Falo gratuito pois o parágrafo único da Cláusula Segunda é taxativo: “Este Termo de Cooperação não importará em nenhum repasse de recursos entre os acordantes”. Ou seja, além de utilizar o espaço para fazer seus cursos de formação (também conhecido como lavagem cerebral), o Tribunal de Justiça não pagará um centavo pela utilização do auditório ou sua manutenção. Data-show, cadeiras, ar-condicionado, computadores, água, luz, banheiros, limpeza, tudo será cedido gratuitamente ao Poder Judiciário Catarinense para que faça o que bem entender.
O Tribunal de Justiça agradece à boa vontade dos trabalhadores. É bem provável que o valor economizado com um espaço gratuito cedido resulte no aumento do auxílio-alimentação, no ganho real de 4%, no nível superior dos TJAs, ou quem sabe no Novo Plano de Cargos e Salários. Acho que isto deve estar enquadrado nas "modernas técnicas de negociação" ou na chamada política do “ganha/ganha” que tanto foi propalado na campanha eleitoral. É bom lembrar que no final de 2013 o TJ devolveu R$ 50 milhões ao Executivo ao invés de investir no trabalhador.
Claro que tudo isto foi tornado público, como é estabelecido no próprio termo firmado com o Tribunal de Justiça na Cláusula Terceira: “À ACADEMIA JUDICIAL e ao SINJUSC caberá: (...) III – dar ampla publicidade dos ajustes firmados a quem possa interessar.” Ou seja, qual o motivo do SINJUSC não divulgar o convênio? O que ele possibilita como ganho real aos trabalhadores? O que se garantiu foi facilitar e "financiar os treinamentos” para o próprio empregador.
O SINJUSC não passou apenas a referendar os posicionamentos do Tribunal e Justiça. Passou financiar o empregador. Passou a ceder o espaço físico construído com o suor e dinheiro dos trabalhadores e para os trabalhadores em favor financeiro e político do patrão.
Para ler na íntegra o Termo de Cooperação, clique aqui:
http://www.tjsc.jus.br/institucional/diretorias/dmp/convenios/126.2014.pdf
Para acessar as fotos que confirmam os "treinamentos", clique aqui:
http://portal.tjsc.jus.br/web/
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