O texto é de maio de 2013, ou seja, quatro meses após o último reajuste do auxílio-alimentação. Naquele tempo o sindicato atuava para o reajuste anual, com a reposição inflacionária e com ganho real. E a categoria, desde 2010 vinha deliberando em Assembleias Gerais pela incorporação da referida gratificação, pois isto incidiria para o adicional de tempo de serviço, férias, 13º, para que valesse no momento da aposentadoria e todos os benefícios que um “salário” traz para o trabalhador.
Diferente do que o decidido pela categoria a AESC sempre atuou de forma diversa. Sem assembleias e representando muito mais os cargos em comissão do que na verdade os Analistas Jurídicos a entidade postou um artigo em defesa das gratificações e principalmente do auxílio-alimentação do que pela incorporação do benefício. Tal assertiva vinha na linha de que um auxílio não gera pagamento de impostos, pois é uma verba indenizatória. Gostaria de saber se colega que escreveu o texto hoje concorda com tal leitura. Naquele momento, quando o benefício era cobrado constantemente pelo sindicato o aumento vinha anualmente e o auxílio-extraordinário era requerido e cobrado (mesmo com os desembargadores mais “queixo-duro”).
Os auxílios e abonos, todos sabem, são discricionários. O Presidente do Tribunal de Justiça pode não pagar, pode reduzir, pode extinguir, pode fazer o que quiser com o auxílio-alimentação, com o auxílio-alimentação extraordinário, com o auxílio-saúde, e qualquer outro benefício que seja apenas autorizado pelo legislativo. Diferentemente de salário os abonos, gratificações e auxílios são verbas que, apesar de indenizatórias (e portanto isentas de imposto), são verbas que nos colocam na mão dos dirigentes do Tribunal de Justiça. Talvez por isto a AESC é tão favorável e fez defesa desta tese em seu site.
Salário é algo que levamos para a nossa vida. Por mais que um aumento salarial seja pequeno, talvez apenas com a inflação ou com um pequeno ganho real de 1%, ele é permanente. Pensemos se valeria mais a pena ganhar uma gratificação, um auxílio ou um abono de 64,5% em janeiro de 2005 ao invés de um aumento salarial no mesmo valor. Basta fazer este simples pensamento para notarmos aonde estaríamos e para onde iríamos caminhar.
Defender auxílio, abono ou gratificação ao invés de defender salário é trabalhar contra a própria categoria. Confiar nas deliberações das assembleias da categoria é fundamental para respeitar a decisão soberana de todos os trabalhadores. Aprendemos muito no final deste ano de 2014, com um auxílio-alimentação extraordinário que ainda não veio, com uma categoria que quer mobilização e não encontra eco em seus representantes, em informações que não são publicadas e que não chegam em nossa base. Lutar por salário é lutar por quem depende do seu salário, é lutar pelo trabalhador.
Sábias palavras!!! Quando é mesmo que termina a gestão do atual "sindicato"?
ResponderExcluirA atual gestão do sindicato se conclui ao final de 2016, ou seja, no final do próximo ano. Mas há muito por fazer. E acredito que teremos ao menos uma assembleia neste ano. É fundamental que exista. Quanto mais, ao meu ver, melhor para a categoria e diria até, para a própria direção do sindicato. Não baixemos a cabeça, não vale a pena apenas esperar o tempo passar, é necessário um pouco mais de organização.
ResponderExcluirImagine vc... Com um cargo comissionado na sua comarca... Qual seria sua postura se assumisse o sindicato? Trabalharia a favor dos trabalhadores ou faria jogo duplo para não perder seu carguinho qdo do fim
ResponderExcluirdo mandato... Acho q o Laércio está fazendo certo... Idiota foi quem votou nele...
Pelo que ouvi, terá uma terceira chapa. Por enquanto não vou dizer, porque eu ainda não tenho as provas. Será um rolo, sorte que não sou sindicalizada.
ExcluirOlá, colega. Permita discordar, mas acho que o fato de não ser sindicalizada não é sorte, apenas prova o quanto a categoria está dividida.
ExcluirComo sempre, lúcidas palavras. Os trabalhadores do TJSC têm muito o que aprender em termos de lutas pela categoria. Na verdade, cada um luta por si e pronto, e assim não se fortalece o bloco.
ResponderExcluirA partir de hoje vou "identificar" minhas postagens, pois em alguns comentários que eu fiz ou respondi anteriormente, alguns anonimos postaram e ficou parecendo que eu re-respondi.
Ass: Vinte e Dois.
Esses cargos em comissão dividem a categoria, quem tem mesmo ganhando pouco porque, 600,00 reais de gratificação na distribuição, contadoria pra ficar tendo que responder PAD e esporro de Juiz é pouco e quem é TSI ganha ,mais mas também sofre muita pressão, mesmo assim quem esta na função fica com medo de perder a função e fica com medo de entrar na luta. Apesar de que no atual momento acredito que muitos comissionados entrariam num movimento de greve se o nosso Sindicato mobilizasse a categoria. Na nossa Comarca estamos atentos a tudo que está acontecendo não paramos de cobrar o Sinjusc e só recebemos respostas vazias e protelação de decisões. Queremos Assembleia, as regionais só saíram porque as Comarcas se organizaram, mandamos fotos e tudo mais e o Sindicato ainda distorceu o movimento dizendo que era mobilização pelo PCS queríamos era atitude enérgica do Sindicato, vieram com um "NPCS" e a "garantia" da aprovação pelo TJSC e com "celeridade", no fim até o vale-peru virou novela e nem sabemos mais se vamos receber.
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