24/09/2015

E o que nos espera ali na frente?

   
Imagem do blogdomarioflavio.blogspot.com.br
      Estava reparando as coisas que estão acontecendo dentro do judiciário. Coisas que parecem estar desconectadas, mas que na verdade influenciam profundamente umas as outras. Primeiro a notícia de que o Presidente do TJ, Desembargador Nelson Schaefer Martins é candidatíssimo a uma vaga de Ministro no STJ, e com grandes chances. Segundo, o cancelamento do pagamento da gratificação de risco de vida (atrasada) que os Oficiais de Justiça estavam recebendo e que agora terão que requerer via precatório. Terceiro a decisão do Tribunal Pleno, republicado hoje no DJSC, que concede a retroatividade aos juízes agrários e tantos mais benefícios.


          Olhando que na primeira semana de outubro haverá uma nova reunião do grupo do NPCS, e nesta agora já está se discutindo a portas fechadas algumas coisas (informes do whatsapp), e percebendo esse cenário apresentado acima, eu me pergunto se a gestão do Desembargador Nelson chegará até dezembro, já que pode assumir antes como Ministro. Ou seja, aquela fala de que na gestão do Desembargador Nelson o NPCS seria implementado já perderia uns tantos meses.

          Notando que o pagamento das gratificações dos Oficiais de Justiça foi cancelada e encaminhada para precatório, que o pagamento das promoções tá uma tragédia, que o ganho real deste ano foi de 1,86% e com efeitos a partir de agosto, que o auxílio-saúde é cortado de todos que possuem o SCSaúde, o que eu posso imaginar sobre as finanças do judiciário já que todo mundo fala em crise e de queda de arrecadação?

          Percebendo que há um Projeto de Lei correndo na Câmara de Deputados que prevê um aumento para a magistratura a partir do próximo ano no percentual de mais de 16% de aumento, que tem uma LOMAN sendo reconstruída no STF e que a magistratura pega qualquer coisa em dinheiro como Cooperação e Gratificação de Juiz Agrário, o que é que a gente pode perceber?

          As perguntas não são retóricas, são reais e real também é a percepção de que as coisas não estão andando nada bem. Um sindicato que só está preocupado com os jogos e nada mais. Um sindicato que só quer ingressar com ações judiciais pois percebeu que não possui credibilidade ou liderança para fazer ações políticas. Uma categoria que hoje não percebe saídas e que precisa ser valorizada, não necessariamente com mais dinheiro, mas com dinheiro mais bem dividido. É o cenário que está se construindo, e tem gente que vai postar a "mãe Diná" no facebook.

2 comentários:

  1. Schaefer no STJ? É impressionante como altos cargos públicos só atrai gente ruim. O sistema eleitoral para o Judiciário deveria ser o mesmo que para o executivo e Legislativo - com a participação popular. Mas têm esse privilégio não é por acaso. Tudo muito bem pensado, para a manutenção da ordem estabelecida, para manutenção do Poder do Estado.

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  2. Viu essa informação publicada no face: Vara Cível da Capital fecha por falta de funcionário! https://www.facebook.com/taniamaria.santhias/posts/1072717292739453?fref=nf Não é bem fechar mas sim demora no atendimento... enquanto isso sabe-se que a 2 anos não são nomeados novos TJA's para comarca da Capital e São José (término do CR do último concurso). Tem informação que tem 54 cargos vagos na região I (207 no estado inteiro) e nada de nomeações do novo concurso homologado em abril. Com grande rotatividade a falta de funcionários tende a ficar cada vez maior e o Tribunal numa "economia" barata. E o SINJUSC?

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