03/05/2016

Está na hora de voltar a ser sindicato!

   
Imagem do site kdfrases.com
      São muitas e recorrentes as lembranças evocadas sobre o ministro da propaganda do nazismo Joseph Goebells, para quem uma mentira, repetida mil vezes, torna-se verdade.


          As lembranças não são em vão por uma razão simples: de tempos em tempos surgem indivíduos dispostos a levar a ideia de Goebells à prática.

          Refiro-me aos acusadores do amigo e companheiro Alcides Alonso Leonel, que buscam atacá-lo por uma única e simples razão: Alcides foi um grande e responsável presidente do Sinjusc, e poderia tranquilamente voltar a ser.

          Quando conheci Alcides eu tinha 22 anos e estava saindo da faculdade de direito. Ele era um dos mais velhos daquele grupo que deu um novo rumo ao Sinjusc, na eleição de 1999. Ali sim podia se falar em muitos problemas, a começar pelo fato de não termos recebido uma nota fiscal sequer das contas da diretoria anterior do sindicato.

          Fui vice presidente desse colega, que me ensinou muito e profundamente sobre a atuação política comprometida com a categoria. Eu jovem e impetuoso, ele ponderado e flexível. Hábil com as palavras e com as negociações, mas sem abrir mão de uma posição: ser sindicato para Alcides era representar, e representar é ouvir a categoria, é conversar, é ser inflexível naquilo que é importante para todos os servidores, é sair do pedestal iluminado em que alguns se colocam agora para covardemente agredi-lo.

          Ao longo da última greve muitas foram as vezes que conversamos, muitas foram as vezes que trocamos opiniões para colocar nossa experiência a serviço da categoria da qual fazemos parte. Lembro de Alcides dizer com certa amargura que todas as suas tentativas de ajudar a negociação esbarravam numa diretoria sindical sem rumo, sem perspectiva e acovardada porque não queria, desde o início, a greve.

          Por que o atacam agora? Simplesmente para ocultar sua própria pusilanimidade, sua dubiedade diante a greve e sua disposição de subserviência aos interesses de alguns membros da Administração do TJ. Quando a ATJ-Laércio-Sinjusc agridem Alcides em um documento dirigido ao TJ, expõe em toda sua extensão a disposição que tem de aconchavar-se.

          É uma medida autoritária de quem não admite os próprios erros, e está sempre buscando fantasmas no passado para explicar uma desastrosa gestão sindical que transformou o Sinjusc num sindicato de faz de conta.

          O arquivamento do PL 05 foi obra do Alcides? Mas como, se ele apenas encarregou-se de expor uma posição que era de todo o comando de greve e de toda a diretoria do Sinjusc, que, diga-se de passagem, levantaram o braço juntos na votação para pedir a retirada do PL da Alesc? Mostrem senhores, seus braços levantados...

          Mais do que isso, sentado na biblioteca do TJ, ladeado por Maurí e Laércio, ouvi diretamente da boca deste último a afirmação de que não queriam o projeto, de que o projeto era ruim, e de que haviam pedido para que o TJ não enviasse o projeto para a Assembléia Legislativa. Era só mais um faz de conta?

          Culpar Alcides pela votação, ou culpar o Cládio na que gestão anterior do Sinjusc teria atrapalhado o projeto dos técnicos só não é mais absurdo que o conjunto de generosas informações acerca de vitórias que nunca vieram, de negociações que nunca ocorreram, de compromissos que nunca se registraram. Todos sabem do que estou falando. Estou falando dos que fizeram do faz de conta sua ponte para a vitória eleitoral, e gostaram tanto do faz de conta que continuam nele até hoje.

          Está na hora de voltar a ser sindicato. A categoria saberá como fazê-lo.


Volnei Rosalen – ex-presidente do Sinjusc (2001-2007), secretário geral da Fenajud (2011-2014).

3 comentários:

  1. A única saída de uma diretoria que não ganhou absolutamente nada pra categoria é criar confusão e culpar o Alcides e outros pela sua própria ineficiência. Qualquer um que estava na assembleia em que foi votado o PL 05 enxerga de longe a mentira de culpar o colega Alcides.

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  2. Eu sou da opinião que se a pessoa está sendo alvo de uma tentativa de ter a imagem denegrida perante o TJ, é porque luta de verdade pra todo mundo, e não pra alguns.

    Alan, 30675

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  3. Canalhice sem igual o que essa diretoria faz com o Alcides, aqui de Palhoça.
    Coisa de covarde, de gente cagona.

    Douglas M. Silva

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