18/04/2016

2015: As contas que o SINJUSC escondeu!

   
Imagem do site www.imagensgratis.blog.br
      As contas do ano de 2015, que não foram aprovadas pela maioria dos participantes da assembleia ocorrida em Chapecó no último dia 16 de abril, ficaram escondidas de toda a categoria. Sem noticiar onde estava disponibilizado o arquivo com o balanço de 2015 a diretoria logrou a categoria, efetuou pagamentos absolutamente duvidosos para membro do comando de greve, apagou a notícia que trazia tal informação e o conselho fiscal, aparentemente, não fiscalizou o assunto.


          É realmente trágico se for verdade (se pudéssemos averiguar seria ótimo). No mês de junho de 2015 o SINJUSC publicou notícia informando da prestação de contas de um membro do Comando de Greve sobre as atividades que o mesmo havia realizado “em favor da categoria” tentando mobilizar os colegas para participarem da greve. Naquela notícia (hoje não está mais disponível no site do SINJUSC, mas eu copiei os documentos), foram digitalizadas e disponibilizadas as notas fiscais, os formulários de ressarcimento e alguns documentos que davam conta de onde estaria aquele colega durante alguns dias (vários) da greve.

          Dei-me ao trabalho de construir uma tabela (você acha CLICANDO AQUI) onde aparece na primeira coluna o Estado da Federação; a cidade em que estaria aquele membro do comando de greve; o dia do mês; a hora; o dia da semana; o nome da empresa; o tipo de serviço prestado/material consumido; o local da empresa e o valor gasto para cada um dos itens ali disponibilizados.

          Estranhamente há vários gastos realizados no Estado do Rio Grande do Sul, quando esta pessoa dizia estar fazendo atividades em favor da mobilização da greve (afinal era membro do comando) aqui em Santa Catarina. Há pagamentos em Lagoa Vermelha; Portão; Porto Alegre; Canoas; Campo Bom; Gravataí; Farroupilha e Marques de Souza. Há também gastos realizados na cidade de Rio Negro, no estado do Paraná.

          As datas são bastante variadas e começam em 05 de março de 2015 e vão até 24 de maio do mesmo ano (período da greve). O que também chama muito a atenção é o gasto com gasolina. Estranhamente num mesmo dia, por exemplo 12/04/2015 (um domingo), são apresentados dois cupons fiscais com gasto de R$ 100,00 cada um, no Posto Baseggio, com um intervalo de 30 segundos. Ou seja, encheu-se o tanque de gasolina do carro praticamente duas vezes em menos de um minuto? Também numa quinta-feira, dia 16/04/2015, num intervalo de um minuto e meio foram três gastos com gasolina, um de R$ 159,00, outro de R$ 100,04 e outro ainda de R$50,00. Há uma séria de eventos similares, com abastecimento (3 ao total) de R$ 457,63 num domingo no intervalo de apenas três horas e vinte minutos. Intervalos mínimos de poucos minutos (5 ou 10 minutos) e duas notas/cupons de abastecimento.

          A publicação daquela notícia sobre as despesas de um membro do comando de greve ficaram absolutamente estranhas naquele momento. Mas a publicação feita possibilitou perceber que as contas do sindicato precisariam passar por uma averiguação. O Conselho Fiscal, que deveria se preocupar com os gastos do sindicato aparentemente não quis observar estes valores. Afinal de contas foram R$ 4.184,68 (quatro mil, cento e oitenta e quatro reais e sessenta e oito centavos) que foram “ressarcidos” e há uma série de dúvidas que, uma vez não publicado o balanço e também não disponibilizadas as notas fiscais (como você verá no vídeo do SINJUSC), não havia como analisar as contas e tampouco aprova-las.

          Se em apenas uma prestação de contas de uma pessoa encontramos tantos dados absolutamente duvidosos o que se dirá de mais de meio milhão de reais gastos com a greve? O que se dirá da triangulação financeira envolvendo SINJUSC, Fazendo Escola, Jogos, Comarca de Fraiburgo? As dúvidas pela falta de transparência trazem isto para debate. Além de esconder as tabelas do NPCS (que o TJ tem acesso mas os trabalhadores não) o SINJUSC escondeu também a prestação de contas.

3 comentários:

  1. Nossa grana indo pra quem? Com 3 notas de combustível presume-se 3 carros. Uma pessoa não pode estar dirigindo 3 veículos ao mesmo tempo. Aí tem coisa!

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  2. Esse Sindicato já era. Ao invés de ficarmos perdendo tempo em discutir essa ou aquele medida, ou irmos a Assembleias, deveríamos nós mesmos propormos uma reunião "extra-oficial" para deliberarmos sobre a composição da nova chapa que formará oposição nas próximas eleições.

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  3. QUE ABSURDO!!! FARRA COM DINHEIRO DO IMPOSTO SINDICAL!!

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