10/12/2015

IPREV: Imposto sobre o servidor aumenta para 14%

Imagem do site fospr.wordpress.com.br
          Hoje a Assembleia Legislativa aprovou o PLC 41/2015, que trata entre outras coisas da majoração da cobrança do imposto previdenciário dos trabalhadores do Estado de Santa Catarina de 11% para 14%. Além de abocanhar quase um bilhão de reais do Fundo Previdenciário o Executivo se exime de pagar a conta, afinal o imposto verdadeiramente só será pago pelo Judiciário, pelo Ministério Público, Tribunal de Contas e UDESC.

          Sob o silêncio do SINJUSC o PLC 41/2015 avançou de forma "tratoresca" e foi aprovado na ALESC. 30 deputados foram favoráveis a proposta do Governo do Estado que além de aumentar o imposto em mais 3% para o trabalhador também irá majorar em mais 6% para a parte patronal. Ou seja, um aumento de 20% no total daquilo que era arrecadado desta forma. Contudo o próprio Executivo não irá pagar nada, pois para ele trata-se apenas de uma operação contábil. Irá tirar dinheiro de um bolso e colocar no outro. Mas como assim você pergunta?

          O aumento de um imposto estadual cobrado sobre os próprios cofres do executivo fará o dinheiro retornar imediatamente para o próprio executivo. Entretanto, para os demais poderes e autarquias isso não funciona do mesmo jeito, ao contrário, o dinheiro realmente sairá dos cofres do TJ, do MP, do TCE e da ALESC e cairá no colo do Governador. Além disto há a apropriação indevida de mais de R$ 800 milhões do fundo previdenciário que agora fará parte do caixa do governo.

          Não foi por falta de aviso. Este blog "cantou a bola" já faz bastante tempo informando que sem uma articulação adequada dos sindicatos e de um enfrentamento devido com o governo o processo viria "goela abaixo". O próprio Tribunal de Justiça e o Ministério Público ainda tentaram fazer o Presidente da ALESC rever o posicionamento nas últimas horas, afinal com cofres mais minguados em 2016 e com o aumento da parcela patronal as contas começam não fechar e o pagamento de algumas "benesses" talvez fiquem mais difíceis de serem "explicadas".

          A ausência de discussão com a categoria e a inação mobilizadora ajudou o projeto 41/2015 a não encontrar obstáculos. Não há como se afirmar que conseguiríamos barrar o mesmo, mas aceitar silenciosamente a "surrupiação" de mais 3% do nosso salário dói bastante. O ano vai acabando mas as maldades parecem não ter fim. Que venha logo o ano de 2016.

4 comentários:

  1. Sucessão de catástrofes para o bolso dos servidores. Só bomba. É de adoecer.

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  2. A reforma de previdência é um assunto seríssimo que merece uma discussão mais aprofundada. O Governo não pode simplesmente sair aumentando a alíquota, sem fazer o controle responsável dos gastos públicos.

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  3. ...e pelo visto os policiais não serão atingidos pela medida sórdida de aumentarem a alíquota, só pode, pois, estavam lá sendo truculentos, como sempre, em vez de lutarem por um direito que está sendo surrupiado do servidor...

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  4. É cada uma desse Governadorzinho...Afrouxa pros vagabundos do PGC, ferra com os servidores, não extingue aquele cabide de empregos chamado SDR's(que ele criticava quando era senador), apoia a Dilma na eleição, compõe o grupo dos governadores bananas que são contra o impeachment e agora, a cereja do bolo, esse aumento de contribuição...Estamos bem servidos mesmo

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