06/03/2016

DE MULHER PARA TODOS(AS)

     
Imagem do site www.artlinguas.com.br
    Para nós que somos mulheres, colegas, amigas, trabalhadoras, mãe, filhas... nós que fizemos partes dessa massa trabalhadora do judiciário, que estamos todos os dias juntas, nos fórum, nos tribunais, nos meandros dos corredores da “justiça” formal, fazendo o árduo trabalho que, poeticamente acreditamos, contribui para a materialização da justiça. Para nós cabe sermos fortes, mesmos que muitos sejam brandos, cabe seguir de cabeça erguida e acreditar que ainda existe honestidade, mesmo que muitos sejam corruptos, cabe acreditar que um mundo melhor possa ser construído, mesmo que muitos agem de forma que isso já não seja mais possível.


          Nosso trabalho no judiciário é, sim, muito importante para a construção de uma sociedade mais justa, ah!! Se soubessem aproveitar o potencial das mulheres do judiciário, com certeza a atuação da justiça social seria espetacular. Nós nos dedicamos para isso, somos muito mais coração do que razão, em dias que as mentes humanas de que detêm o poder, estão voltadas ao seu egoísmo, onde o maior objetivo e tirar proveito próprio de tudo o que é público, a atuação das mulheres faz falta no mundo político e administrativo das instituições públicas, pois por sua natureza as mulheres pensam mais no social de que no individual, tanto que em muitas vezes, nós mulheres, até esquecemos de nós e das pessoas que amamos, para dedicar o máximo de esforço possível e dar o melhor de nós na função que desempenhamos no judiciário, isso porque acreditamos ser o judiciário um canal de justiça e principalmente porque acreditamos que a justiça é possível.

          Somos mulheres queremos ser respeitadas, merecemos ser respeitadas, queremos andar lado a lado com nossos colegas homens, queremos apreender com eles e ensinar a eles; queremos um sindicato melhor, que nos represente; queremos um judiciário melhor, que nos valorize; queremos um mundo melhor, com mais igualdade; queremos uma vida melhor, uma vida digna para todos.

          E por fim, só para dizer que não falei das flores, deixo aqui um Poema de Pablo Neruda que nos define muito bem.


MULHERES
Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre um aniversario ou um novo casamento.
Seus corações quebram quando seus amigos morrem.
Elas lamentam-se com a perda de um membro da família, contudo são fortes quando elas pensam que não há mais força.
Elas sabem que um abraço e um beijo podem curar um coração quebrado.
O coração de uma mulher é o que faz o mundo girar!
Mulheres fazem mais do que dar a vida.
Elas trazem alegria e esperança.
Elas dão compaixão e ideais.
Elas dão apoio moral para sua família e amigos.
Mulheres têm muito a dizer e muito a dar.

Cátia Ana Senfrim - Concórdia

Um comentário:

  1. O poema não é de Neruda..
    Segue o original, para contemplação:

    Antes del hombre, la mujer, la madre,
    durante el hombre, la mujer, la esposa,
    después del hombre, la mujer, la sombra.
    Sombra del hombre, claridad del hombre,
    trabajadora dura en tus trabajos,
    amorosa, estrellada como el cielo
    en el ciclo tenaz de la ternura,
    mujer valiente de las profesiones,
    obrera de las fábricas crueles,
    doctora luminosa junto a un niño,
    lavandera de las ropas ajenas,
    escritora que ciñes
    una pequeña pluma como espada,
    mujer del muerto que cayó en la mina
    sepultado por el carbón sangriento,
    solitaria mujer del navegante,
    compañera del preso y del soldado,
    mujer dulce que riega sus rosales,
    mujer sagrada que de la miseria
    multiplica su pan con llanto y lucha,
    mujer,
    título de oro y nombre de la tierra,
    flor palpitante de la primavera
    y levadura santa de la vida,
    ha llegado la hora de la aurora,
    la hora de los pétales del pan,
    la hora de la luz organizada,
    la hora de todas las mujeres juntas
    defendiendo la paz, la tierra, el hijo.
    Amor, dolor y lucha se congregan
    en vuestros reunidos corazones
    y mi palabra es ésta:
    la tierra es grande y sufre:
    está dando a luz el futuro:
    ayudemos al nacimiento
    de la igualdad y la alegría.

    Poema “Mujer” que Pablo Neruda leyó en el Primer Congreso Latinoamericano de Mujeres, organizado en Santiago de Chile en 1959.

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