24/07/2014

Assembleia: Absurdamente surpreendente

     15 pontos - nenhum debate - nenhum encaminhamento; limitação de inscrições e corte de microfone apos 2 minutos de fala.

     Esta poderia ser a síntese da Assembleia dos Trabalhadores do Judiciário de Santa Catarina , a primeira do ano, com a nova diretoria e após a data-base da categoria.

     Mas tudo foi absurdamente surpreendente.

     O primeiro ponto de pauta : síntese dos últimos 6 meses de gestão se deu com palestra sobre a Arte da Guerra, falando do inimigo , de estrategias , etc. Apos veio leitura teatral do parecer da auditoria no Sinjusc , nas contas aprovadas da antiga diretoria , que por não ter sido concluída foi retirada de pauta, com o compromisso de que o que fosse apurado, se desse vista às pessoas envolvidas e colocado na próxima assembleia com tempo igual para esclarecimentos .

     Nem vou falar da absurda limitação de inscrições e do tempo marcado no telão, com corte do microfone após " loooooooooonnngos" 2 minutos, só quero ressaltar que apos 7 meses onde o trabalhador do judiciário teve os canais de comunicação cortados pela Diretoria eleita , também não teve oportunidade de falar na sua assembleia, esfera máxima do movimento sindical . Colegas voltaram com as mesmas perguntas e sugestões que haviam trazido das comarcas.

     Quero comentar da fala do presidente que na ânsia de atingir a gestão antiga, afirma que a ASPLAN não pode "dar nada" para os servidores , porque não foi para o orçamento, eis que não entregue nenhum documento, pelo sindicato no ano passado. Essa fala não ofende apenas a inteligencia dos trabalhadores , mas também a sua luta, o seu cansaço nas longas viagens de idas e vindas, deixando seus filhos , maridos , sua casa, para se somar a diretoria do Sinjusc e construir a pauta de reivindicação , a pauta da categoria e entregar ao Presidente do TJ.

     Pontos como : tabela salarial , projeto disfunção e demais foram apenas informativos .

    ​Quanto ao Projeto de Elevação de Nível para os TJAs , iniciou com uma fala de um representante do Sindicato dos Oficiais de Justiça , contando como conseguiram, da dificuldade que é conseguir, sendo que só foi possível para eles porque o CNJ tinha uma resolução neste sentindo , que depois foi revogada , mas o projeto já havia sido votado na Assembleia Legislativa... Feita a fala de conformação, então veio o grande momento noticiada pelo presidente Laércio : que na sexta a noite , o juiz assessor da Presidência do TJ, ligou para ele informando que levará para estudo (ver se tem dinheiro ) 40 a 50% de gratificação para os técnicos que possuem curso de direito, apos imediato encaminhamento para o Pleno e ALESC. Sim e ponto. Mais nada, para mais nenhum técnico que não tenha a faculdade de direito.

     Ah não! tinha esquecido : também contou a boa nova: o TJ pagará 100% de bolsa para quem quiser fazer Direito . Então esta resolvido , Só não vai ganhar a gratificação quem não quiser . Esperar 5 anos ? não querer fazer faculdade ou outra faculdade ? querer ter tempo para os filhos ? para o lazer ? para não fazer nada nas noites ? Não ter mais tempo, eis que já perto da aposentadoria ? Historia ! Quanto comodismo ! Ta fácil , ta pago pelo TJ, só não faz quem não quer .

     Mas ninguém precisa se preocupar , porque "a luta pela elevação vai continuar ..."

     Poderia ainda falar sobre a comparação que o Presidente Laércio fez com a logo do "Sinjusc" e do "Sinforme" , dizendo que observando, percebeu que o J do Sinjusc parecia uma foice e o que o F do Sinforme um martelo , e que por isso sonhava em trocar o logo.., bem não vou falar disso porque já beira ao desvario , e a raivosidade sem causa . A mesma que fez sumir com toda a história do Sinjusc da página da internet, que pensa que a memória das pessoas se apaga também.

     Esta categoria sabe o que quer e sabe que é no dialogo aberto e na mobilização que se conquistam direitos. 
     Esta memoria ninguém pode apagar.
     Não nos subestimem !
     O Sindicato só pode ter um lado, e é do trabalhador.
     Simples. E é só o que queremos, ter segurança de estarmos representandos.

Soraia Joselita Depin

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