22/06/2015

Como se fossem eles que compensassem...

Imagem do site blogdovladimir.wordpress.com
          A notícia de hoje no site do SINJUSC é melancólica. Informa que os servidores que compensaram o horário dos primeiros cinco dias de greve tiveram sua reposição salarial depositada na data de hoje. Oras, a compensação foi dos servidores e não foi nenhuma conquista do sindicato, ou foram os dirigentes sindicais que ficaram trabalhando horas e horas a fio, depois da greve, a fim de compensar os descontos ocorridos?

          Seria mais digna se a notícia fosse feita pelo Tribunal de Justiça do que pelo site do sindicato. Afinal, quem lê o que está escrito na página dos “trabalhadores” parece estar lendo na verdade uma publicação do próprio Tribunal de Justiça. Chega a ser protocolar ao extremo a notícia pois é até informado o número total de servidores que foram “beneficiados” com esta medida: 1180 (mil cento e oitenta).

          Já se passaram 72 horas do despacho do Dr. Júlio César Knoll, Relator do Mandado de Segurança 2015.036710-2, que determinou que o Tribunal de Justiça se manifestasse sobre o pleito e até agora nenhuma informação foi passada pelo SINJUSC. Estranhamente o pedido é sobre o direito líquido e certo do cumprimento da Resolução 06/2013 que trata da greve, ou seja, é isto aí mesmo que se está fazendo que esta se pedindo para cumprir.

          Enquanto aguardamos o dia 30 de junho ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa o PL 0238.0/2015, que trata da anistia aos grevistas do Poder Judiciário, o que se pode fazer daqui até lá ou é compensar o horário do jeito que der ou ingressar com ação individual a fim de tentar recompor aquilo que foi perdido. O sindicato ao menos poderia começar a pensar em devolver o Imposto Sindical, ajudaria nas contas lá de casa.

2 comentários:

  1. Parece até que quem postou a nota foi a assessoria de imprensa do TJ

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  2. A Lei para anistia dos dias é inconstitucional, interfere no Poder Judiciário. E, desde quando o TJSC cumpre leis. É continuar chorando, em todas as línguas que falarem.

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