30/08/2016

Pesquisa de Satisfação aponta piora de 65,28% para 59,30%

 
Imagem do site www.tjsc.jus.br
         É bom afirmar que o resultado da pesquisa de satisfação não demonstra a satisfação do trabalhador com a instituição ou com o salário. Mescla-se ali, neste índice que faz muita gente torcer o nariz, é uma satisfação pessoal pelo seu trabalho desenvolvido (ou seja, é uma avaliação de nós mesmos) e uma avaliação do que a instituição te oferta (salários e possibilidades de promoção), ou seja, o índice sempre será maior que 50% de satisfação em todos os casos.


          Seria necessário maior transparência no Tribunal de Justiça para apresentar aos trabalhadores os reais índices existentes dentro do judiciário. Primeiro, é importante dizer que o índice geral tendencialmente será maior que 50%, afinal é uma mescla do que nos dedicamos (geralmente de 100% à 70%) e o que recebemos em troca (geralmente entre 0% ou 30%), assim, o número sempre tenderá para mais que 50% no índice de satisfação. Também importante lembrar que a maioria dos fatores pesquisados diz mais sobre o trabalhador do que sobre a contrapartida da instituição, além de confundir a questão “superior imediato” com “instituição”.

          Entre os piores índices de satisfação (seria para trabalhadores ou magistrados?) encontramos a oportunidade de promoção com 29%; em seguida ao “plano de saúde disponibilizado pelo PJSC” , o que é uma inverdade pois quem disponibiliza plano de saúde é o Governo do Estado e não o Tribunal de Justiça, que por sinal atrasa vários repasses ao SCSaúde. Na política de benefícios é importante observar o índice de 36,90%, percentual próximo do número de cargos comissionados e funções gratificadas existentes dentro da instituição.

          Noutro norte temos que o comprometimento dos trabalhadores é de 83%. Ou seja, não há como o índice ficar negativo ou abaixo de 50% como percebem os colegas. Contudo, a redução de quase 6 pontos percentuais de 2013 para 2015 mostra o quanto o Tribunal de Justiça errou no último período. Mas a satisfação do trabalhador deve ser analisada dele com a instituição, e não dele com o serviço que ele desempenha, ao fazer tal medicação e lançar tudo num mesmo índice o Tribunal de Justiça confunde o desempenho exercido pelos seus trabalhadores e a contrapartida que fornece por esse trabalho, ou seja, o resultado sempre será um “mais ou menos”

Um comentário:

  1. O índice de satisfação medido pelo CNJ, através do Censo Nacional do Poder Judiciário, revela uma realidade pior que a divulgada pela administração do TJSC.
    Somente 42,1% de satisfação com a gestão do trabalho. E somente 52,1% de satisfação com a gestão dos recursos humanos.
    Fonte: http://www.cnj.jus.br/images/pesquisas-judiciarias/Censo/TJ_Santa_catarina_Servidores.pdf

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