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Essa carta é um pedido que faço considerando todo o seu histórico. Um histórico que defendeu a implementação do PCS em 2011, mas principalmente pela defesa que o senhor fez contra a Resolução do "AI-5" construída em 2005 que buscava regulamentar o direito de greve. Suas palavras e seus atos naquele momento mostravam que o senhor era um democrata e que não aceitaria este tipo de atitude.
Após uma greve de mais de 40 dias dentro do judiciário, o qual o senhor preside, voltamos ao trabalho e logo chega o momento da realização da avaliação de desempenho dos servidores. Um procedimento normal e corriqueiro que acontece a cada seis meses. Contudo, aparentemente, alguns poucos magistrados não entenderam que o processo de avaliação de um trabalhador deve ocorrer sobre o período em que estava vigente o contrato de trabalho, ou seja, o período pré e pós-greve.
Quando uma pessoa ingressa na magistratura temos sempre a visão de que se trata de uma pessoa que tenta ser imparcial, que busca a coerência em suas ações e assim são muitos magistrados felizmente. Contudo, há alguns que buscam uma sina justiceira, uma sina que é desvirtuada da posição acertada do magistrado em ficar um pouco mais afastado e isento e isto causa um problema para os trabalhadores e a sociedade.
Senhor Presidente, alguns magistrados, conforme relatos, estão fazendo avaliações de desempenho de servidores sem observar esta isenção, esta imparcialidade no processo de avaliação e estão deixando aflorar um sentimento que contamina o processo avaliatório. E deixar isto acontecer é absolutamente inadequado, é necessário reafirmar aos magistrados que a avaliação deverá ocorrer sobre o período de vigência do contrato de trabalho.
Concluindo, Senhor Presidente, é importante demonstrar a isenção deste Poder, é necessário retornar com uma atuação menos inflamada pelo processo grevista e é necessário construir pontes a fim de trazer a calma, a tranquilidade, o bom convívio para dentro do judiciário.
Cláudio Del Prá Netto
Ou isso, ou então nos dê o direito de avaliarmos nossas chefias (o que seria justo numa instituição dita democrática).
ResponderExcluirE quando são os próprios servidores que fazem avaliação desta forma? Alguns de olho em carguinhos?
ResponderExcluirhttp://www.sinjusc.org.br/downloads/despacho_processo_n._565451-2014.3.pdf
ResponderExcluir"(...) chegar a uma solução que leve a cabo o NPCS(...)"
Sim, será a solução final!! Alguém tem dúvida do resultado?
O problema não são apenas os magistrados, mas servidores com cargos de chefia que também têm esse julgamento.
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