O Governador Raimundo Colombo encaminhará em breve uma
série de projetos para a Assembleia Legislativa com o objetivo claro de
restringir direito dos trabalhadores como já informado neste blog (clique aqui e aqui). Entre os
pontos principais na retirada de direitos estão dois diretamente na alça de mira, o adicional de tempo de serviço e a
licença-prêmio.
O discurso é velho e todos já conhecem, o da necessidade de economia para investimentos
e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas é importante deixar claro quem mais
ganhou dinheiro com a venda de licenças-prêmio em Santa Catarina, a
magistratura e os promotores de justiça. Isto mesmo, os membros do Estado podem
vender a qualquer tempo suas férias e suas licenças-prêmio e foi isto que gerou
altos gastos nestas rubricas e não aos servidores que, ao se aposentarem,
podiam então requerer o pagamento pelas licenças não gozadas, desde que
transferidas por imperiosa necessidade do serviço. Ou seja, o fim da concessão
das LPs com objetivo de economizar dinheiro têm um grupo claro de pessoas que se
beneficiou com valores vultuosos, e não foram os trabalhadores.
Sobre o adicional de tempo de serviço é importante deixar
claro algumas coisas para os colegas. Antes a magistratura tinha este
benefício, quando da alteração de vencimento para “subsídio” estes valores
foram incorporados aos vencimentos da magistratura, isto é, a carreira de um
magistrado inicia na entrância inicial, e na época ele tinha vencimento de
(vamos supor) R$ 10.000,00 mas nunca quis ser promovido (preferiu ficar no interior), e tinha um adicional
de 72%, ou seja, recebia R$ 17.200,00. Fez-se um arredondamento para que o
valor que um magistrado recebia em entrância inicial passasse a ser de
aproximadamente R$ 18.000,00, independente do tempo de serviço. Ou seja, ele incorporou este benefício ao
subsídio, “deixando” de existir enquanto rubrica, mas permanecendo enquanto
valor.
Também é importante lembrar que ao encaminhar estes Projetos de Lei para a ALESC o Governador não
estará barrando em Brasília a PEC que trata do adicional de tempo da
magistratura, conhecida como PEC 63. A mesma já foi aprovada parcialmente e
poderá seguir pelo Congresso Nacional a fim de fazer retornar (em duplicidade)
este benefício e não será uma Lei Estadual que irá ser superior a uma PEC, ou
seja, o Governo estrangula o vencimento dos trabalhadores de um lado a fim de gerar sobras para serem utilizadas noutro lado da corda.
O Governador aguarda apenas a constituição das Comissões da
ALESC para encaminhar seus projetos de Lei, e é importante dizer qual é o
tamanho da base do Governo neste Plenário que existe hoje composto no Palácio
Barriga Verde. Quais Deputados e Deputadas irão nos defender? Quem estará
disposto a escutar os trabalhadores e levantar suas bandeiras? O Tribunal de
Justiça não é isento de pressão e os trabalhadores devem começar a se organizar
para discutir estes pontos e estarem preparados antes que, goela abaixo, sejam
implementadas estas medidas amargas a quem sustenta a máquina do estado.
NÃO FALTAVA MAIS NADA! Uma bomba atrás da outra, sem trégua!
ResponderExcluirSacrifício constante dos bagrinhos para os tubarões poderem se refestelar na grana.
Gente, é inacreditável. O nosso órgão de classe imóvel. Cego, surdo e mudo. Inoperante e esquivo. A que ponto de impotência chegamos? O que mais vão tirar de nós para beneficiar quem já tem de sobra? IMORAL, VERGONHOSO, REVOLTANTE, ENOJANTE. Vanessa
É sempre assim. Lembro-me de uma conversa com um magistrado.
ResponderExcluirNós temos que batalhar migalhas enquanto vocês tem tudo garantido, sem processo legal, sem batalhar por nada. Ele me respondeu: porque não fez concurso para juiz. Respondi porque não sou filha de desembargador. Só consegui fazer a minha faculdade agora porque era filha de colono e tinha 10 irmãos
Exatamente. Acho q p todos nós estarmos num cargo do judiciário é uma vitória. Não é simples. Não é fácil. Poucos juízes são de família pobre, a grande maioria fez escola de magistratura assim q s formaram e estudando c pai rico bancando. Nós merecemos respeito. Trabalhamos demais e os juízes sempre insatisfeitos e acham q nunca podemos errar. Já peguei erros grotescos de juízes e promotores. Eles, cheios de assessores, eram e mto.
ExcluirEsse juiz é o reflexo do q eles pensam de nós uns coisinhas...empregadinhos...
Vamos lutar...
GREVE>>>GREVE>>>>>>GREVEEEEEEE
A resposta que esse magistrado deu à colega é no mínimo antiética. Ele praticamente disse a ela: é assim mesmo. Conforme-se, pois você é menos que eu. E se quiser ser "eu", você tem que correr atrás para chegar ao "meu" patamar de favorecimentos imorais. O pior é constatar que muitos colegas nossos pensam desse modo altamente nocivo. Nem de longe pensam em lutar para resolver os problemas da nossa categoria. Querem é ser de outro grupo para continuar reproduzindo este estado de coisas aviltante. Para eles a solução (individual) não é enfrentar e acabar com o mal, e sim galgar a posição de onde possam esmagar pessoas, do mesmo modo que são esmagados hoje mas não admitem.
ResponderExcluirRef. Pacote do Governador quer acabar com a licença-prêmio e o adicional de tempo de serviço
ResponderExcluire-mails dos deputados para colocar pressão nessa rapaziada... http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/todos-deputados
quem sabe se chover e-mails
qual numero na ALESC dessa proposta? Pra poder acompanhar.
ResponderExcluirColega, a proposta ainda não foi encaminhada para a ALESC. O pacote está sendo fechado no Gabinete do Governador junto com o Secretário da Fazenda. Eles aguardam ainda a composição das Comissões da ALESC para, após, encaminhar os projetos. Quando tivermos informação do ingresso dos projetos publicaremos aqui no blog. Forte abraço e estejamos atentos.
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