O Tribunal de Justiça está implementando sua política salarial.
Arrocha o salário dos trabalhadores enquanto vende sonhos de um futuro melhor.
A pauta da categoria não existe e não é negociada, enquanto o Tribunal de
Justiça, que poderia repassar, no mínimo, a reposição inflacionária para todos
os servidores que recebem o auxílio-alimentação (R$ 94,50 – noventa e quatro
reais e cinqüenta centavos segundo o IPCA) guarda recursos para o pagamento do ATS dos
magistrados.
Quando revisitamos a pauta de reivindicação apresentada pela
atual Diretoria do Sindicato, observamos que a reposição do auxílio-alimentação
e o ganho real estão lá. Contudo, não foram comentados na assembléia e estão
esquecidos por quem hoje se preocupa com o projeto do Tribunal de Justiça de
gratificação apenas para quem é formado em direito. Não é um projeto dos
Técnicos pois afetará todos (com exceção dos cargos efetivos de nível superior).
Qual o motivo do Tribunal não recompor a inflação aos
trabalhadores sobre um grande percentual do seu salário, o auxílio-alimentação?
Qual o motivo de não dar um ganho real, de 1%, 2%, 3% ou até mesmo 4% aos
trabalhadores? Porventura não haveria dinheiro para isto? Mas para os graduados
em direito há?
R$ 94,50 são quase 10% de aumento do auxílio-alimentação. Um
dinheiro que pode ser autorizado por uma simples Resolução do Gabinete da
Presidência. Uma pauta apresentada, factível, de custo absorvível pelo
Tribunal, identificável pelo trabalhador e que muito faz falta aos de salário
mais baixo. Se não há dinheiro para o auxílio-alimentação, que é pago para
todos os trabalhadores, se não há dinheiro para um mínimo de ganho real (que
seja 1%), qual o motivo leva o Tribunal a querer pagar 50% do ANM-7/A em uma
gratificação para quem é formado em direito? Excluir, empobrecer e rachar ainda
mais a categoria? O Tribunal possui seus interesses, e em estratégia, aprendemos
que devemos observar a ação de quem está no outro lado e reafirmar nossos objetivos.
Cláudio, não podemos esquecer que este reajuste de 6,28% é um engodo, é imaginário. O salário bruto, com todos os auxílios, não sofreu este percentual de reajuste, pois o auxílio alimentação não foi reajustado. Teve servidor que recebeu apenas 5% de aumento. Menor que o índice oficial da inflação. Para a grande maioria, R$ 62,80 de reajuste na alimentação faria muita diferença. É muito importante. Depois vem o TJSC alegar que não tem dinheiro para conceder esta "esmola" e fica pagando atrasados milionários. Aqueles que mais precisam, ficam sem 1 centavo de aumento. Depois temos que aguentar a atual diretoria do SINJUSC inerte, sem qualquer manifestação contra o TJSC. É pra acabar e pra desanimar qualquer um.
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