O diálogo é a melhor maneira de se entender o que o outro quer, o que o outro precisa, o que o outro tem a oferecer e solicitar. Mas diálogo não pode ser unidirecional. Diálogo é uma via de mão dupla. É o falar e o escutar e, principalmente, diálogo não pode ser só com um ente, o patrão, ao contrário, o diálogo de um sindicato deve ser feito com a sociedade e principalmente, com a categoria.
Um sindicato deve ser um espaço para a conversa; um espaço para o debate franco, fraterno e aberto; deve ser um espaço para colher opiniões e formar preferencialmente consensos. Construir apenas canais de comunicação verticais, de cima para baixo, não funcionam mais na nossa sociedade das redes sociais. O diálogo com a sociedade nos faz sair do nosso baixo corporativismo e pensar o judiciário como um instrumento para a sociedade.
Conversar com a sociedade é ajudar a reformular diariamente a justiça. É repensar o trabalho, o local do trabalho, e a quem o nosso trabalho serve. Dialogar com a sociedade é perceber as injustiças e fortalecer a luta de quem é injustiçado diariamente. É fomentar e defender o serviço público, é lutar por mais servidores públicos e mais recursos para o judiciário.
O diálogo é a fonte da unidade da sociedade e principalmente dos trabalhadores enquanto categoria. O diálogo não deve ser exigido por força de um artigo de um estatuto. Ele deve ser promovido desde a sua menor necessidade. Lutar para ter diálogo deveria ser desnecessário num estado e numa sociedade que busca a democracia, principalmente num sindicato. Diálogo é o que vai nos fazer, com toda a certeza, avançar.
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