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A união da categoria foi amplamente colocada à frente das demais pautas, pelo mesmo motivo, um novo plano de cargos e salários. A mesa de negociações muitas vezes não avançava com a administração pelo mesmo motivo. O Tribunal sinalizava com benefícios seletivos no auxílio-alimentação e auxílio-saúde (os quais beneficiavam inclusive magistrados), e a proposta era recusada pelo comando de greve, pois só um plano de cargos seria suficiente para a categoria. Daí o famigerado impasse.
No entanto, passado quase um ano do início da última greve, muitos ainda procuram culpados pela ausência de ganhos. Além disso, selecionam apenas um ou dois culpados, escondendo os verdadeiros motivos de sua crítica, e confundem, propositadamente, estes selecionados com o verdadeiro alvo: a administração do Tribunal. É o caso de certa associação que, ainda hoje, induz seus (poucos) associados a pensarem que decisões da assembleia foram culpa de um ou dois grevistas. E ainda os desqualifica, por um mero diploma em Direito.
Esquecem-se que todas, repito, todas as decisões durante as assembleias foram tomadas democraticamente. Esquecem-se que inúmeros grupos de grevistas, diretores sindicais e comando de greve se movimentaram nos bastidores da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina pedindo expressamente que não fosse aprovada a proposta do Tribunal de Justiça (PL 05), pois a categoria não queria benefícios somente para alguns, mas o ganho pra todos, através do plano de cargos e salários.
É evidente a intenção política do discurso, dada a proximidade da eleição sindical. Na falta de resultados para demonstrar para a categoria, na falta de qualquer ganho relevante para os grevistas, na falta de negociação para findarem os descontos salariais, os incautos partem (novamente) para os argumentos ad hominem, desqualificando pessoas e jogando na lata do lixo o debate frutífero de ideias que pode(ria) permear a eleição para o próximo sindicato.
Se certas associações não possuem novas ideias e preferem acusar, ao invés de debater novas propostas, cuidem-se, pois a(s) próxima(s) chapa(s) mostrarão como sua época já passou. Mostrarão que acusações infundadas e levianas não substituem o fato que não existiram ganhos para a categoria. Ao contrário, acumulam-se perdas, prejuízos e precarização crescente aos trabalhadores do judiciário catarinense.
Texto de um amigo navegante.
as viúvas do PL 05 só pensam nelas mesmas... se aplicassem realmente o que discursam, e não fossem hipócritas, deveriam ficar de fora do novo plano de cargos
ResponderExcluirO mais triste é ouvir dos não grevistas que derrubamos o projeto que aumentava a bonificação para quem é formado em direito e por cima, não conseguimos o NPCS! Estão enganados aqueles que pensam nossa greve foi em vão, antes do movimento paredista, a sociedade não sabia dos inúmeros benefícios da magistratura concedidos administrativamente !!!
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