12/04/2015

Respostas para um Presidente: 3a e última parte!

        Ao concluir as respostas à nota do Presidente do Tribunal de Justiça quanto a sua proposta aos trabalhadores do judiciário é importante afirmar que continuar negociando é a única forma de tentar solucionar o problema. Viajar para uma agenda oficial a fim de não encontrar-se com os problemas do judiciário, principalmente a greve, não levam a nada. Há que se resolver os problemas com a altivez que o cargo exige e para isto há que surgir novas propostas. Promover o pagamento de 100% do valor de bolsa para estudo em curso de Direito não resolve o problema senhor Presidente.

        Propor uma bolsa de 100% para quem quiser estudar Direito é um pouco simplório para um quadro de servidores em que mais de 75% já possuem esta graduação. É importante lembrar ainda que há vários trabalhadores que possuem outros cargos, como Analistas de Sistema, Médicos, Dentistas e Assistentes Sociais (só para citar alguns), que talvez não tenham interessa algum em iniciar uma segunda graduação, isto é claro, além daqueles que já em final de carreira e mesmo sem formação alguma não objetivarão ficar por mais 10 anos no judiciário a fim de cumprir o “pedágio”.

        Além disto há o PLC 05/2015 que corre na ALESC. Sobre ele não vou expressar minha opinião, mas não deixarei de dizer que ampliar o benefício de 20% para 50% ajudará alguns é claro, principalmente aos servidores com menos tempo de serviço. Ajuda com certeza ter um pouco mais de dinheiro no bolso e o judiciário sabe que grande parte de sua mão-de-obra é formada por trabalhadores com menos de 10 anos. Mas não seria melhor conceder então um aumento real para todos os trabalhadores? Este valor de aproximadamente R$ 25 milhões poderia ser revertido por exemplo em ganho real, já que não é nem sombra do projeto de nível superior dos técnicos conforme requerido inicialmente.

        Concluindo, é importante expor propostas. É necessário que o Tribunal de Justiça deixe de ficar escondendo o orçamento, mostre realmente onde é gasto o dinheiro (que não é pouco), e que tenha disposição de expor primeiramente o quanto é possível gastar. Após isto é necessário apresentar uma proposta que beneficie todos os trabalhadores e não apenas um grupo da categoria. Para resolver o “problema” da greve é necessário ficar em Florianópolis, chamar os trabalhadores para conversar e abrir um canal de diálogo verdadeiro. Sem isto a categoria não têm dúvidas hoje. Hoje é  Greve!

Um comentário: