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O sentimento é de desânimo. Perceber que em 2015 ocorreu o pagamento de atrasados para os magistrados e que os valores retroativos das promoções não foram pagos para os servidores é desanimador, já que os recursos para isto deveriam estar previstos no orçamento. Saber que a concessão de auxílio creche foi suspensa e que um magistrado recebe mais de 4 mil reais de auxílio moradia é difícil. Lembrar que um servidor gasta grande parte do seu salário para pagar aluguel e estacionamento para trabalhar no TJ é deprimente. Perceber que os magistrados receberam a diferença da URV e que o TJ continua negando o direito do pagamento da diferença da URV para os servidores é triste. O que os servidores pedem há anos é um plano de cargos e salários e a resposta é geralmente a mesma, que o TJ não tem recursos, que precisam fazer e refazer estudos. Entra gestão, sai gestão e nada de concreto acontece. O sentimento é de injustiça no Tribunal de Justiça.
Muitos servidores têm pós-graduação, mas o curso foi feito antes do ingresso no PJSC. Aplicamos o conhecimento no trabalho, mas isso não é valorizado. Com o NPCS a realidade seria outra.
Vejo muitos bons profissionais saindo do TJSC para outras instituições em busca de valorização e melhores salários, compatíveis com o trabalho realizado e com os salários pagos em instituições semelhantes. O TJSC tem bons índices de produtividade, mas está entre as piores colocações em termos de nível salarial dos servidores.
Pra completar, o dinheiro que colocamos no IPREV foi utilizado para outros fins pelo governo e em breve teremos que pagar uma conta que não é nossa.
Na minha opinião, com vontade e empenho o NPCS pode ser implementado. Muitos cálculos já mostraram que é possível sim implementar o plano gradativamente. Se forem necessários ajustes que sejam propostos e negociados. Que o cronograma de implementação seja divulgado.
Espero que em 2016 o servidor seja valorizado no PJSC. Espero que a missão de realizar justiça por meio da humanização e a visão de ser recohecido como um judiciário humanizado sejam colocadas em prática para todos os cidadãos, inclusive para os servidores. Desejo que os atributos de valor para a sociedade do Mapa Estratégico, como a valorização das pessoas, a responsabilidade social, a transparência, a ética e a confiança estejam sempre presentes na forma como a administração, os servidores e o sindicato irão negociar os próximos passos do plano de cargos e salários. Espero que o sentimento agora possa ser de esperança.
Carla Verônica Gurgacz - TJSC
Disse tudo!
ResponderExcluirFalando em nível salarial dos servidores, os comissionados que incorporaram gratificações devem se atentar para a notícia de que o Governador Colombo entrou com ADI no STF pedindo que seja declarada inconstitucional a lei que assegura essa incorporação (Lei Estadual n. 15.138/2010).
ResponderExcluirNotícia: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=307378&tip=UN
(ADI 5441).
Nossa legislação é extensa e complicada, tornando muito difícil uma interpretação objetiva das leis, o que permite todo tipo de medidas procrastinatórias para garantir interesses escusos. O problema não está apenas o agente público, mas também na Lei, cujo ordenamento jurídico foi meticulosamente pensado para garantir o Poder a uma minoria, mas aniquilar as manifestações democráticas e evitar a ascensão social dos mais pobres. Mas a Lei é sempre vista como um dogma religioso, que não pode ser contestado.
ResponderExcluirÉ impressionante como o Estado não valoriza nem incentiva para o trabalho.
ResponderExcluirisso só prova que encerrar a greve foi um ato equivocado.
ResponderExcluire para os próximos servidores, aprovados num edital (2015) que se referia a "vagas imediatas", há esperança?
ResponderExcluirParabéns!
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