2015), a qual dizia que:
    "O SINJUSC iniciará a execução de sentença dos valores pretéritos do pagamento do auxílio-saúde de junho de 2014 a junho de 2015."

    Alguém sabe me dizer como ficou?? Já deram entrada na ação?

    É incrível a falta de informações desse sindicato!!!

    É possível responder essa Cláudio??

    Abraço e obrigado!!

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