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Como falei no último dia de fevereiro o tempo está escoando entre nossos dedos. Estamos ingressando em abril e a nossa data-base é em maio, ou seja, temos 30 dias para nos prepararmos para o debate com a administração. Conforme postado na notícia anterior SC cresceu 10,47% no último bimestre em comparação à 2015. O número é significativo, principalmente observando os dois primeiros meses apenas.
Os servidores aposentados “levaram uma ré” no ano de 2015. Perderam e perderam muito. Os trabalhadores tiveram descontos de 47 dias de greve, que ainda se perpetuarão pelos próximos meses. Santa Catarina cresce na arrecadação de forma admirável, e se foram cortados 30% dos cargos comissionados como ventilou a ATJ no início do ano a folha de pagamento deve estar “super-folgada”.
Começamos a entrar naquele “funil”. O processo em marcha começa a tomar velocidade e dentro em breve se as coisas não forem bem encaminhadas parece que entrarão no “automático” e daí não vai dar tempo de “aprumar o barco”. Vai-se março e vem abril. Que os rumos da nossa “nau” tenham um bom “timoneiro”.
E pra fechar, segue a letra da música de Tom Jobim, “Águas de Março”, porque o mundo precisa de carinho e beleza:
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, -edra, -fim, -inho,
-esto, -oco, -ouco, -inho,
-aco, -idro, -ida, -ol,
-oite, -orte, -aço, -azol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
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