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Oito de março não significa apenas uma data comemorativa, na verdade se formos analisar pelo lado histórico da data e por todas aquelas mulheres que morreram queimadas, para comemorar não temos nada! E se formos analisar também por outros âmbitos onde aqui no Brasil precisamos criar leis diferenciadas para garantir nossos direitos de mulher também não temos motivo nenhum para comemorar.
Vivemos num país onde precisamos garantir por lei que nós mulheres teremos preferência na fila porque estamos grávida ou porque chegamos aos 60 anos. Vivemos num país onde nós mulheres temos tempo marcado para amamentar nossos filhos ou porque o patrão exige ou porque a sociedade cobra.
Vivemos em tempo onde comercial de cerveja bom é aquele que tem mulher seminua quando nós mulheres hoje bebemos cerveja e pagamos com o nosso dinheiro suado quando queremos e bem entendemos! Às vezes muito mais que os homens!
Mostrar o corpo na praia então!?!? Só se for igual o do comercial da cerveja. De jeito nenhum! Mulher acima de tudo deve se valorizar e mostrar o corpinho ou o corpão.
Jogo de futebol é só para homem! No meu mundo não! Na sociedade que eu vivo mulheres vão ao estádio sim, discutem futebol, política e religião e ainda tem tempo para namorar, estudar, trabalhar e cuidam da casa com seus (as) companheiros (as) ou mesmo sozinhas, porque somos livres para fazermos nossas escolhas.
Eu agradeço este dia 8 de março, não sou hipócrita dizer que não gosto de um paparico! Mas quero ser lembrada e acredito que todas nós mulheres queremos isto nos demais 364 dias do ano. Queremos ser respeitadas. Poder fazer escolhas sem ter o dedo apontado, ser valorizadas como profissional com salários mais dignos, usarmos a roupa que desejamos, a maquiagem que gostamos, ter o peso que bem entendamos.
Eu vim pra mudar! Nós viemos pra mudar tudo isso. Viemos para mostrar que mulher pode tudo. Pode apenas cuidar da casa -porque gosta - ou pode vir a ser presidente de um país. Mulher pode fazer tudo o quer e tudo com dignidade, com coragem porque nascemos para ser lutadoras, somos guerreiras, e nascemos para ser simplesmente MULHER.
Daniele Burigo Heinzen - Lages
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