11/11/2015

Sindicato. Mas pode chamar de posto de vendas da UNIMED

 
Foto da colega Vera Prá
        Há dois anos não recebo um informativo impresso, um material que seja, do SINJUSC. Mesmo na greve, nós mesmos aqui da Secretaria do TJ e da Comarca da Capital fazíamos nossas impressões, cartazes e faixas. Um novo modelo de gestão, com comunicação eletrônica “eficiente”, com cada comarca podendo fazer os seus cartazes (depois criticados pela Diretoria) e ressarcidos, desde que com nota com o CNPJ do Sindicato.


          Eis então que hoje uma colega da Diretoria vem à minha sala, dizendo ter um material do SINJUSC para mim. Qual não foi minha surpresa ao ouvir? Seria o bom e velho SINFORME, voltando a circular entre a categoria?Ledo engano. (Por que ainda me surpreendo?)

          O tal material nada mais é que uma propaganda do plano de saúde privado, a tal UNIMED. Pois é. A princípio pensei ser uma propaganda genérica, mas estampado no papel multicolorido estava o logo do SINJUSC. Internamente também, uma mensagem “personalizada”. Ou seja, a propaganda foi elaborada única e exclusivamente para nós. Quero crer que o SINJUSC não tenha gasto do seu cofre para bancar tal propaganda, afinal, é um plano privado.

          O fato mais alarmante é de que hoje o SINJUSC se preocupa mais com o plano de saúde do que com o Plano de Cargos e Salários. Fazem propaganda de um plano privado ao invés de lutar pela melhoria e defesa do SUS e do SCSaúde. E isso sem contar as várias vezes que já me ligaram tentando vender o famigerado plano. Aliás, quem deu meu telefone pra eles?

          Daqui a pouco, pelo andar da carruagem, vamos receber revista de produtos Avon e Natura.

Alan Schmitt Mafra
Delegacia Sindical da Secretaria do Tribunal de Justiça

3 comentários:

  1. "Por que ainda me surpreendo?" Nos surpreendemos porque temos boa fé, sempre com alguma esperança de que a categoria não está desamparada. Mas de que provas precisamos mais? É preciso planejar o futuro, porque o presente a nós não pertence.

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  2. O problema é que, na gestão anterior, havia muito gasto com material impresso que não tinha outro destino se não o lixo. Lembro-me bem de um comunicado que parecia ter sido impresso em folhas de ouro. Não vejo problema em utilizar e-mail ao invés do impresso, muito pelo contrário. E acredito que tal carta mencionada no seu texto tenho sido custeada pela IBBCA.

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    1. "Impresso em folhas de ouro". Claro, que o colega não deve estar exagerando tampouco usando de má fé. Ao dizer que o material impresso tinha um destino, o lixo, bem diz o que pensa sobre as comunicações do sindicato. Eu não tenho problemas em discutir a validade da impressão de material e distribuição. Agora eu não vou ficar batendo boca com uma pessoa que não tem a capacidade de fazer uma crítica adequada. Lembro que em 2013, quando publicamos "A Casa de Ferro", que custou R$ 2,65 (dois reais e sessenta e cinco centavos) por exemplar, muitos criticaram. Um valor pequeno para cada servidor ao meu ver, mas aceito a crítica. Assim como cada boletim sinforme, que custava aproximadamente R$ 00,50 por exemplar. E eu sei quantas pessoas acessavam o site do sinjusc diariamente, não era a maioria dos trabalhadores, ou seja, o boletim tinha sim a sua validade. Ademais, a estratégia de comunicação de um sindicato é diferente da concepção de um jornal impresso, e é bom lembrar que ainda existem os jornais impressos, e pergunto então qual é o motivo de eles existirem se já podem ser acessados por plataforma digital? Da mesma forma é observando que a estratégia da UNIMED em telefonar, publicar informes no site do sinjusc, enviar emails não invalidade esta estratégia que se apresenta, o modelo impresso, ou seja, o mesmo, todos sabem apesar do custo, que tem um retorno melhor do que o digital. Nas discussões que travamos inúmeras vezes sobre a manutenção do boletim impresso eu mantenho a minha posição e aceito a crítica, é melhor continuar investindo pesadamente em comunicação com a categoria, pecando até pelo excesso, do que deixar a categoria apática e lançada num limbo numa discussão de economia de dinheiro, pois não adianta nada os cofres do sindicato estarem cheios de dinheiro, com uma economia na comunicação, quando a categoria pena sem abono de natal, sem npcs, com descontos mensais por conta da greve. Fico do outro lado, fico do lado que é necessário promover e fomentar continuadamente a comunicação com a base.

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