14/04/2016

O que o SINJUSC quer dizer com a notícia da "suspensão de reajustes"?

 
Imagem do site manualpraticodebonsmodosemlivrarias.blogspot.com.br
        Quando eu era dirigente sindical existia o que chamávamos de "notícia" e o que chamávamos de "anti-notícia". Muito mais do que o fato em si, o importante era a forma como esse fato seria tratado. No caso sempre buscávamos tratar uma "anti-notícia" construindo uma forma de apresentar projetos de luta para enfrentar o problema. Ao aceitar simplesmente o que a "grande imprensa" noticia ou, pior, o que o governo do estado diz o sindicato dissemina a "anti-notícia".


          O que seria importante de noticiar? Esta é uma pergunta pertinente neste caso. Que tal falar sobre o aumento de 7,6% pra magistratura sem que ninguém falasse da "crise mundial"? Que tal relacionar essa "suspensão de reajustes" apontando o crescimento da arrecadação no primeiro trimestre (8,3%)? Ou então falar do aumento do número de comissionado nos últimos anos (e do crescimento dos seus salários) e falar também desse "congelamento de salários"? 

          Há muitas formas de tratar uma notícia. Alguns simplesmente "adotam" o discurso do patrão, dizendo que a crise é muito forte, que a arrecadação tá baixa e que no "orçamento" o número colocado foi de 3%. Sou um daqueles que olha a questão de uma outra forma. Onde foi parar o dinheiro do PL 05/2015? Onde foi parar o dinheiro do "abono de natal"? Qual pedido de "abono de permanência" de magistrado não está sendo pago enquanto o dos trabalhadores estão nos escaninhos do Tribunal? Os trabalhadores devem ler, pensar e agir de forma inteligente. O Diário Catarinense possui muitos interesses, seus colunistas também, o governo do estado idem e o Tribunal de Justiça não é nenhum "inocente" nesta história.

5 comentários:

  1. E eles ainda classificam a noticia como "SINDICAIS".

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  2. Deveríamos propor a estes "dirigentes sindicais" que antes de "descer pro play", deveriam aprender a brincar. Uma participação efetiva nas lutas de classes, sociais, sindicais, um curso, mesmo que intensivo, sobre dirigência sindical poderia ajuda-los a se ajudarem.

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  3. Hj disseram que a logomarca da gestão anterior não será mais utilizada. Aquela "nova" identidade visual com todos os gastos de pessoal, tempo e salário de servidores utilizados pra isso simplesmente foi pro ralo.
    Quem vai pagar essa conta de desperdício de dinheiro público?

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  4. Claudio, o auxílio-saúde já não está sendo concedido normalmente, como se pode observar do SPA 10309/2015. Segue a decisão:

    Processo SPA n. 10309/2015
    Assunto: Concessão de auxílio-saúde.

    DECISÃO
    A magistrada XXX teve reconhecido o direito
    ao benefício do auxílio-saúde, no valor de R$ 200,00 (duzentos reais),
    a contar de 01/09/2015. A implementação do benefício, entretanto, foi
    suspensa pelo prazo estabelecido na Resolução n. 36/2015-GP.
    Nesse contexto, decorrido o prazo mencionado, e atestada
    a disponibilidade orçamentária e financeira para a realização da presente
    despesa (doc. 20369), determino a implementação do benefício na
    folha de pagamento da magistrada, com efeitos a contar de 01/09/2015.
    Dê-se ciência à requerente, inclusive acerca da obrigação
    de comprovar, nos meses de março e setembro de cada ano, os gastos
    com o seguro saúde havidos nos meses de setembro a fevereiro e março
    a agosto, respectivamente (arts. 6º e 7º, Res. 12/2014-TJ).
    Importa informar, ainda, que na oportunidade da comprovação
    semestral dos pagamentos, poderá a interessada requerer o pagamento
    de eventuais gastos com coparticipação, respeitado o limite má-
    ximo de sua faixa etária.
    Providencie-se.
    Após, arquivem-se.
    Florianópolis, 17 de fevereiro de 2016.

    Ah, desculpa, essa decisão é só para magistrados, não vale para nós. Foi mal.

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  5. Importantíssimo esse apontamento.

    É fundamental refletirmos "como e por que pensamos o que pensamos".
    As informações divulgadas - por óbvio- não são inocentes e questionar para além do "blabla" oficial é uma obrigação.
    Mas porque a atual diretoria não faz?
    1) Por incapacidade intelectual mesmo... São rasos, pouco críticos...Sobre articulação textual (e contextual) manjam muito pouco...
    2) Por que são " patronais". Esquizofrenicamente sentam na cadeira onde ODEIAm estar. Queriam estar do outro lado. Junto aos donos do orçamento. Não se identificam com o grupo o qual os elegeu e por isso defendem outros interesses.

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