10/12/2015

E o que vem ali na frente?

      
Imagem do site humorilimitado.com.br
    Estamos chegando na última semana efetiva de trabalho dentro do judiciário e muitos fazem a pergunta: O que nos espera ali na frente? Uma amiga mandou um "zap" informando que na rede dos assessores tem um informe de que o abono de natal será pago. No início da próxima semana o Tribunal de Justiça, no seu Conselho de Gestão irá analisar o parecer do NPCS. Enquanto isto o governo aumenta os impostos sobre os trabalhadores e nós pagando horas de greve.


          Já fizemos alguns cálculos aqui no blog sobre algumas coisas que aconteceram durante o ano, mas é importante tentar trazer novos elementos. O pagamento da greve custou um mês e meio de salário para a maioria dos grevistas, ou seja, está aí o valor total (e com folga) do abono de natal. Além deste desconto mensal tivemos um "ganho real" (na verdade já era uma perda pois a inflação de maio até agosto foi maior que o 1,84% implementado) que apesar de ter sido provisionado valores com pagamento a partir de maio só foi implementado em agosto. O Tribunal de Justiça deixou de pagar o auxílio-alimentação extraordinário (abono de natal) e o relatório do NPCS fala de implementar uma base salarial somente a partir de junho de 2016 (sem custos para o Tribunal de Justiça). Para concluir, o aumento do IPREV a partir de 2016 chegando a 14% em 2018 dá o tom da prosa.

          Hoje encontrei os dirigentes de nosso sindicato devidamente paramentados com seus belos ternos no TJ; espero que os poderes dos super-trajes já tenham retornado. O cenário, como se vê, não é nada bom. Primeiro pelo já feito, segundo pelo que vemos sendo construído além da ausência de crítica. O Tribunal de Justiça levou uma "rasteira" do Executivo com o aumento do imposto da parte patronal. Isso geralmente tem volta, mas agora para afirmar que essa volta será em prol dos trabalhadores a gente já não tem como fazer. A vingança é prato que se come frio e nestas "brigas de gente grande" a melhor medida é ficar sempre do lado do trabalhador, pois assumir posição de um ou de outro é ponto fácil para apanhar dos dois lados. 

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