15/01/2015

Transparência II: Ajustes e Acertos

     As críticas devem ser absorvidas por todos nós que atuamos no judiciário quando tratamos da coisa pública. Assim, não devemos perder de vista os interesses maiores da sociedade, da instituição e da categoria e, para isto, devemos sim corrigir rumos, tanto em nós que fazemos as críticas a administração do judiciário, como quem dirige o judiciário e deve sempre aprimorar sua forma de gerir a coisa pública.  Assim, quanto ao Portal da Transparência é importante diferenciar a crítica ao sistema e ao procedimento das críticas que são feitas as pessoas.

     Neste sentido é importante reafirmar que não foi efetuado o pagamento do abono de natal aos servidores exclusivamente comissionados em dezembro passado. Mas também é importante saber o quanto o servidor efetivo vem perdendo prestígio nas últimas administrações e tal “equívoco” gerou imensa insatisfação em todos, os efetivos por pensarem ser logrados pelos comissionados e os comissionados por, não tendo recebido o referido abono passarem por “privilegiados”.

     Erro também não se pode atribuir ao trabalhador que, possivelmente, publicou o arquivo apresentado no Portal da Transparência, pois a ele não poderia ser dada outra opção que não o de publicar única e exclusivamente o arquivo “correto”. Publicar unicamente a folha que realmente foi paga. Ou seja, quem alimenta o Portal da Transparência não pode ter a opção de errar. Todo o sistema e o procedimento deve ser feito para que não haja erros na publicação de dados tão importantes para a nossa sociedade e para que se fortaleça a confiança nas instituições públicas. Mas com certeza isto pode avançar quando aprofundamos o processo democrático dentro destas instituições (coisa que foi abandonada nas últimas gestões do Tribunal de Justiça apesar do pequeno avanço).

     Ao escrever este texto é importante deixar claro ao leitor que este blog é permeável às críticas, aceita e tenta promover o debate, busca a informação da forma mais transparente e fidedigna, além de reconhecer que, algumas vezes, também erra. Mas é importante deixar claro que apesar de tudo isto, e sobretudo por tudo isto não abrimos mão dos ideais de promover ao máximo a democracia, junto com o debate fraterno entre os colegas e avançar para conquista de mais direito aos trabalhadores, seja no diálogo, seja na luta.

5 comentários:

  1. Estava a pouco conversando com os colegas, tendo em vista que alguns ainda acham estranho todo este acontecimento, me colocando no papel inverso aos assessores. E se tivesse ocorrido o erro na minha folha de TJA, ou na do meu esposo Oficial de Justiça? Somos concursados, mas aí tudo bem? Não, não estaria tudo bem da mesma forma. O erro teria acontecido igual.. A veracidade das informações no portal estaria abalada de igual forma. O que me deixa triste é que a "culpa" cairá em um colega. Uma coisa que todos nós precisamos aprender é não criticar por criticar. Aprender a filtrar informações analisando-as quais as intenções de tais informações. Temos capacidade de discernimento suficiente para fazer isso, afinal estamos aqui no TJSC, passamos um concurso público. Mecanismos como este blog é fundamental para que nós servidores do judiciário possamos ter contato uns com os outros, deixando-nos mais próximos. Já não temos mais outros contatos possíveis como na passado, não temos como explanar nossas ideias nem na página do sindicado que pagamos . Então, meus colegas, usem este espaço e sigamos, como você mencionou Claudio, no diálogo ou na luta!

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  2. Quero te parabenizar pela sensatez e lucidez com que tratou esse assunto tão delicado. Delicado porque os assessores sofreram ataques de todos os níveis e, mais uma vez, criou-se um racha nas classes funcionais do TJ. Não é isso que pode acontecer, mas sim a união de todos. Há muitos desaforos tanto dos concursados para os comissionados, quanto dos comissionados para os concursados. Não podemos esquecer, jamais, que trabalhamos em favor da Justiça e não podemos trocar acusações mentirosas, sem buscar a verdade. O ataque pelo ataque só favorecem os poderosos, pois com a desunião da classe trabalhadora, não se conseguirá nenhuma vitória. Perde-se a razão quando as ofensas são pessoais, vexatórias e humilhantes. E aí eu pergunto: como fica a imagem do serviço da justiça com tanta briga de baixo nível?! Temos que lutar, mas uma luta com lucidez e união.

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  3. Por meio deste blog é que eu consigo ficar sabendo de algo, porque o sindicato nos abandonou. Prefiro ficar sabendo de uma informação equivocada, e, em seguida, ocorrer a retratação, do que não ter acesso à informação. Mas vou continuar filiada e na próxima eleição a atual diretoria vai receber nossa rejeição em massa.

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  4. Soube que alguns comissionados receberam o abono extra, sim! Isso ainda precisa ser investigado.

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    1. Dê nomes então. Soube por quem? Qual assessor recebeu? Qualquer ilação sem fonte e sem prova não passa de tumulto.

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