12/04/2015
TJ poderia ser tão célere no PCS quanto na tentativa de desconto de greve
O Tribunal de Justiça afirma que para fazer andar o projeto do Plano de Cargos e Salários é necessário estudos, levantamentos e uma série de procedimentos para que tudo seja feito de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que gera uma demora de meses. Contudo, no sentido oposto, para tentar implementar o terror o TJ tenta mudar prazos de folha de pagamento que podem prejudicar não só os grevistas, mas também os Desembargadores e trabalhadores que não aderiram a greve, pois atrasará a folha alguns dias caso os descontos tenham que ser lançados "manualmente".
É isto mesmo. O prazo de folha de pagamento para descontos ou lançamento de algum benefício cumpre prazos. Fui trabalhador da DRH por anos e os prazos eram respeitados a fim de fazer a "máquina girar". No meu tempo de DRH (antes de ser relotado "a bem do serviço público", para a Infraestrutura - pausas para risada), o prazo para inclusão de benefícios e descontos para uma folha de pagamento encerrava-se no dia 5 de cada mês, hoje, como se observa esse prazo é o dia primeiro (clique aqui para ver). Isto é, a chegada da informação para o desconto deveria ser no máximo o dia 1o. Nossa greve começou no dia 9 de abril, ou seja, fora do prazo limite, e quem atua na DRH sabe que a DOF exige ainda 5 dias para providenciar todo o procedimento de pagamentos, ou seja, como recebemos no dia 20, a folha tem que enviar seus dados para a DOF até o dia 15.
Como a migração de dados do sistema de cadastro já foram enviados para a folha de pagamento, e como naquele período os dados de greve não estavam lançados a folha terá então que fazer todo o trabalho de forma manual, isto é, pegar matrícula por matrícula, calcular a quantidade de dias, os benefícios que porventura entram no cálculo, os descontos de IPREV, IR e outros, de todos os milhares de servidores que estão em greve. Além de ser desumano solicitar isto para os trabalhadores da folha de pagamento o Tribunal poderia usar essa força de trabalho para fazer avançar o PCS.
O cronograma do PCS foi feito de forma política e não de forma técnica. Levantamento de dados de pessoal é a maior mentira e embuste que pode ser usado a fim de fazer atrasar o plano, pois ele em nada impacta na confecção da peça. Apenas é utilizado para fazer atrasar qualquer estudo. A DRH poderia fazer avançar os processos de VPNI, que se arrastam quase por um ano em suas prateleiras ao invés de promover o desconto dos trabalhadores. O desconto é sempre imediato por parte do TJSC, mas o pagamento, ah! este tem que seguir todo o trâmite burocrático!
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E pra reverter algum desconto feito a mais? Senta e chora pq demoraaaaaaaa
ResponderExcluirSugiro que esta greve perdure até que haja vergonha na cara. São inaceitáveis as atitudes de nosso TJ. Desconsideram a Lei (vale peru dos inativos), rechaçam o diálogo com a categoria (propostas concretas), elevam seus salários sem qualquer formalidade ou ''responsabilidade fiscal'' e acreditam veementemente que são ''julgadores'', que ''fazem justiça''. É vergonhoso!
ResponderExcluirLançar falta na ficha funcional de um trabalhador grevista em luta pelos seus direitos, Sr. Presidente, para mim é condecoração. Se depender da categoria, faltará espaço em nossos uniformes para essas medalhas.
É sempre honrado e belo lutar por direitos!
Saudações a todos os bravos lutadores e vamos em frente!
Claudio, me desculpe alongar no comentário mas é necessário para expor meu pensamento (quem sabe vc possa transformá-lo em post depois, ou ao menos postar a ideia para divulgar).
ResponderExcluirSou servidor do TJSC ha quase seis anos, exercendo desde sempre função de comissionado puro, ou seja, não prestei concurso. Não entrarei em mérito de quem aprova ou desaprova o modelo constitucional de cargo em comissão neste momento (que nada tem de ilícito), pois durante esta greve somos todos o mesmo lado, o lado esquecido, o lado oprimido, o aldo adverso da Magistratura florida e rentável de SC.
Veja bem, sou comissionado, posso ir pra rua amanhã sem direito a nada, mas me sinto na obrigação de apoiar o corpo laboral da instituição que bota comida na minha mesa ha seis anos. Hoje eu luto por vocês, efetivos, em busca da merecida dignidade salarial, pois somos um Poder judiciário exemplo para o País, e acho que vocês merecem essa conquista do PCS para valorizar o trabalho desenvovido. Vi, com emoção, as manifestações no pátio do TJ, morrendo de orgulho e vontade de ali estar, apitando e batendo panela. Todavia, a natureza do meu cargo me impede, pois o risco de me ver desempregado num país assolado pela economia em derrocada não me agrada nem um pouco.
Pensando nisso, elaborei uma sugestão para que tantos outros servidores que estão na mesma situação que eu possam, de algum modo, colaborar na greve. Batizei o projeto de Apoio Moral Grevista. A ideia consiste em abrirmos uma conta e colher donativos em espécie dos que queriam aderir ao movimento mas não podem. Com essa verba, pagariamos pra fazer materiais de divulgação, comprariamos mantimentos para os bravos servidores que estão de braços cruzados e se manifestando nos foruns e no TJ o dia inteiro, e, dependendo, ao final do movimento, o dinheiro que lá tivesse poderia ser rateado (mediante comprovação) entre aqueles que tiverem eventualmente algum desconto de salário (claro que não será um oceano de dinheiro, mas pouco é melhor que nada). Acho que o mais importante disso nem é o dinheiro, mas o sentimento de apoio que os servidores que não podem fazer greve aos que estão fazendo.
Precisamos injetar ÂNIMO nessa greve! Estamos todos juntos, mesmo que uns estejam calados por forças maiores, e a empolgação não pode cair.
É esta, em brevíssima síntese, a minha ideia para colaborar com o movimento grevista.
À LUTA!
https://www.facebook.com/video.php?v=1402581596728140
ResponderExcluireste vídeo é demais parabens a quem fez.
Paulo