23/06/2015

Imposto Sindical: "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço"

Publicado no site da ATJ em 4 de março de 2013
          O Imposto Sindical começou a ser cobrado no serviço público a partir do ano de 2008. No Judiciário Catarinense a deliberação pela cobrança foi feita em Assembleia Geral da categoria após uma série de reuniões regionais que abordaram o tema. A fim de educar parte da categoria que se beneficiava das lutas sem contribuir com as mesmas, decidiu-se em assembleia geral ao final do ano de 2009 efetuar a cobrança que se concluiu em 2010. Alguns oportunistas de plantão, e indo contra o deliberado pela categoria, sempre se posicionaram avessos a cobrança do imposto, mas pelo visto era só "discurso".

          A cobrança do Imposto Sindical é algo controverso. Alguns são favoráveis e alguns são contrários. Aliam-se aos que não querem o Imposto Sindical alguns assessores e a parte patronal, que sempre quis ver minguar a arrecadação em favor da luta dos trabalhadores. Até algumas associações também foram (verbo no passado, observe) contrárias a cobrança do Imposto Sindical, como a Associação dos Técnicos Judiciários Auxiliares, a ATJ, como se observa nas imagens do presente artigo (não precisamos dizer quem era o Presidente da entidade à época é claro).

       
Publicado no site da ATJ em 17 de abril de 2013
           Estranhamente aqueles que sempre se posicionaram contra à cobrança do Imposto Sindical foram exatamente os mesmo que não deixaram de cobrá-lo e dificultaram a sua devolução aos trabalhadores, diferente da antiga gestão sindical, que cobrava de todos e dava condições para os filiados ressarcirem os valores retidos. De forma diversa, a atual gestão utilizou-se dos valores (que conforme afirmado no site oposicao.net chegava a R$ 700.000,00) e não ressarciu os filiados em 2015. Se a antiga gestão não devolvesse estes valores talvez não tivesse deixado a dívida "exorbitante" de R$ 70.000,00, ou seja, 10% de uma arrecadação do Imposto Sindical.

          Aos que afirmam que pegaram o sindicato "falido" é bom observar o quanto se fazia com muito menos, o quanto se devolvia em favor dos trabalhadores, o quanto de luta e esforça eram produzidos, o quanto de material era entregue aos trabalhadores, o quanto de camisetas eram fabricadas, o quanto de cursos eram ministrados, o quanto de encontros eram realizados, o quanto de pesquisa era desenvolvida, o quanto de ganhos foram conquistados, o quanto de perdas foi reduzido, o quanto de descontos por greve ocorreram. Pois falar é relativamente fácil, fazer, bem... fazer é muito mais difícil.

(O presente texto foi ajustado em 25 de junho de 2015 - Observar errata)

6 comentários:

  1. Por isso comentei no Facebook ontem: Se o valor do imposto sindical que decidimos em assembléia que DEVERIA SER USADO NA GREVE, não o foi, DEVOLVA-se aos filiados. Está fazendo falta.

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  2. Concordo com o colega Marcos Brum. Aliás, a assembleia que se realizará (realizaria?) amanhã (como ficou decidido na assembleia de 25 de maio passado) poderia servir, muito apropriadamente, para a devida prestação de contas por parte do sindicato, e para deliberar (como se espera) a devolução aos filiados dos valores não utilizados.

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  3. "A língua é o chicote do ...."

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  4. Concordo! Está fazendo falta mesmo!

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  5. Diretoria do SINJUSC visitou DGA e Asplan, divulgaram na página. E daí, diretores?! Queremos todos saber é o resultado da reunião!! Só divulgando que estão visitando, mas não se sabe resposta de nada, nem posição do Tribunal.

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  6. Em linhas gerais, eu faço parte do grupo que é favorável ao recolhimento do Imposto Sindical, uma vez que é com ele que , também, se forma caixa para bancar a estrutura que dá suporte ao trabalhador. Porém, concordo com o colega Marcos Brum que, em um momento tão importante e decisivo pelo qual passamos, esse caixa não foi usado devidamente: não foi produzido material de divulgação de nossa greve; as faixas e outdoors restaram em número muito aquém ao sugerido e reivindicado pelos servidores; não foi utilizado mídia paga; a contratação de um escritório de renome nacional aconteceu (??) aos 43min do segundo tempo etc etc etc de forma que não acho JUSTA sua retenção neste ano. Além do mais, não houve suporte para sairmos adequadamente da greve e agora grupos de servidores tentam se virar como podem, inclusive contratando advogados particulares para diminuir os prejuízos.
    Dessa forma, se for possível do ponto de vista legal, concordo que a decisão da assembleia deva ser revista. Também quero receber de volta esse valor! E Corrigido!

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