Imagem de Rafael Martini do site dc.clicrbs.com.br |
A instituição do "subsídio" surgiu exatamente para acabar com as "perdas salariais" que ocorriam com os magistrados no momento da aposentadoria. Eles, assim como nós, recebiam "vencimentos", e algumas das composições destes valores ou não eram "incorporados" ao processo de aposentadoria ou traziam consigo um diferencial de adicional de tempo de serviço. Se não me engano (e acho que estou certo), o Desembargador Torres Marques na época era juiz assessor da Presidência e fez junto com uma equipe todo o cálculo para ajustar o valor do salário da magistratura.
Para os amigos terem uma ideia do que ocorreu na época um juiz substituto, por exemplo, que ficaria aproximadamente 5 (cinco) anos nesta atividade enquanto não passava para juiz de entrância inicial, ganhava vamos supor R$ 10 mil. Eles pegaram o valor do salário do magistrado e multiplicaram pelo adicional máximo de tempo de serviço da magistratura na época, ou seja, 72%, o salário saltou de R$ 10 mil para R$ 17,2 mil. E ainda deram uma arredondada para cima para que ninguém "perdesse" salário.
A ideia então era aglutinar todas as rubricas numa única (o subsídio) e aplicar nele o adicional de tempo de serviço máximo. Assim, no momento da aposentadoria todos os magistrados teriam um salário igual (claro, variando com a entrância), mas com o máximo de tempo de serviço. Essa atitude "compactou" a carreira e a diferença salarial, mas proporcionou um ganho extraordinário para a magistratura naquele momento.
A volta de "penduricalhos" para a folha da magistratura faz surgir também a ideia de retomar o pagamento de adicional de tempo de serviço. Uma nova LOMAN está se produzindo, mas parece que apenas alguns "blogs sujos" e alguns sites do judiciário noticiam o fato. Novamente aqueles que diziam ser bobagem questionar o pagamento do auxílio-moradia parecem torcer para a magistratura. Talvez com o empurrãozinho da RBS eles agora tomem coragem e assumam postura contra essa malversada gratificação.
(Para acessar o comentário do jornalista Rafael Martini, CLIQUE AQUI)
É uma imoralidade absurda! Nem precisam comprovar que precisam ou gastam com moradia, deturpando o instituto. Isso sem falar em juízes casados que moram sob o mesmo teto e ganham um auxílio-moradia cada.
ResponderExcluirÉ uma hipocrisia sem tamanho ganhar AM e bradar contra mau uso do dinheiro público. Ou falar em enxugamento e crise ao mesmo tempo que ganham AM.